Números da fase de grupos confirmam: esta já é a maior Copa de todos os tempos

(Foto: Alex Grimm – FIFA/FIFA via Getty Images)

Finalizada a fase de grupos da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, já é possível dizer que esta é a maior edição de um Mundial Feminino – mesmo se tivesse terminado antes do mata-mata. Até agora, 1,2 milhão de torcedores e torcedoras lotaram os estádios nas 48 partidas iniciais, número que supera todo o público da edição anterior, realizada na França, em 2019. Lá, foram 1,1 milhão de pessoas.

Até esta semana, a Fifa contabilizou 1,7 milhão de ingressos vendidos para todo o Mundial, ultrapassando a meta revisada de 1,5 milhão de bilhetes – a projeção inicial para a Copa de 2023 era de 1,3 milhão. As sucessivas quebras de recordes nos estádios já indicavam essa tendência. Na abertura, 42.137 pessoas assistiram Nova Zelândia x Noruega, recorde de público para um jogo de futebol na Nova Zelândia entre homens e mulheres. Austrália x Irlanda, também na primeira rodada, bateu o recorde de público de uma partida de futebol feminino no país, com 75.784 presentes.

Recorde de público quebrado em Austrália x Irlanda (Foto: Angélica Souza / Dibradoras)

Os números de audiência também reforçam que, mesmo fora dos países-sede e em horários às vezes desafiadores, o público interessado por futebol feminino cresceu – e de forma fiel. O que já era esperado desde a última edição, quando mais de 1 bilhão de espectadores assistiram à final entre EUA x Holanda.

Na última semana, a emissora australiana Seven, que tem direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo no país, anunciou que alcançou 8.02 milhões de telespectadores e mais 1.14 milhão na plataforma de streaming. No jogo contra o Canadá, em que as australianas se garantiram nas oitavas com goleada, a Seven chegou a 5.03 milhões de pessoas entre TV e internet, tornando-se o evento mais assistido da história da emissora.

E no Brasil?

Mesmo com horários complicados, a audiência no Brasil também foi histórica. A CazéTV bateu recorde no streaming no jogo Brasil x França, com mais de 1.232 milhão de aparelhos conectados simultaneamente durante a partida, que se tornou o jogo de futebol feminino mais assistido na história da internet brasileira.

Já a TV Globo registrou sua maior audiência para a faixa horária das 7h às 9h de um sábado nos últimos 15 anos com esse mesmo jogo, alcançando 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão). Isso, de acordo com o portal Esporte e Mídia, representa um aumento de 171% em relação à média desse horário nos quatro sábados anteriores. Nas duas maiores metrópoles do país, São Paulo e Rio de Janeiro, a emissora chegou a 15 e 18 pontos, respectivamente, alcançando um crescimento de 142% e 175%.

Já a partida que marcou a eliminação do Brasil da Copa do Mundo, o empate sem gols com a Jamaica, rendeu à TV Globo uma média de 17 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão) durante o horário das 7h às 9h (horário de Brasília), de acordo com a coluna de Allan Simon, do UOL. Ainda de acordo com a coluna, essa audiência é a maior para uma quarta-feira neste horário nos últimos 20 anos.

Foto: Divulgação/ Nike

Matildas are (selling) better than Socceroos

A estratégia da Federação Australiana de Futebol de promover a Copa do Mundo Feminina começou em 2021, quando a Fifa anunciou que o país receberia o Mundial junto da Nova Zelância. Deu tão certo que as Matildas, apelido das jogadoras da seleção feminina, estão mais populares que as dos Socceroos, da seleção masculina.

A venda de camisa delas durante o Mundial feminino está vendendo o dobro da deles na época do Mundial do Catar. Entre as crianças, principalmente, a identificação é visível.

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