Lesionada, Flávia Saraiva se supera em Tóquio: “Eu sei o quão difícil foi chegar aqui”

Se o mundo ainda não conhecia Flávia Saraiva, ficou conhecendo nestes Jogos Olímpicos de Tóquio. E não porque a ginasta ganhou medalhas, mas porque desfilou com seu típico sorrisão no rosto esbanjando alegria e simpatia.

Na final da trave que aconteceu na manhã desta terça-feira (3), a brasileira terminou na sétima colocação, sem chances de pódio após erro em sua apresentação. Flavinha chegou à decisão lesionada, com uma entorse no tornozelo e teve pouco mais de uma semana para se recuperar.

“Eu estou muito feliz, eu sei o quanto foi difícil chegar aqui, não foi só a entorse, foi muita coisa que aconteceu esse ano. Estar na minha segunda final olímpica num ano tão difícil… eu estou realmente muito feliz”, afirmou a ginasta à TV Globo.

Da arquibancada, uma torcida ilustre. A duplamente campeã olímpica e parceira de equipe, Rebeca Andrade, acompanhou a prova de Flavinha. “Eu estou muito feliz com os resultados que a Rebeca conseguiu aqui, é muito importante para a ginástica. A ginástica brasileira vem com muito mais reconhecimento no Mundial”, disse a atleta.

O Mundial de ginástica artística acontece de 18 a 24 de outubro deste ano, também no Japão. São dois meses para Flavinha focar na sua recuperação e chegar com chances de medalha. “Eu não estou pensando muito nisso agora, estou pensando em mim, em cuidar de mim, que é o principal, e do meu pé”, explicou a atleta.

A final da trave foi importante para Flávia Saraiva, mas também para uma outra ginasta em específico. Simone Biles havia desistido das decisões do individual geral, do salto, das barras assimétricas e do solo após revelar problemas com a sua saúde mental. Na que a atleta decidiu participar, ficou com o bronze.

“O principal de tudo é ver que ela conseguiu voltar, que pode fazer. Eu sinto que ela é muito vitoriosa de ter movimentado isso, ela fez história para nós atletas. É melhor uma pessoa muito grande mostrar que a gente passa por esses problemas, eu mesma já passei por isso, sei como é, é uma sensação horrível não saber onde você está, vir para o ginásio e não consegui fazer os elementos. Antes de ser atleta, eu sou a Flavinha pessoa”, pontuou Flavinha.

“Eu volto para casa muito feliz. Estar numa final vale mais que qualquer coisa, a gente ri, a gente chora, mas o sentimento de felicidade é muito grande”, concluiu.

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