100 dias pra Copa do Mundo: cinco coisas que você precisa saber

Evento para celebrar os 100 dias para a Copa do Mundo no Sydney Football Stadium (Foto de Hanna Lassen/Getty Images para FIFA)

Faltam 100 dias para a Copa do Mundo Feminina começar e essa edição promete ser histórica por muitos fatores. E nós elencamos aqui cinco motivos para ilustrar o quanto a 9ª edição do Mundial pode ser transformadora para a modalidade ao redor do mundo

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1ª Copa com 32 seleções 

O crescimento da Copa do Mundo Feminina aconteceu com o passar dos anos. A primeira edição aconteceu em 1991, na China e contava apenas com 12 seleções. Em 99, 16 times puderam participar e em 2015 o número de seleções aumentou para 24.

Equipe brasileira que participou da primeira Copa do Mundo, 1991 (Foto: Acervo pessoal Lunalva Torres de Almeida)

Agora, na Austrália e na Nova Zelândia, o Mundial receberá 32 seleções e oito serão estreantes: Filipinas, Haiti, Irlanda Marrocos, Panamá, Portugal, Vietnã e Zâmbia.

Sete países vão manter seu recorde de participação em todas as nove edições da Copa do Mundo Feminina da FIFA. São eles: Alemanha, Brasil, Estados Unidos, Japão, Nigéria, Noruega e Suécia.

Sessenta e quatro jogos serão disputados – 12 a mais do que na França em 2019. A tabela completa da Austrália e Nova Zelândia 2023 foi revelada em dezembro, com Nova Zelândia x Noruega dando início ao torneio no Eden Park de Auckland na quinta-feira, 20 de julho.

Segundo divulgou a Fifa nesta terça-feira (11),  172 nações lutaram por essas 32 vagas durante o processo das eliminatórias e esse foi mais um recorde alcançado.

Mundial dividido em dois continentes

Será a primeira vez que a Oceania irá sediar uma Copa do Mundo e 10 estádios receberão os jogos femininos. Na Austrália, os duelos irão acontecer em Sydney, Melbourne, Perth, Brisbane e Adelaide. Já na Nova Zelândia, quatro cidades receberão as partidas: Auckland, Wellington, Dunedin e Hamilton.

(Photo by Hanna Lassen/Getty Images for FIFA)

Dois países serão anfitriões do torneio pela primeira vez. É um fato inédito também que dois países inscritos em confederações diferentes sediam um torneio da FIFA: a Austrália está na AFC, a confederação da Ásia, enquanto a Nova Zelândia compete pela OFC, da Oceania.

Promessa de recorde de público e audiência

Em 2019, o futebol feminino fez história! Com o anúncio da cobertura completa da Copa feminina na Globo pela primeira vez, os jogos das mulheres bateram altos índices de audiência.

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Os dados oficiais da Fifa mostram que 19,7 milhões de brasileiros acompanharam Brasil x Jamaica no dia 9 de junho de 2019. Esse número já era a segunda maior audiência da história da Copa do Mundo feminina, mas só cresceria daí em diante. A partida contra Itália (terceira da fase de grupos) em plena terça-feira num horário útil para os brasileiros somou 22,6 milhões de espectadores na audiência. E para fechar, o Brasil finalmente emplacou um novo recorde para o Mundial das mulheres: 35 milhões assistiram ao jogo entre a seleção brasileira e a França nas oitavas de final, maior audiência da história do torneio em todo o planeta.

Sem falar que até mesmo a final entre Estados Unidos e Holanda (ou seja, sem Brasil em campo), registrou mais de 19 milhões de brasileiros assistindo, uma audiência maior do que a registrada nos dois países que disputavam o título. No mundo todo, mais de 1 bilhão de pessoas acompanharam o Mundial na França pela TV. Para 2022, a expectativa é que a audiência seja ainda maior.

Falando sobre a presença do público, em janeiro a Fifa anunciou que já havia sido vendidos mais de 500 mil ingressos para a Copa do Mundo Feminina. O jogo mais procurado é a final do torneio, marcada para o dia 20 de agosto, no Estádio Austrália, em Sydney.

A secretária geral da Fifa, Fatma Samoura, demonstrou animação com a alta procura de ingressos. “As vendas dos ingressos para a Copa do Mundo feminina começaram muito bem e não são só fãs locais que estão comprando. Torcedores dos Estados Unidos, Inglaterra, Catar, Alemanha, China, Irlanda e França são o top 10 de compradores das entradas para o torneio até agora. Isso ressalta a fantástica guinada do futebol feminino e a paixão que ele evoca em toda a comunidade futebolística, que quer fazer parte do evento”, disse a senegalesa.

Marta pode alcançar novo recorde

Foi no dia 18 de junho de 2019, no Stade du Hainaut, em Valenciennes, que a camisa 10 do Brasil convertu um pênalti aos 28 minutos do segundo tempo contra a Itália e fez história. Com 33 anos e 6 títulos de melhor jogadora do mundo, Marta atingiu a marca de 17 gols marcados em Copas, ultrapassando a marca do alemão Miroslav Klose, com 16 e do brasileiro Ronaldo, com 15 gols.

Marta irá disputar sua 6ª edição de Mundial e terá grandes chances de ampliar seu recorde. Recuperada de uma lesão (rompimento do LCA do joelho esquerdo) que a afastou dos gramados por 10 meses, a grande craque da equipe brasileira voltou a ser convocada por Pia Sundhage em fevereiro. 

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O Brasil está no grupo F ao lado de França, Panamá e Jamaica. A estreia da seleção brasileira será diante das jamaicanas no dia 23 de julho, no Sidney Football Stadium, na Austrália.

Seleção americana pode fazer história
(Reprodução Twitter – USWNT)

Doze vitórias consecutivas e dois títulos consecutivos são as sequências impressionantes que os Estados Unidos pretendem prolongar no torneio. As americanas, que venceram quatro das oito edições até o momento e podem se tornar o primeiro time a conquistar três títulos consecutivos de Copa do Mundo. Elas também defendem uma invencibilidade de 17 partidas pela competição.

A estreia das americanas será no dia 21 de julho contra o Vietnã no Eden Park, na Nova Zelândia.

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