Com dois gols de Rapinoe e Lloyd, EUA conquistam medalha de bronze em Tóquio

Nesta quinta-feira (5), Austrália e Estados Unidos entraram em campo para a disputa da medalha de bronze no Ibaraki Kashima Stadium. O jogo foi emocionante, com 7 gols marcados dando a vitória para as americanas por 4×3.

Os gols foram marcados por Megan Rapinoe e Carli Lloyd, duas vezes cada e, pelo lado australiano, Sam Kerr, Caitilin Ford e Emily Gielnik descontaram. Com esse resultado, foi a primeira vez na história que a seleção dos Estados Unidos conquistou uma medalha de bronze em Jogos Olímpicos.

Acostumadas a jogar decisões (são 5 finais disputadas e 4 vencidas), essa foi a segunda vez que as americanas não brigaram pela medalha de ouro em uma Olimpíada. Na Rio-2016, a equipe caiu ainda mais cedo, nas quartas de final. Já a Austrália brigou por uma medalha pela primeira vez.

A Austrália foi a campo com: Micah, Kerr, Polkinghorne, Logarzo, Catley, Foord, Van Egmond, , Yallop, Kennedy, Raso e Simon.

E os Estados Unidos foram pra decisão com: Franch, Dunn, Mewis, Sauerbrunn, O’Hara, Ertz, Horan, Lloyd, Press, Davidson e Rapinoe.

O jogo

Aquela máxima de sempre: não se pode vacilar por um minuto sequer diante dos Estados Unidos. E o primero deslize veio aos 7 minutos de jogo, quando Press arriscou um chute ao gol que acabou virando um escanteio após defesa australiana. Na cobrança, Megan Rapinoe já deixou sua marca ao fazer um belo gol olímpico, contando com a saída errada da goleira Micah.

(Foto: Angélica Souza/Dibradoras)

Depois disso, as americanas passaram a ter uma marcação mais forte, dificultando a saída de bola da Austrália. Com isso, as jogadoras apelavam para os chutes longos, dificultando a criação ofensiva. Enquanto isso, as americanas mostravam toda força física a cada disputa de bola.

Aos 16 minutos veio o empate das Matidas. Após uma saída errada de bola das americanas, Foord deu uma bela assistência pelo lado esquerdo para Sam Kerr. A camisa 2 não desperdiçou a oportunidade, chutando com força no canto esquerdo da goleira Franch que chegou a tocar na bola, mas não conseguiu fazer a defesa.

O placar ficou igualado por pouco tempo, já que aos 18 minutos, a Austrália cometeu mais um erro crucial. A defensora Kennedy foi afastar a bola da área, mas o chute caiu nos pés de Rapinoe. A camisa 15 arrematou de primeira para o gol, sem chances de defesa para a goleira Franch.

As australianas sentiram o golpe e encontraram muita dificuldade para criar jogadas e, para deixar o jogo ainda mais difícil, Carli Lloy ampliou o placar para as americanas após uma bela roubada de bola de Horan e um chute incrível para o gol de Micah: 3×1

No segundo tempo, as americanas voltaram com tudo e, aos 6 minutos, Lloyd marcou mais uma vez, se aproveitando do erro da defesa australiana. Kennedy tentou recuar uma bola de cabeça para a Micah, mas a bola não correu e Lloyd ficou na cara do gol para finalizar debaixo das pernas da goleira.

Este foi o 9º gol marcado por Lloyd em Jogos Olímpicos. Aos 39 anos, a camisa 15 – que já foi eleita como a melhor jogadora do mundo em 2016 – também atingiu a marca de ser a primeira jogadora de futebol de seu país a marcar gols em quatro edições olímpicas (2008, 2012, 2016 e 2021).

A Austrália respondeu rápido, com um belo cruzamento de Simon, Foord finalizou de cabeça, no contrapé da goleira americana, fazendo 4×2. E, se não fosse a trave, a Austrália poderia ter encostado ainda mais no placar. Kerr cabeceou consciente, tirando a goleira da jogada, mas o cabeceio da camisa 2 parou no travessão esquerdo.

A Austrália passou grande parte do tempo sem conseguir se impor e buscar o resultado. As americanas se arriscaram mais, mas também erraram passes e finalizações que poderiam ampliar o placar.

Faltando 10 minutos para acabar o jogo, Carli Lloyd deixou o campo para a entrada de Alex Morgan. Muito aplaudida pelos poucos presentes no estádio (jornalistas, atletas e comissões técnicas), a jogadora fez sua última partida defendendo a seleção americana em uma Olimpíada.

Perto dos 45 minutos finais, a Austrália conseguiu marcar seu terceiro gol em um belo chute de fora da área de Gielnik, camisa 15 que entrou no segundo tempo. Tentando buscar o empate, as Matildas até esboçaram uma reação, mas aí, não havia tempo para mais nada.

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