Sem Rafaelle e Debinha, Brasil goleia Noruega em melhor teste pós-Tóquio

(Foto: Thais Magalhães/CBF)

Nesta sexta-feira (07), Brasil e Noruega – já classificadas para a Copa do Mundo de 2023 – se enfrentaram no Estádio Ullevaal, em Oslo (NOR) e as brasileiras venceram o confronto. Com gols de Adriana, Bia Zanerato (2) e Jaqueline, o time de Pia Sundhage quebrou uma longa sequência de vitórias das norueguesas jogando em casa.

Fazia 5 anos que a Noruega (13ª colocada no Ranking da Fifa) não perdia uma partida jogando em seu país. Com a vitória do Brasil, a invencibilidade de 13 jogos da seleção europeia foi quebrada. A última derrota do time norueguês havia sido em 2017, em amistoso diante dos Estados Unidos em que as americanas triunfaram por 1×0.

O Brasil abusou da intensidade desde o primeiro minuto da partida e de bastante volume de jogo. A Noruega acabou a primeira etapa sem finalizar ao gol brasileiro e outro ponto positivo do time foi a recuperação da posse de bola.

(Foto: Thais Magalhães/CBF)

As duas seleções vivem um momento profissional bem parecido. Pia Sundhage pelo Brasil e Hege Riise pela Noruega lideram um trabalho de renovação de suas equipes e contam com um plantel que mistura experiência com a juventude.

Para estes confrontos, as novidades no time brasileiro foram as recém-promovidas da Seleção Sub-20: Lauren, Tarciane e Yaya. Além disso, Jaqueline e Micaelly, que estrearam diante da África do Sul no último mês, voltam a ganhar oportunidade com a treinadora brasileira.

Este foi o 45º jogo do Brasil sob o comando de Pia e o retrospecto é de 28 vitórias, 11 empates e 6 derrotas. Com a vitória de hoje, o Brasil marcou 111 gols e sofreu 31.

O jogo 
(Foto: Thais Magalhães/CBF)

O Brasil foi a campo com Lelê, Antônia, Kathellen, Tainara e Tamires; Duda Sampaio, Ary, Adriana e Geyse; Ludmila e Bia Zaneratto.

E a Noruega foi escalada com Skoglund, Sønstevold, Mjelde, Leine, Hansen, Engen, Reiten, Terland, Ildhusøy e Jøsendal.

Os primeiros 10 minutos de jogo foram de muita intensidade e pressão do Brasil pra cima das adversárias. Com menos de um minuto de jogo, o Brasil teve sua primeira finalização. Aos 50 segundos, Geyse roubou a bola no campo de ataque, pelo lado direito, e partiu em velocidade. A marcadora não conseguiu afastar e Adriana tentou um chute de fora da área, mas a bola foi fraca demais em direção ao gol. Na sequência, o Brasil continuou marcando alto e Ary Borges finalizou duas vezes: a primeira com um chute por cima do gol e a segunda pelo lado direito, com a bola saindo pela linha de fundo.

No meio da primeira etapa, o jogo ficou menos intenso, mas o Brasil seguiu buscando o ataque. Duda Sampaio atuou como o elo de ligação entre a defesa e o ataque e, em algumas ocasiões, a camisa 14 era a responsável por pegar a bola das zagueiras e começar a jogada com as meio-campistas e atacantes.

(Foto: Thais Magalhães/CBF)

Até os 30 minutos de jogo, a Noruega não havia finalizado no gol brasileiro. Já o Brasil, conseguia trocar passes e chegar ao ataque, mas pecava nas finalizações. Aos 34 minutos – após mais uma boa descida ao ataque – Tamires quase surpreendeu a goleira norueguesa num cruzamento venenoso, exigindo boa defesa. Na sequência do lance, Ary Borges recebeu a bola perto da área, avançou e girou o corpo para tentar um chute diagonal, mas a bola subiu demais.

Aos 38 minutos, na entrada da área, Bia tentou servir Ary Borges, mas a bola bateu nos pés da marcadora e voltou para Bia. A camisa 16 decidiu arriscar o chute e a goleira norueguesa precisou se esticar toda para fazer uma bela defesa.

Aos 42 minutos saiu o gol do Brasil. A jogada começou com a zagueira Kathellen avançada e, no toque de bola, o Brasil chegou ao ataque. A bola passou por Geyse, que cruzou pra área pelo lado direito. Ludmila fez o corta-luz, Bia ajeitou a bola e Adriana finalizou muito bem, abrindo o placar do jogo.

O Brasil terminou a primeira etapa com 9 finalizações ao gol e a Noruega não levou perigo. Para o segundo tempo, a técnica Pia colocou a zagueira Tarciane no lugar de Kathellen. E, aos 3 minutos de jogo, o Brasil ampliou o marcador com Bia Zaneratto, acertando um belo chute, com curva, ao gol de Skoglund.

(Foto: Thais Magalhães/CBF)

Logo na sequência, a Noruega teve sua primeira finalização ao gol e a bola passou rasteiro, bem perto da trave de Lelê. Depois, em uma cobrança de escanteio, as europeias descontaram e marcaram seu primeiro gol com Ildhusøy, aproveitando a bobeira da zaga. Mas, não demorou muito para o Brasil marcar o terceiro. Após bate e rebate dentro da área, Bia acertou um chute forte, na diagonal, sem chance de defesa para a goleira da Noruega.

Perto dos 20 minutos, Pia Sundhage fez alterações: entraram Kerolin, Gabi Nunes e Jaqueline nos lugares de Geyse, Bia Zaneratto e Ludmila.

O Brasil seguiu pressionando a Noruega, com Adriana perdendo algumas oportunidades. Mas, aos 27 minutos, saiu o 4º gol brasileiro. Duda acionou Tamires pelo lado esquerdo e a lateral cruzou pra área, encontrando Jaqueline no segundo pau, pronta para finalizar.

(Foto: Thais Magalhães/CBF)

A treinadora do Brasil fez mais duas substituições, colocando Duda Francelino e Millene nos lugares de Duda Sampaio e Adriana. Com o placar consolidado, a equipe brasileira seguiu segura na defesa, trocando passes e contendo os avanços das adversárias. Ainda nos acréscimos, Millene recebeu um lançamento pelo lado esquerdo, dominou e tentou um chute no canto direito da goleira Skoglund, mas a bola saiu por pouco. Depois disso, não houve tempo pra mais nada.

O Brasil terá mais um compromisso nesta Data FIFA de outubro. Na próxima segunda-feira (10), a equipe comandada pela técnica Pia Sundhage irá enfrentar a Itália, em Gênova, às 13h30 (horário de Brasília).

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