Aline Pellegrino sobre Brasileirão: ‘Investimento gera visibilidade e retorno’

Ex-capitã da seleção brasileira, Aline Pellegrino ocupou o cargo de Diretora de Futebol Feminino da Federação Paulista de Futebol por quatro anos. Em setembro do ano passado, aceitou o convite da CBF para ocupar o cargo de Coordenadora de Competições femininas na confederação.

ALINE PELLEGRINO E DUDA LUIZELLI COORDENARÃO FUTEBOL FEMININO NA CBF

Quando chegou, o Campeonato Brasileiro já estava acontecendo. Nesta temporada, a partir deste sábado (17), ela coordenará o torneio nacional do início ao fim com o objetivo de massificar também os demais campeonatos organizados pela CBF. “Acredito que o maior desafio seja replicar o sucesso do Brasileirão Feminino para as outras competições, adultas e de base”, declarou a dirigente às Dibradoras.

Em sua conta no Twitter, Aline fez uma postagem para esclarecer como a mudança de patamar do futebol feminino na CBF tem acontecido. “Sobre processos… demandam tempo e precisam ser sólidos. Contratos acabam e novos são firmados. Mas fato é que tudo leva tempo e pra se concretizar precisa ser pensado, repensado e dividido com muitas pessoas. Pode soar simples, mas esse é um envolvimento de muitos que querem ver o futebol feminino crescendo, ou diria: decolando ainda mais. Não tenham dúvidas que queremos mais do que nunca que isso aconteça.”

BRASILEIRÃO 2021 SERÁ O MAIS VISTO E O MAIS DISPUTADO DE TODOS OS TEMPOS

Novidades da temporada 2021

Para Aline, o Brasileirão Feminino vem sendo construído de forma sólida, cumprindo etapas e demonstrando grande potencial de crescimento. “No mundo dos negócios tem uma frase que resume bem a forma de olhar para o desenvolvimento do futebol feminino: investimento gera visibilidade, e visibilidade gera retorno”, afirmou ao site.

Fluminense, campeão Sub-18 em 2020 (Foto: Thaís Magalhães/CBF)

A dirigente também reforça que a CBF tem um compromisso com a modalidade e que tem investido financeiramente no desenvolvimento do futebol das mulheres desde 2019. “Com a reformulação das categorias adultas e a criação das competições de base, as competições são 100% custeadas pela CBF. No caso do Brasileirão A-1, A-2 e Sub-18, com auxílio do fundo de legado da Copa do Mundo FIFA 2014. E no caso do Brasileirão Sub-16, é integralmente com recursos financeiros da CBF. Diante do cenário de evolução contínua, a cadeia produtiva do futebol também tem a oportunidade de atuar pela geração de recursos para os Campeonatos Femininos. Especialmente marcas e emissoras, com patrocínio à competições e direitos de transmissão”, declarou.

Neste ano, o Campeonato Brasileiro contará com transmissões dos jogos do início ao fim. A CBF irá exibir via streaming, o Desimpedidos (maior canal de esportes do Youtube) também transmitirá algumas partidas, a Band exibirá os jogos de domingo à noite na grade da tevê aberta e o SporTV terá as partidas pela TV fechada – cada emissora exibirá uma partida por rodada.

“A visibilidade conquistada com ativações de patrocinadores e transmissões em diversas plataformas demonstra o resultado do esforço em conjunto. Esse será um objetivo constante para os próximos anos, já que o produto está na praça e a cada ano apresenta mais qualidade”, declarou Aline.

‘Futebol feminino é um pilar estratégico da CBF’

Aline reforçou que todo planejamento da modalidade dentro da entidade é pautado em ações de curto, médio e longo prazo. E para ano que vem, uma nova competição fará parte do calendário feminino.

“Para 2022, teremos, pela primeira vez, a Supercopa do Brasil de Futebol Feminino que irá abrir o calendário – assim como no futebol masculino. Além disso, teremos algumas mudanças nos formatos das competições que irão proporcionar um calendário fixo a um números maior de clubes”, revelou.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Este será o segundo ano seguido em que o Brasileirão Feminino é realizado em meio a pandemia do Coronavírus. Mesmo diante de tantas dificuldades e protocolos, Aline comemora o sucesso que a competição alcançou. “O desafio é muito grande mas acredito que 2020 e 2021 serão lembrados como duas temporadas em que o futebol feminino se solidificou, justamente por ter apresentado bons resultados em um momento tão difícil.”

Ainda, em 2021, a seleção brasileira de futebol disputará os Jogos Olímpicos de Tóquio entre os dias 23 de julho e 08 de agosto. E, com uma visibilidade ainda maior para elas, Aline vislumbra mais conquistas. “Nesse sentido, por se tratar de um ano olímpico, já é muito positivo. E ter a segunda fase do Brasileirão Feminino iniciando logo após as Olimpíadas trará um interesse e visibilidade ainda maiores para a competição”, disse a dirigente.

Confira a primeira rodada do Brasileiro Feminino A-1:

Sábado (17)

20h – Corinthians x Napoli – Parque São Jorge, São Paulo (SP)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

20h – São Paulo x Grêmio – Marcelo Portugal, Cotia (SP)
Transmissão: Desimpedidos (youtube)

20h – Internacional x Santos – SESC Campestre, Porto Alegre (RJ)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

Domingo (18)

15h – Flamengo x Minas Brasília – Gávea, Rio de Janeiro (RJ)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

15h – Botafogo x Bahia – Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

17h – Cruzeiro x Real Brasília – Sesc Alterosas, Belo Horizonte (BH)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

20h – São José x Avaí Kindermann – Martins Pereira, São José dos Campos (SP)
Transmissão: site da CBF/MyCujoo

20h – Palmeiras x Ferroviária – Allianz Parque, São Paulo (SP)
Transmissão: Band

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