A seleção brasileira feminina de futebol se apresenta na próxima semana para viagem à Espanha onde vai enfrentar Rússia e Canadá. Os dois amistosos fazem parte da reta final da preparação olímpica e terão transmissão da Rede Globo.

Primeiro, o Brasil jogará contra a Rússia na sexta-feira, dia 11 de junho. Depois, o confronto será contra o Canadá, na segunda-feira, dia 14. Ambos os jogos serão às 16h e terão transmissão da Globo, na TV aberta, para todo o país.

Pia Sundhage convocou 25 jogadoras naquela que é considerada uma pré-lista para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Segundo ela, “será muito difícil” alguém de fora dessa lista aparecer entre as 18 convocadas para a Olimpíada. A surpresa da convocação foi a ausência da atacante Cristiane, maior artilheira da história dos Jogos (entre homens e mulheres), que vive a expectativa de disputar pela quinta vez a competição.

A Rússia é um adversário inédito para o Brasil desde que Pia assumiu, em julho de 2019, mas o Canadá já é adversário conhecido – será o quarto jogo contra elas, sendo que a seleção venceu duas vezes e empatou uma.

A última vez que a equipe brasileira pôde entrar em campo para amistosos foi em fevereiro deste ano. Na data Fifa de abril, o Brasil não conseguiu fazer amistosos por conta da situação da pandemia no país – por conta das restrições de viagem a outros países, que não queriam receber pessoas brasileiras sem que elas cumprissem os 14 dias de isolamento na chegada.

Isso prejudicou bastante a preparação brasileira e foi um dos tópicos que Pia abordou na última coletiva de imprensa. “Eu fico muito feliz e grata pelos dois jogos, é super importante ter a oportunidade de jogar. Esses dois jogos são muito importantes se queremos competir na Olimpíada”, afirmou. De junho de 2020 a junho de 2021, o Brasil fez apenas cinco jogos.

Contando todo o período de Pia Sundhage no comando, o Brasil já fez 16 jogos, com 10 vitórias, 4 empates, 2 derrotas. Foram 46 gols marcados e 8 gols sofridos. A artilheira é Debinha com 12 gols (e quatro assistências), seguida de Bia Zaneratto com cinco (ela também tem cinco assistências).

Para esses últimos amistosos antes de Tóquio, a treinadora disse que quer observar os últimos detalhes para definir o grupo que irá buscar uma medalha olímpica em julho. “Precisamos definir quem joga bem em equipe. Por exemplo, a Marta e a Debinha nos Estados Unidos jogam de uma forma diferente da forma que queremos na seleção. Precisamos definir a defesa, temos oito opções, mas queremos seis. Teremos a oportunidade de definir isso nos amistosos”.

Visibilidade

Não é tão comum ver amistosos da seleção feminina transmitidos na Globo. A primeira vez que isso aconteceu foi justamente após a chegada de Pia, em novembro de 2019, no Torneio da China.

Com jogos na TV aberta, há um público muito mais abrangente que tem a chance de conhecer a seleção das mulheres. A Copa do Mundo de 2019 mostrou isso. Foi o primeiro Mundial feminino de futebol que teve todos os jogos do Brasil exibidos na Globo, além da final. Isso resultou em recorde absoluto de audiência em todo o mundo. Mais de 32 milhões de pessoas assistiram à partida das oitavas de final da Copa entre Brasil e França, um registro de audiência que nenhum outro país conseguiu ter.

Aliás, teve mais gente no Brasil assistindo à final entre Estados Unidos e Holanda do que em território americano. Isso evidencia o potencial que o futebol feminino tem quando as pessoas têm a chance de acompanhá-lo na TV aberta.

Com os Jogos Olímpicos chegando (e as partidas da seleção feminina também serão exibidas na Globo), a gente só pode esperar mais e mais visibilidade e apoio para o futebol das mulheres no Brasil.