Com força da torcida, Colômbia vai à final da Copa América e se garante no Mundial

A Colômbia é a primeira seleção sul-americana a se garantir na Copa do Mundo de 2023. Vencendo a Argentina na semifinal da Copa América por 1 x 0, a equipe colombiana confirmou a classificação para a decisão do torneio continental e, consequentemente, também assegurou uma vaga no Mundial que será realizado na Austrália e na Nova Zelândia no ano que vem.

Com o público fazendo uma bonita festa em Bucaramanga, a Colômbia fez valer a força que tem tido jogando essa Copa América em casa e contou com o talento de uma das suas promessas em campo – Caicedo, de apenas 17 anos – para confirmar seu retorno à Copa do Mundo após oito anos.

Foto: Divulgação Copa América

As colombianas já disputaram duas vezes o Mundial (em 2011 e 2015), mas ficaram fora em 2019, quando Brasil e Argentina foram os representantes do continente sul-americano. Como em 2023 a Copa terá 32 participantes, há um número maior de vagas para a competição e os dois finalistas além do terceiro colocado da Copa América estarão com o passaporte carimbado para o ano que vem.

Agora como finalistas do torneio e classificadas para o Mundial, as colombianas deram uma excelente resposta aos dirigentes do futebol local, que cancelaram a liga feminina no segundo semestre dias antes do início da Copa América. As jogadoras chegaram a protestar no primeiro jogo da competição e pediram mais investimento no futebol feminino.

 

As argentinas, por sua vez, terão que disputar a terceira vaga para o Mundial com o perdedor da outra semifinal, entre Brasil e Paraguai.

A definição do último semifinalista será nesta terça-feira, com a seleção brasileira em campo buscando confirmar seu favoritismo diante das paraguaias, às 21h com transmissão do Sportv e do SBT.

O jogo

Já se esperava uma partida equilibrada e bem disputada entre as duas equipes. E foi isso que pudemos ver nos primeiros minutos de jogo. A seleção colombiana começou subindo a marcação para incomodar a saída de bola da Argentina, mas deixava espaço nas costas do meio-campo. Foi assim que as Hermanas conseguiram ganhar algumas disputas e criar oportunidades no ataque.

Aos 3 minutos, boa jogada de Bonsegundo procurando Nuñez que chegava pela direita, e a zagueira colombiana desviou a finalização. Aos 16, Rodriguez fez ótima jogada em velocidade pelo lado direito ganhando das defensoras colombianas e cruzou para trás onde Banini chegava para finalizar. A goleira da Colômbia precisou fazer boa defesa.

Foto: Divulgação Copa América

A primeira chance colombiana veio já passando da metade do primeiro tempo, em uma cobrança de falta que não levou muito perigo. Mas foi a partir daí que as donas da casa conseguiram mais volume de jogo no campo de ataque, principalmente pelo lado esquerdo com Caicedo. Com meio-campistas técnicas e muito qualificadas, a seleção colombiana conseguia fazer uma transição rápida e usar a infiltração da atacante na linha alta da defesa argentina.

E foi justamente numa jogada assim, dessa vez conectando o ataque rápido com Ramírez, que infiltrou pela direita, que a Colômbia teve sua chance mais clara na partida. Foi aos 37 minutos, e a camisa 9 conseguiu um drible espetacular na zagueira para ficar com todo o espaço dentro da área para chutar. Ela caprichou demais na finalização de perna esquerda no ângulo, mas a bola acertou a junção da trave com o travessão.

Foto: Divulgação Copa América

A equipe da casa passou a criar as principais chances, mas não conseguiu ser efetiva no primeiro tempo.

Já na segunda etapa, a partida seguiu disputada, com a Colômbia tendo mais volume no campo de ataque. Caicedo passou a jogar na articulação das jogadas pelo meio – e não pela esquerda como no primeiro tempo -, e seguiu levando perigo com bons passes para as atacantes. Mas foi a Argentina que conseguiu uma boa oportunidade aos 14 minutos num chute de fora da área de Bonsegundo que parou nas mãos da goleira colombiana.

Lembram que falávamos da Caicedo? O primeiro gol só poderia sair dela. Aparecendo agora pela esquerda de novo, ela aproveitou o erro da zagueira Agustina para tirar o cruzamento que vinha da direita. A bola sobrou, e a camisa 18 não desperdiçou. Com 17 minutos da etapa final, as colombianas incendiaram o estádio com 1 a 0 no placar.

 

A partir daí, o jogo ficou mais aberto, com a Argentina tentando chegar, mas com pouca qualidade técnica para criar boas oportunidades no ataque. Na busca por acelerar as jogadas em passes longos, as Hermanas erravam muito e logo devolviam a posse para as adversárias.

Aos 27, a situação da Argentina ficou ainda pior. A camisa 18, Chávez, levou o segundo amarelo e foi expulsa do jogo, deixando a seleção argentina com uma jogadora a menos.

Foto: Divulgação Copa América

Com superioridade numérica em campo, além da superioridade técnica, a Colômbia levava perigo toda vez que recuperava a bola e contava com o talento de Caicedo para conduzi-la ao ataque. As argentinas tentaram resistir enquanto puderam, com jogadoras sentindo o desgaste físico e até mesmo lesões – como foi o caso de Agustina, que sentiu uma pancada ainda no primeiro tempo, mas permaneceu em campo por boa parte do jogo -, mas não deu para conseguir o empate. Na base do  abafa, com bolas alçadas na área ou acionando a velocidade de Rodríguez, as Hermanas pressionaram no final, mas não foi o suficiente. Elas agora vão para a disputa do terceiro lugar, enquanto a Colômbia vai disputar a final em casa.

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