Com duas estreantes, semifinais inéditas estão definidas e a Copa de 2023 terá nova campeã

Austrália e Inglaterra se juntaram às já classificadas Espanha e Suécia para as semifinais da Copa do Mundo Feminina. Com isso, a campeã, assim como os confrontos, serão inéditos: Suécia x Espanha de um lado; e Inglaterra x Austrália do outro. Pela primeira vez na história, o Mundial não irá para as mãos de uma das quatro vencedoras: Estados Unidos, Alemanha, Noruega e Japão, já que o campeão de 2011 caiu nas quartas de final desta edição.

Além disso, as semifinais têm duas equipes estreantes. Tanto as espanholas como as australianas chegam pela primeira vez na história nesta fase da competição, sendo a melhor campanha dessas equipes em mundiais. A Inglaterra caiu nas semifinais em 2019 para a seleção dos Estados Unidos. Já a Suécia conseguiu avançar até a final em 2003, perdendo o título para a Alemanha.

Próximos jogos:

Suécia x Espanha: 15/08 (terça-feira) às 5h (horário de Brasília)

Austrália x Inglaterra: 16/08 (quarta-feira) às 7h (horário de Brasília)

Como foram as partidas?

Austrália 0 (7)x(6) 0 França

Australianas venceram francesas nos pênaltis (Foto: William West/AFP)

Numa partida muito física, disputada e com as chances de gol defendidas pelas goleiras Mackenzie Arnold ou Pauline Peyraud-Magnin, as donas da casa bateram a equipe da França no estádio de Brisbane nos pênaltis.

Depois do 0x0 no tempo regulamentar, o jogo seguiu para a prorrogação, em que houve novo empate sem gols. Antes da disputa seguir para as cobranças de penalidades, o técnico da França, Hervé Renard, fez duas substituições: tirou Elisa de Almeida, decisiva para tirar uma bola de cima da linha em finalização certeira de Fowler, colocando Eve Perisset, e trocou a goleira Peyraud-Magnin por Durand, especialista em pênaltis.

Mas o que aconteceu foi o oposto do esperado. Durand até defendeu a cobrança de Stephanie Catley, batedora oficial das Matildas, colocando a França em vantagem momentânea. Mas Perisset teve o chute defendido pela goleira australiana, assim como Kenza Dali (duas vezes, já que, na primeira, Arnold tirou os pés da linha), e Becho mandou para fora. As donas da casa tiveram a chance da classificação três vezes, mas na primeira delas a goleira Arnold desperdiçou, mandando na trave; na segunda Durand defendeu a cobrança de Clare Hunt. Coube à Courtnee Vine, que entrou na prorrogação, fazer o gol da classificação. No total, foram dez cobranças de pênaltis, testando o coração de todo mundo que acompanhou a partida no estádio de Brisbane – e também na FanFest, do lado de fora.

Inglaterra 2×1 Colômbia

Inglesas venceram a Colômbia de virada (Foto: Izhar Khan/ AFP)

Após um início de primeiro tempo bastante estudado, a Colômbia saiu na frente com gol de Leicy Santos apenas aos 44 minutos. A jogadora testou Mary Earps em chute na entrada da área, e a goleira inglesa aceitou. A Inglaterra sentiu o gol e o domínio passou a ser das colombianas. Até que, numa falha da goleira Catalina Perez, que não conseguiu encaixar a bola numa defesa, a Inglaterra chegou ao empate com Lauren Hemp no último lance do primeiro tempo.

Na segunda etapa, a Inglaterra voltou mais motivada e pressionou a Colômbia. E logo aos 8 minutos, numa falha da defesa sul-americana, Georgia Stanwey conseguiu passe açucarado para Alessia Russo decretar a virada. Anuladas pela boa marcação inglesa, Linda Caicedo e Catalina Usme, principais referências no ataque colombiano, não conseguiam mudar o jogo. Isso fez o técnico Nelson Abadía mexeu na equipe: precisou trocar a goleira Perez, que sentiu um problema na região dos olhos, por Natalia Giraldo, que fez sua primeira partida oficial pela seleção. Também colocou Ivone Chacón no lugar de Ospina. Essa mudança promoveu um maior volume de jogo para a seleção colombiana, não sendo suficiente, no entanto, para o empate.

Espanha 2×1 Holanda

Paralluelo entrou na prorrogação e fez o gol da vitória (Foto: Lars Baron)

A Espanha começou o jogo dando as cartas e fazendo o que fez até aqui na Copa do Mundo: impondo seu ritmo intenso e ofensivo de trocas de passes. Deu certo: as holandesas foram envolvidas e não se encontraram em campo no primeiro tempo. Mesmo com amplo domínio de posse de bola, a Espanha não conseguia abrir o marcador. Aos 35 minutos da segunda etapa, a zagueira Van der Gragt botou a mão na bola dentro da área e foi marcado pênalti a favor da Espanha. Mariona Caldentey converteu e colocou as espanholas na frente.

Mas, já nos acréscimos, a mesma Van der Gragt conseguiu furar a defesa da Espanha e empatou o jogo, forçando a prorrogação. No tempo extra, as holandesas começaram melhor, mas foram as espanholas que mais uma vez conseguiram passar à frente com Paralluelo, que tinha entrado momentos antes.

Suécia 2×1 Japão

Jogadoras da Suécia comemoram classificação (Foto: Michael Bradley / AFP)

A Suécia conseguiu amarrar o jogo do Japão e impôs seu jogo físico e de bola parada logo nos primeiros minutos da partida, mesmo sofrendo com a boa marcação japonesa. Após cobrança de falta de Asllani, a bola chegou em Eriksson, que tentou duas vezes, até Ilestedt conseguir abrir o placar, aos 31 minutos.

Aos 5 minutos do segundo tempo, o VAR constatou mão na bola de Nagano e foi marcado pênalti a favor da Suécia. Angeldahl converteu e ampliou para as europeias. O Japão não se abateu e pressionou as adversárias com Fujino, em chute cruzado que obrigou boa defesa da goleira Musovic. Cinco minutos depois, o Japão desperdiçou pênalti com Ueki, mandando na trave. As asiáticas ainda descontaram, aos 42 minutos, com Hayashi, mas não conseguiram chegar ao empate.

Compartilhe

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *