Perto da estreia, Debinha destaca união da equipe: “Estamos na mesma página”

A Seleção Brasileira Feminina se prepara para a estreia na Olimpíada de Tóquio, marcada para esta quarta-feira (21), às 5h horário de Brasília contra a China. Abrindo as coletivas da semana, a atacante Debinha confessou ansiedade para este primeiro jogo.

“Nós estamos bem ansiosas, não vemos a hora de estrear contra a China. Na hora do jogo, depois dos 10 primeiros minutos essa ansiedade vai passar, mas hoje nós estamos bem empolgadas e ansiosas para isso”, disse a atleta.

Maior artilheira da “Era Pia” com 12 gols, a jogadora do North Carolina Courage vai para a sua segunda Olimpíadas. Na Rio 2016, Debinha não era a peça fundamental que é hoje no time brasileiro.

“Hoje estou mais madura e mais experiente. Em 2016 eu não vinha num ano muito bom lá na China, foi também a sequência da minha lesão que tinha sofrido um ano antes, estava retornando a jogar como gosto. Ir para os Estados Unidos me deu uma força física, evolui muito como atleta e isso tem me ajudado muito para chegar na seleção e impor meu futebol. A preparação que tenho lá tem me ajudado muito, além, claro, da confiança que a Pia me dá. A chance que ela vem me dando me ajuda muito”, declarou Debinha.

Créditos: Mariana Sá/CBF

Sob o comando de Pia, o Brasil vai em busca do ouro inédito em Olimpíadas. Para Debinha, o fato de a comandante já ter conquistado essa medalha (duas vezes com os EUA) dá uma confiança maior ao grupo.

“Com certeza temos uma arma (no bom sentido) na mão. Ela é uma técnica muito experiente em Jogos Olímpicos e Mundial. Estamos prontas para jogar contra grandes equipes, vamos nos dar bem porque estamos em ótimas mãos”, afirmou a atleta, que em seguida comentou sobre a evolução tática do Brasil desde que a sueca chegou, em 2019.

“Hoje a gente vê a equipe com uma organização tática muito diferenciada do que era antes. Todo mundo comprou a ideia do que a Pia trouxe para nós, uma escola diferente que ajudou na evolução do time e o individual vai aparecer quando for preciso. Todo mundo entendeu o que ela passou, estamos na mesma página e acredito que vamos fazer uma ótima campanha”, pontuou Debinha.

Após enfrentar as chinesas o Brasil tem a Holanda pela frente (sábado, às 8h horário de Brasília). Sobre as vices campeãs Mundial, a atacante seguiu confiante na fala. “Conhecemos bem o time da Holanda, já jogamos contra. É uma equipe muito organizada, forte ofensivamente, uma das forças mundiais, não à toa chegou numa final. Mas nós estamos preparadas, vamos usar o que temos de melhor, impor nosso ritmo de jogo e eu quero dar o meu melhor, ajudar minhas companheiras da melhor forma possível com a minha velocidade e tudo o que temos. Estamos preparadas, seja quem for que vamos enfrentar aqui em Tóquio”.

Por fim, Debinha falou sobre como vê a evolução do futebol feminino e demonstrou preocupação em deixar um bom legado para as novas gerações. “O futebol feminino está evoluindo no nosso país, a seleção também. Nossa briga diária é para isso mesmo, fazer o nosso melhor hoje para as próximas gerações. Estamos ganhando nosso espaço e não vamos parar por aí. Hoje o nosso foco é ganhar o ouro olímpico, é coroar as gerações que passaram por aqui e sempre pensando nas gerações novas”, finalizou a jogadora.

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