Brasil abre o placar, mas leva virada e perde de 3 a 1 da Suécia

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Nesta terça-feira (28) a Seleção Feminina de futebol foi até Estocolmo para enfrentar a Suécia na Friends Arena. Mais de 36 mil ingressos foram vendidos para este jogo e, diante das arquibancadas lotadas, o Brasil perdeu por 3×1 para as donas da casa.

No início do segundo tempo, Debinha abriu o placar. Mas após boas mudanças no time, a Suécia virou em menos de três minutos com Kaneryd e Hurtig. Aos 43, Blackstenius marcou o terceiro das suecas.

A equipe europeia, vice-campeã olímpica em Tóquio e segunda colocada no ranking da Fifa completou 12 jogos sem perder em casa. Com a vitória de hoje, o time sueco segue invicto há 28 jogos (22 vitórias, 6 empates). A última derrota foi em 07 de março de 2020 para a Dinamarca.

Este amistoso foi o último jogo preparatório da equipe brasileira antes da Copa América – que começa no dia 08 de julho, na Colômbia. O time comandado por Pia Sundhage estreia na competição no dia 09 de julho, diante da Argentina.

O jogo

Com relação ao jogo anterior, contra a Dinamarca, Pia Sundhage fez mudanças na equipe. Ary Borges entrou no lugar de Bia Zaneratto que deu espaço para Kerolin jogar ao lado de Debinha no ataque. Na lateral direita, Fê Palermo ocupou o lugar de Letícia Santos e Tamires voltou para a lateral esquerda.

A equipe que foi a campo foi formada por Lorena, Fê Palermo, Rafaelle, Tainara e Tamires; Adriana, Angelina, Luana e Ary; Debinha e Kerolin.

O time da casa foi escalado com Lindahl, Glas, Ilestedt, Eriksson e Andersson; Angeldahl e Asllani; Jakobsson, Hurtig e Rolfö.

Na primeira etapa, o jogo ficou aberto, com espaço para os dois times criarem oportunidades. No começo da partida, a Suécia pressionou um pouco as visitantes, tentando impor seu jogo e manter a posse de bola. Em um cruzamento na área brasileira, Tamires afastou o perigo de cabeça no segundo pau.

A primeira chance do Brasil veio aos 9 minutos quando Kerolin recebeu um passe em profundidade no ataque e avançou para a área, no meio de duas marcadoras suecas. Próximo ao gol, a atacante chutou fraco e facilitou a defesa de Lindahl.

A seleção brasileira se manteve firme na defesa e priorizou a troca de passes para construir as jogadas. A oportunidade mais clara de gol veio aos 25 minutos, quando Tamires alçou uma bola pra área e quase surpreendeu a goleira sueca. A bola bateu na trave e as donas da casa afastaram o perigo.

Aos 37, o Brasil encaixou um contra-ataque com Tamires acionando Kerolin ainda no campo de defesa. A camisa 21 avançou rumo ao ataque, mas estava bem marcada e demorou para servir Debinha pelo lado esquerdo e a zaga sueca afastou.

A última chance brasileira na primeira etapa aconteceu aos 47 minutos , quando a equipe desceu com velocidade e, de fora da área, Adriana arriscou um forte chute ao gol. Lindahl espalmou a bola e quase deu rebote para Kerolin.

Os primeiros 45 minutos foram equilibrados, apontando 52% de posse de bola para a Suécia e 48% para o Brasil.


Para o segundo tempo, Pia fez mudanças no time. Sacou Luana e Ary Borges para as entradas de Duda Santos e Bia Zaneratto. E assim como aconteceu na primeira etapa, a Suécia começou o jogo pressionando o Brasil e antes mesmo de um minuto, fez a goleira Lorena trabalhar. Rolfö chutou de fora da área, a bola foi levemente desviada e a goleira do Brasil precisou se esticar toda para defender o chute no canto esquerdo, mandando a bola para escanteio.

Aos 4 minutos, Bia recebeu uma bola no meio de campo e limpou a marcação sueca, servindo Debinha pelo lado direito. A atacante serviu Kerolin no lado oposto, ela chegou a driblar a goleira sueca, mas estava impedida.

No minuto seguinte, o Brasil povoou o meio de campo e conseguiu a posse de bola. Com a defesa sueca desprotegida, Angelina serviu muito bem Fê Palermo pelo lado direito e ela acionou Debinha, que avançava em velocidade para a área. A camisa 9 conduziu a bola e, mesmo com o ângulo direito fechado por Lindahl, finalizou no pequeno espaço e abriu o placar para o Brasil.

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Aos 10 minutos, a marcação brasileira falhou e a Suécia respondeu. Pressionada na saída de bola dentro da área, Tamires foi tentar afastar o perigo, mas Rolfö recuperou a bola e chutou forte para o gol de Lorena, que espalmou com uma das mãos para escanteio.

Após mudanças na equipe sueca, o Brasil foi surpreendido taticamente e levou a virada em menos de três minutos. O empate veio aos 19, quando a bola foi alçada na área brasileira e após bate e rebate, a bola sobrou para Kaneryd, que havia acabado de entrar na partida. Ela pisou na área, se livrando da marcação de Rafaelle e Taianara e finalizando de frente pro gol de Lorena, sem chances de defesa.

A seleção de Pia sentiu o gol e a Suécia aproveitou para marcar o segundo, aos 21. Andersson avançou pelo lado esquerdo e, mesmo com a marcação de Fê Palermo, conseguiu cruzar na área para Hurtig aparecer livre, entre a marcação brasileira e finalizar de cabeça. O segundo gol da Suécia também foi marcado por uma jogadora que foi a campo na segunda etapa.

Após a virada, Pia mexeu na equipe, colocando Geyse e Kathellen nos lugares de Adriana e Rafaelle. Aos 26, Schough arriscou um chute de fora da área que levou perigo ao gol do Brasil. Do outro lado, veio a resposta: Geyse foi acionada pelo lado direito e ganhou na velocidade. Próximo da área, serviu Bia rasteiro, mas a atacante finalizou de pé direito e a bola subiu demais.

O Brasil ficou muito vulnerável após a virada e a Suécia não parou de atacar. Aos 31, Fê Palermo perdeu a bola no campo de ataque e Schough levantou na área. Hurtig, novamente subiu de cabeça – ganhando no alto de Tainara – mas Lorena conseguiu espalmar a bola.

Aos 38, Blackstenius – que também entrou na segunda etapa – apareceu nas costas da zagueira Tainara e finalizou para o gol, com Lorena fazendo mais uma boa defesa.

A técnica Pia mexeu novamente no time, buscando poder de reação. Colocou Letícia Santos e Gabi Portilho nos lugares de Fê Palermo e Kerolin, respectivamente. Não adiantou muito, já que a seleção brasileira não conseguia trocar uma sequência de passes e cometeu muitos erros.

Para sacramentar a vitória sueca diante de seus torcedores, aos 43 minutos finais, após troca de passes rápida no meio de campo, Blackstenius foi acionada e, de frente para o gol, marcou o terceiro, encobrindo a goleira Lorena.

No fim da partida, Debinha declarou em entrevista que a derrota serve de aprendizado para a equipe. “No primeiro tempo, saímos bem da pressão sueca. Na segunda etapa, consegui marcar o gol, mas faltou um pouco de atenção e tomamos a virada. Agora precisamos manter o foco e tirar aprendizados desse jogo.”

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