Libertadores: Corinthians, Ferroviária e Palmeiras tentam manter hegemonia brasileira no torneio

Na tarde desta terça-feira (20), foi realizado na sede da CONMEBOL, em Luque, no Paraguai, o sorteio da fase de grupos da CONMEBOL Libertadores Feminina 2022. Corinthians, Palmeiras e Ferroviária são os representantes brasileiros na competição continental que tem como sede a cidade de Quito, no Equador, entre os dias 13 e 28 de outubro.

Confira como ficou a distribuição dos times que irão se enfrentar na primeira fase do torneio:

GRUPO A: Corinthians é cabeça de chave e irá enfrentar Olimpia (PAR), Always Ready (BOL), Deportivo Cali (COL);

GRUPO B: Ferroviária ficou na quarta posição do Grupo B e Def. Sporting (URU), Boca Juniors (ARG) e um representante do Equador serão os seus adverários;

GRUPO C: Palmeiras é cabeça de chave e tem pela frente Universidade do Chile (CHI), Libertad Limpeño (PAR) e o perdedor do confronto entre Ind. Dragonas (EQU) e Club Ñañas (EQU);

GRUPO D: América de Cali (COL) joga com um representante do Peru, outro da Venezuela e Santiago Morning (CHI).

Como os times brasileiros conquistaram a vaga para a competição

Corinthians é o atual campeão do torneio, por isso, foi o primeiro a conquistar a vaga para a Libertadores deste ano. Já o Palmeiras, fez a final do Campeonato Brasileiro de 2021 contra o Timão, ficou com o vice-campeonato e com a segunda vaga. Como a equipe de Arthur Elias foi campeã da Libertadores e do Brasileirão, a vaga ficou com o terceiro melhor clube colocado no Campeonato Brasileiro 2021: Ferroviária.

Essa é a primeira vez que o Palmeiras disputa a Libertadores Feminina e a única chance das Palestrinas disputarem a Libertadores do ano que vem é com a conquista do título inédito do torneio. Ao contrário da equipe alviverde, as Brabas do Timão conhecem bem a competição: são as maiores vencedoras – junto com São José – com três títulos (2017, 2019 e 2021) e também já estão classificadas para a disputa do ano que vem, graças a final do Campeonato Brasileiro deste ano. As Guerreiras Grenás buscam o tri em 2022, venceram a competição em 2015 e 2020 e a única chance de voltar a disputa no ano que vem é com o triunfo.

Como funciona a Libertadores Feminina

Essa é a 14º edição do torneio que será realizada em Quito, no Equador entre os dias 13 e 28 de outubro. A competição possui duas fases: fase de grupos e fase final (quartas de final, semi e final).

A fase de grupos conta com 16 times , divididos em quatro grupos, com quatro equipes cada um. Todos do grupo se enfrentam em rodada única e os dois melhores colocados de cada chave avançam às quartas de final.

O campeão da Libertadores deste ano irá embolsar US$ 1,5 milhão, enquanto o vice levará para casa US$ 500 mil.

Transmissão

A Pluto TV, serviço de streaming gratuito da Paramount, exibirá o campeonato pela primeira vez para a América Latina. O Grupo Globo ainda está negociando a transmissão na SportTV e, de acordo com informações do colunista Marcel Rizzo, da UOL, a emissora pretende transmitir os jogos da semifinal na TV aberta, caso o Corinthians e Palmeiras cheguem até essa etapa.

Ainda não há informações sobre a venda de ingressos para as partidas.

Histórico

O Brasil é maior campeão do torneio: são 10 títulos conquistados desde 2009. São José e Corinthians são os maiores vencedores com três troféus cada.

O primeiro campeão foi o Santos Futebol Clube, em 2009. Cristiane e Marta jogavam pelo clube da Vila Belmiro e fizeram história ao levantar a taça derrotando por 9×0 a Universidad Autonoma, time paraguaio.

Santos FC, o primeiro campeão da Libertadores Feminina (Foto: Reprodução Twitter / Santos FC)

Em 2010, as Sereias da Vila conquistaram o bicampeonato. Derrotaram o Everton – equipe de Viña del Mar, no Chile – por 1×0, com gol de Maurine no último minuto de jogo.

