Alex Morgan desperdiçou pênalti pelos EUA / Foto: Brad Smith/ Getty Images
Com exceção de Alex Popp, que marcou dois dos seis gols da goleada da Alemanha sobre a estreante seleção do Marrocos, as principais estrelas do Mundial não fizeram brilhar os olhos do público na primeira rodada da fase de Grupos da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia.
Por enquanto, as jogadoras de referência de suas seleções passaram em branco ou sequer entraram em campo, como é o caso de Sam Kerr, principal atleta da Austrália. A atacante desfalcou a equipe por causa de uma lesão na panturrilha sofrida na véspera da estreia australiana. Ainda em recuperação, Sam Kerr tem previsão de só voltar a jogar na última partida da equipe nacional na primeira fase, diante do Canadá, no dia 31.
Mas a lista é longa. De volta à seleção após cinco anos, Ada Hegerberg não brilhou na partida de estreia da Noruega, que perdeu o primeiro jogo para a Nova Zelândia, por 1 a 0, com gol de Hannah Wilkinson. Bola de Ouro em 2018, Hegerberg se recusou a defender a equipe nacional em 2017 e não disputou a Copa do Mundo de 2019 como forma de protesto por melhores condições salariais das jogadoras. Seu retorno, portanto, era aguardado com grande expectativa desde a partida de estreia.
Já na seleção dos Estados Unidos, atual bicampeã mundial e uma das favoritas ao título, sobrou até para a jogadora que coleciona mais patrocínios individuais nesta Copa: Alex Morgan. É verdade que a atacante deu uma assistência linda de letra para Sophia Smith abrir o placar diante do Vietnã. Depois dessa pintura, porém, Morgan desperdiçou um pênalti. A cobrança foi defendida pela goleira Kim Trahn. Apesar disso, os EUA venceram a partida sem maior dificuldade por 3×0.
Christine Sinclair, veterana de 40 anos do Canadá e maior goleadora de seleções entre homens e mulheres, também desperdiçou pênalti. Autora de 190 gols pela equipe nacional, Sinclair perdeu a chance de se tornar a primeira jogadora a marcar em seis edições de Copa do Mundo. A responsável por defender a cobrança foi a jovem goleira nigeriana Chiamaka Nnadozie, que teve motivação extra para impedir o tento da adversária. Essa partida terminou sem gols, com Canadá e Nigéria somando um ponto pelo Grupo B.
Alexia Putellas, atual melhor do mundo, só jogou no segundo tempo pela Espanha, e mesmo assim foi pouco acionada. Menos mal para as espanholas, que venceram a Costa Rica por 3×0 com boa atuação de outras jogadoras de destaque, como Aitana Bonmatí e Esther Gonzalez, que marcaram, e Salma Paralluelo.
Zagueira de referência da seleção francesa, Wendie Renard não conseguiu marcar para a França, nem Le Sommer ou Diani, atletas que têm forte identificação com a torcida e costumam balnçar as redes pela seleção. A equipe francesa, que teve uma mudança no comando técnico recentemente com a substituição da treinadora Corinne Diacre por Hervé Renard, empatou em 0 a 0 com a Jamaica, do técnico Lorne Donaldson, numa partida extremamente equilibrada pelo Grupo F, que também tem Brasil e Panamá.
Para fechar, a Dinamarca venceu a seleção da China com gol de Amalie Vangsgaard – a expectativa era que Pernille Harder, meia do Bayern de Munique, eleita pela UEFA melhor jogadora em 2018 e 2020, fosse o principal destaque da partida.
Sem sua maior artilheira, Vivianne Miedema, cortada por lesão, a Holanda contava com Lieke Martens para performar contra a estreante seleção de Portugal, mas a meia ofensiva não conseguiu incomodar o gol de Inês Pereira. As neerlandesas venceram as portuguesas com gol polêmico da capitã Stefanie va der Gragt, validado após confirmação no VAR.