Em jogo duro, Brasil vence Colômbia e conquista o tetracampeonato Sul-Americano Sub-17

Com uma campanha irretocável, invicta e repleta de gols, a Seleção Brasileira de Futebol Sub-17 sagrou-se tetracampeã do Torneio Conmebol Sul-Americano neste sábado (19). A equipe comandada pela técnica Simone Jatobá jogava pelo empate, mas conquistou o troféu no Estádio Charrua, em Montevidéu, após derrotar a Colômbia por 1×0, com gol marcado por Rhaissa, aos 31 minutos do 2º tempo.

As brasileiras fizeram uma campanha inédita e histórica na competição com sete vitórias em sete jogos disputados, marcando 33 gols sem sofrer nenhum.


A vitória foi simples, mas foi o bastante para levar as garotas do Brasil ao degrau mais alto do pódio. Ainda assim, a grande decisão foi o jogo mais duro enfrentado pela Seleção Sub-17 na competição. Diferente das demais equipes, a Colômbia foi uma adversária mais propositiva e ofensiva, dando muito trabalho para a marcação brasileira.

Esta foi a 7ª edição da competição sul-americana que garante vaga para a Copa do Mundo FIFA. O Brasil já havia conquistado a vaga para o Mundial da categoria – que será disputado na Índia, entre 11 e 30 de outubro deste ano – após vencer o Paraguai por 3×0 na última quarta-feira (16).

Repetindo o feito dos anos de 2010, 2012 e 2018, o Brasil conquistou o título, mas dessa vez a conquista teve um sabor especial. Após enfrentar dois anos de pandemia e adiamento do torneio – que estava previsto para 2020 -, a seleção sub-17 havia feito apenas dois jogos preparatórios contra o Uruguai, em 2021 (com um empate e uma vitória) e um jogo-treino contra o América-MG, derrotando a equipe mineira por 5×0.

Mesmo diante de tantas dificuldades e renovação da equipe, Simone Jatobá conseguiu preparar muito bem seu time e demonstrar muito repertório, com tática, velocidade, toque de bola e jogadas ensaiadas em campo.

“Está sendo um aprendizado pra gente, porque não tivemos muitos jogos preparatórios antes, então estávamos no escuro para as equipes adversárias e para nós nossa também, já que não tivemos volume de jogos. Então, começamos a nos descobrir aqui também, mas está sendo muito bom porque assim como todas já jogaram, a gente consegue identificar um time mais robusto e digamos que mais preparado para a fase final. Foi extremamente importante essa primeira fase para o amadurecimento do time agora para a fase final”, declarou a treinadora após o término da primeira fase do torneio.

O jogo
(Foto: Staff Images Woman / CONMEBOL)

O time de Simone Jatobá foi a campo com Elu, Luana, Guta, Grazy (capitã) e Kedima; Lara, Ana Ju, Aline, Carol, Dudinha e Jhonson.

E a Colombia foi escalada pelo técnico Carlos Paniagua com Agudelo, Guzmán, Cabezas, Perlaza, Álvarez, Motta, Ortegón, Rodríguez, Torres, Muñoz e Caicedo.

Nos primeiros minutos de jogo, a Colômbia pressionou o Brasil e buscou mais o gol. A seleção brasileira ficou um pouco perdida nos primeiros 10 minutos, enquanto a camisa 11 da Colômbia, Linda Caicedo, levava perigo na construção de jogadas.

Sempre de pé na área técnica, Simone Jatobá pedia calma para o time quando estivesse com a bola no pé.

A chance mais clara de gol da primeira etapa foi da Colômbia, aos 17 minutos. A goleira Agudelo estourou a bola pra frente, a jogadora colombiana ganhou a disputa pelo alto e a bola sobrou para Caicedo, pelo lado direito. Ela partiu em velocidade rumo ao gol, fintou a zagueira Guta e finalizou para o gol, mas a goleira Elu conseguiu fazer a defesa e a zaga afastou o perigo.

O Brasil teve poucas chances claras. Aos 27, Guta conseguiu cabecear para o gol depois de cobrança de falta, mas a bola foi pra fora, mesmo passando perto da meta. Depois, somente aos 37, o time conseguiu fazer uma jogada trabalhada, tocando a bola de pé em pé até o arremate de Ana Julia, que recebeu e arriscou, mas a bola foi pra fora.

Na segunda etapa, a Colômbia novamente seguiu partindo pra cima do Brasil, assim como aconteceu nos primeiros 45 minutos. O Brasil endureceu a marcação e conseguia conter os avanços adversários na base da falta.

Perto dos 20 minutos, Simone Jatobá mexeu na equipe, colocando Rhaissa e Rebeca nas vagas de Lara e de Jhonson.

A primeira boa chance do Brasil na segunda etapa foi aos 23 minutos, quando Carol recebeu uma bola açucarada, saindo de frente pro gol, mas na hora do chute, a bola subiu demais.

Outra boa oportunidade criada pelas brasileiras aconteceu aos 28, quando Dudinha recebeu uma bola longa pelo lado direito, brigou pela posse e conseguiu avançar até a área. Ela fez o cruzamento e Rhaissa chutou de primeira, mas a bola explodiu na trave e foi pra fora.

Embaladas pelas recentes criações, o gol do brasileiro finalmente saiu aos 30 minutos. Após uma recuperar a posse de bola no campo de defesa,  Aline apareceu no meio de campo para servir Rhaissa, que chegava na área, na medida. A camisa 19 – que entrou na segunda etapa – finalizou muito bem e abriu o placar para o Brasil.


Depois do gol marcado, o Brasil passou a ter o controle do jogo e ficou mais leve em campo. Ainda assim, aos 45 minutos finais, a Colômbia levou perigo quando Caicedo foi acionada pelo lado esquerdo. Mesmo com marcação dobrada, a camisa 11 consegui servir Torres na entrada da área. A camisa 17 foi prensada no primeiro chute, mas se levantou e arrematou pro gol, exigindo uma boa defesa da goleira Elu.

Depois disso, o Brasil só tocou a bola e esperou o apito final, que consagrou a equipe Sub-17 como campeã Sul-Americana de maneira inédita e história, sem sofrer nenhum gol em 7 jogos.

Campanha do Brasil no Sul-Americano

Sete vitórias em jogos

33 gols marcados e nenhum sofrido

Artilheira da competição: Jhonson (9 gols)

Brasil 3 x 0 Argentina
Brasil 7 x 0 Bolívia
Brasil 5 x 0 Paraguai
Brasil 6 x 0 Venezuela
Brasil 8×0 Chile
Brasil 3×0 Paraguai
Brasil 1×0 Colômbia

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