Brasil despacha México e chega à primeira final com Arthur Elias

Copa Ouro Foto: Leandro Lopes/CBF

Foto: Leandro Lopes/CBF

A expectativa por um jogo equilibrado entre Brasil e México na semifinal da Copa Ouro Feminina, em San Diego (EUA), durou pouco. A partir dos 15 minutos, a seleção brasileira cresceu e, aos 20, abriu o placar com Adriana. Nove minutos depois, um lance revisado pelo VAR resultou na expulsão de Nicollete Hernández. Com uma jogadora a mais, as brasileiras dominaram o restante da partida, garantiram uma vitória contundente por 3 a 0 e carimbaram a vaga na final. Antônia e Yasmim completaram o placar.

Em uma crescente na competição realizada pela Concacaf, o Brasil voltou a apresentar muita movimentação no ataque, não deu chances de reação ao México e somou mais um resultado expressivo. Agora, vai confiante para o principal desafio da Copa Ouro: a decisão será contra Estados Unidos ou Canadá no domingo, às 21h15 (horário de Brasília), novamente no Snapdragon Stadium. O jogo terá transmissão da Espn e Star+.

É verdade que a expulsão da jogadora mexicana ainda no primeiro tempo impactou diretamente a dinâmica do restante do jogo. Aquele México que surpreendeu os Estados Unidos com uma vitória por 2 a 0 na terceira rodada não conseguiu ameaçar o Brasil. Diante do crescimento da equipe canarinha quando chegou ao segundo gol, o técnico Pedro López mexeu no time mexicano para tentar proteger melhor a defesa. Ainda assim, as comandadas de Arthur Elias mantiveram a intensidade para explorar a vantagem numérica e ampliar o marcador.

O Brasil chega à final da Copa Ouro com 100% de aproveitamento nos cinco jogos que disputou. Foram 15 gols marcados e uma particularidade: 11 jogadoras diferentes balançaram a rede. A “artilharia democrática” é uma marca dos times do treinador brasileiro, que aos poucos implementa seu estilo de jogo na seleção.

O jogo

Arthur Elias escalou novamente uma seleção bastante ofensiva, composta por uma linha de três zagueiras (Rafaelle, Tarciane e Antônia) e duas alas com mais liberdade ofensiva (Yasmim pela esquerda e Ary Borges pela direita). O meio campo foi composto pela dupla de Dudas (Sampaio e Santos). E o ataque teve Bia Zaneratto, Debinha e Adriana.

A partida começou equilibrada. O Brasil não conseguiu impor um domínio de posse de bola ou mesmo uma marcação sufocante logo no início do jogo. Quando chegava ao ataque, também encontrava dificuldade de infiltrar na área adversária. Passados 15 minutos, a seleção passou a encontrar espaço pela lateral esquerda, seja com cruzamentos da Yasmim ou por jogadas na linha de fundo com Debinha. Ary Borges e Bia Zaneratto também arriscaram chutes de fora da área.

Após aumentar o volume ofensivo, Adriana abriu o placar. O lance começou com o cruzamento da Rafaelle, novamente pela esquerda. A goleira Barreras saiu mal e não conseguiu afastar a bola no alto na dividida com Adriana, que tentou de cabeça. No rebote, a brasileira ficou livre para completar pro gol, aos 21 minutos.

Adriana marcou o primeiro gol do Brasil no jogo contra o México | Foto: Concacaf

Na frente no placar, o Brasil crescia na partida quando a árbitra americana Tori Penso foi chamada ao VAR para analisar uma falta da Nicollete Hernández sobre Bia Zaneratto, quando a brasileira corria na frente das adversárias na direção do gol. O lance não foi tão claro, mas a decisão da arbitragem foi pelo cartão vermelho para a mexicana. Com uma jogadora a mais, o Brasil continuou rondando a área adversária. Aos 31, Antônia cortou para a perna esquerda (que não é a boa dela) e bateu colocado de fora da área. A bola morreu no fundo da rede do canto direito do gol defendido por Barreras. Foi o primeiro gol dela com a amarelinha! E foi um belo gol.

Do lado do México, o técnico Pedro López promoveu duas substituições para tentar reorganizar a equipe defensivamente. Tirou a atacante Diana Ordenas e a meia Maria Sanchez para a entrada da lateral esquerda Reyna Reyes e a zagueira Karina Rodríguez. Virou um jogo de ataque contra defesa, sem que a equipe mexicana conseguisse encaixar um contra-ataque. O primeiro tempo terminou com apenas duas finalizações do México contra 12 do Brasil, que abriu 2 a 0 no placar.

Antônia marcou o primeiro gol dela com a camisa da seleção | Foto: Concacaf

O Brasil voltou do intervalo com novidades. Vitória Yaya e Gabi Portilho entraram no lugar de Ary Borges e Duda Sampaio. Com dois minutos em campo, Portilho chegou na linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro para Yasmim aparecer bem na pequena área e completar de letra para o gol. Mais um golaço do Brasil, que abriu 3 a 0!

O México ainda melhorou e chegou ao ataque no fim do segundo tempo, mas o Brasil se mostrou bem postado na defesa, além de ter continuado a buscar o ataque com chegadas perigosas. Gabi Nunes e Aline Gomes deram mais fôlego ao time ao longo do segundo tempo, com as substituições por Bia Zaneratto e Yasmim. Aos 37, Nunes chegou a marcar o que seria o quarto gol brasileiro, mas a árbitra anulou o lance por falta da centroavante. Júlia Bianchi também entrou em campo.

Mais uma vitória que eleva a confiança das brasileiras para disputar a primeira final da seleção sob comando de Arthur Elias, que assumiu o cargo em setembro de 2023.

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Uma resposta

  1. Bueno. Nao foi muZA to bom que a Várbitra… aceitou a interpretaçao e deu puniçao de vermelho. Eram duas defensoras, foi fora da área e nem ficou evidente se a chance era obvia de gol nem quem era a ultima ‘homem’ de defesa no lance. O jogo mudou.
    Foi o primeira partida na copa , fora o horrivel primeiro jogo da competiçao, em que a Bia Zane nao jogou tao bem, a altura do que sabe. O time progride bastante em quase todos os aspectos. So que nao ganhamos nada e ate agora foi arroz doce com canela. O Usa ja estará
    preparando suas jogadas nas costas de nossas “Alas” e bolas paradas em diagonal na sequencia de nossas excessivas faltas laterais. As juizas apitam TUDO na Copa e as meninas ainda nao aprenderam isso.
    Mas tem boas expectativas para Paris, a seriedade e competiçao interna entre as meninas rendendo bem.

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