Sereias da Vila: bicampeãs (Foto: Reprodução Twitter / Santos FC)

Em 2011 foi a vez de outro brasileiro conquistar o título. O São José, time do interior de São Paulo, bateu o Santos na semifinal por 2×1 (gols de Formiga e Francielle) e venceu o Colo-Colo por 1×0 na final.

Em 2012, o Foz Cataratas chegou na final, mas perdeu o título para o Colo-Colo por 4×2 nos pênltis. Nos dois anos seguintes (2013 e 2014) o São José chegou ao tricampeonato, derrotando o Formas Íntimas (Colômbia) e o Caracas (Venezuela) respectivamente.

Na final de 2014, as Meninas da Águia venceram o Caracas por 5×1 no Martins Pereira com gols de jogadoras de seleção: Rosana, Andressa Alves e Poliana .

Formiga com a taça do tricampeonato do São José (Foto: Prefeitura de São José dos Campos)

Em 2015, a Libertadores foi disputada na Colômbia e mais uma vez o Brasil levantou a taça. A Ferroviária foi campeã pela primeira vez, derrotando o Colo-Colo por 3×1. A cidade de Araraquara recebeu as campeãs em um desfile em carro aberto pela cidade.

Ferroviária de Araraquara: campeã em 2015 (Foto: Conmebol)

Em 2016, o título ficou com o Sportivo Limpeño do Paraguai que venceu o Estudiantes de Guárico por 2×1. O Foz Cataratas ficou na terceira colocação.

Em 2017, o torneio foi realizado no Paraguai e o grande vencedor foi o Audax/Corinthians. Sob o comando de Arthur Elias, a equipe derrotou o Cerro Porteño na semifinal (3×0) e, após empate em 0x0 com o Colo-Colo, conquistou o caneco nos pênaltis: 5×4 para o time brasileiro graças à goleira Lelê.

Audax/Corinthians: campeão em 2017 (Foto: Conmebol)

Em 2018, as Sereias da Vila chegaram à final, mas foram derrotadas nos pênaltis pela equipe do Altético Huila: 1 a 1 no tempo regulamentar e 5 a 3 nas penalidades máximas. Iranduba ficou na terceira colocação ao vencer o Colo Colo também nas penalidades. Os jogos da 10º edição do torneio foram em Manaus, no Brasil.

Em 2019, no Equador, aconteceu algo inédito: foi a primeira final disputada por duas equipes do mesmo país na história da competição. Corinthians x Ferroviária se enfrentaram e a equipe de Arthur Elias saiu melhor: trouxe o bicampeonato pra casa. A partida terminou 2×0 paras as alvinegras: Giovanna Crivelari e Juliete foram as responsáveis pelos gols da partida.

Em 2020, com a sede na Argentina, foi a vez da volta por cima da Ferroviária. Disputou a final contra o América de Cali, venceu por 2×1 e pôde gritar “é campeão” pela segunda vez: Sochor e Aline Milene fizeram os gols que deram o título para as Grenás. As Brabas ficaram com a terceira colocação após a goleada em cima da Universidad do Chile por 4×0.

Ferroviária: bicampeã em 2020. (Foto: AGUSTIN MARCARIAN/POOL – EFE)

Já no ano passado, no Paraguai, o Corinthians venceu a competição pela terceira vez e igualou a marca de maior campeão da América, junto com a equipe do São José com três títulos. Adriana e Gabi Portilho foram as responsáveis pelo placar de 2×0 em cima do Santa Fé que deu o título e ainda a conquista da tríplice coroa: campeões da Libertadores, Brasileirão e Paulista. Nesse ano, a Ferroviária ficou com a medalha de bronze, ao vencer o Nacional nos pênaltis.

Corinthians: atual campeão da Libertadores (Foto: Divulgação/Conmebol)

O Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paulista já ficaram para a história, tanto por divulgação, recordes de público, alta procura e premiação em dinheiro. Tudo indica que a Libertadores seguirá pelo mesmo caminho.

 

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