Pela 1ª vez na história, seleção feminina terá patrocinador exclusivo

Nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, em coletiva de imprensa, o novo patrocinador exclusivo do futebol feminino.

A Neoenergia (filial brasileira da empresa espanhola Iberdrola)  apoiará as Seleções Brasileiras Femininas (de base e adulta) e o Brasileirão Feminino A-1, que contará com direitos agregados de naming rights.

Durante o anúncio, o Presidente da CBF, Rogério Caboclo, afirmou que a chegada do patrocínio trata-se de uma parceria inédita. “Isso significa ter ao nosso lado uma das maiores empresas de energia do país e do mundo, que tem como princípios a sustentabilidade e a igualdade. Além disso, com a chegada do novo patrocinador, teremos a adoção de práticas mais sustentáveis na Granja Comary”, afirmou.

O contrato de patrocínio vai até 2024 anos e prevê a exibição da marca no uniforme de treino da Seleção Feminina, ações promocionais e ativações nas redes sociais. O campeonato nacional muda de nome e, a partir da próxima rodada, passa a se chamar Brasileirão Feminino Neoenergia.

A marca também estará presente nas placas de publicidades no entorno do gramado de todos os jogos e backdrops. Além disso, poderá fazer ativações durante os intervalos das partidas (assim que permitido pelas autoridades sanitárias) e ações nas redes sociais da competição.

Durante a coletiva de imprensa, o CEO da empresa, Mario Ruiz-Tagle, destacou que o objetivo da Neoenergia com o patrocínio é promover a igualdade e o empoderamento feminino através do esporte.

(Foto: Reprodução)

“Esse é um importante passo para igualdade e empoderamento feminino pelo esporte. Apoiamos mais de 330 mil esportistas no mundo e um dos nossos principais valores é a igualdade entre homens e mulheres. Hoje, a Neoenergia inicia uma parceria exclusiva com a CBF, com a seleção brasileira e o Campeonato Brasileiro. Queremos promover oportunidades reais para que mais mulheres trilhem caminhos de sucesso em sua vida.”

A Diretora de Competições da CBF, Aline Pellegrino, celebrou a chegada do novo patrocinador. “Estamos aqui representando as muitas mulheres que não tiveram essa chance quando jogavam e hoje as adolescentes terão. Muito se fala sobre mudar o patamar das mulheres no futebol, mas isso precisa ser colocado em prática. E uma empresa desse tamanho, com esse porte, por tudo que já fez na Espanha, a gente já vê o retorno e o sucesso disso. E, como disse o Mario, é a energia que faltava para chegarmos na medalha de ouro. Isso coloca o futebol feminino em visibilidade. Tenho certeza que daqui a quatro anos vamos colher os frutos”, declarou.

Foto: Reprodução

No final da coletiva, a técnica da seleção principal, Pia Sundhage, também valorizou a parceria. “Não é só sobre dinheiro, é muito mais que isso. Trata-se de criações de oportunidades e investimento. Estou muito feliz de fazer parte dessa mudança. Os tempos estão mudando.”

Outros patrocinadores do futebol feminino

A Caixa Econômica Federal foi patrocinadora do Brasileirão Feminino feminina por cinco anos, desde o início do formato atual, em 2013, até o final de 2017. Na época, o banco estatal destinava R$ 10 milhões por ano à agência Sport Promotion, dona dos direitos sobre a competição e responsável por organizá-la. Depois do rompimento com a Caixa, a CBF passou a arcar com os custos.

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Em julho de 2020, o Guaraná Antarctica fechou um contrato de três anos para o torneio. Na ocasião, a marca da Ambev tinha direito de estampar o produto em placas de campo, direitos da imagem da competição e fazer ativações nos intervalos.

Meses depois, em novembro de 2020, a rede varejista de moda Riachuelo também passou a patrocinador a competição. O contrato entre a CBF e a empresa é válido até 2023 e prevê a exibição da marca nas placas de publicidades colocadas no entorno do gramado de todos os jogos e nas redes sociais oficiais da competição.

Os vencedores do Brasileirão Feminino

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Organizado e custeado pela CBF, com apoio do Fundo de Legado da Copa do Mundo FIFA 2014, o Brasileirão Feminino A-1 reúne 16 clubes em sua divisão de elite. Após 15 rodadas da primeira fase, os clubes disputam as quartas de final, semifinal e final em jogos de ida e volta.

Desde 2013, quando passou a ter esse nome, as equipes campeãs foram o Centro Olímpico (2013), a Ferroviária (2014), o Rio Preto (2015), o Flamengo (2016), o Santos (2017), o Corinthians (2018), novamente a Ferroviária (2019) e o Corinthians como último campeão (2020).

Na edição passada, o Brasileirão Feminino alcançou números expressivos triplicando o número de audiência em relação a 2019, passando de 107.305 views, para 319.771 views, em 2020.

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