Após sofrer uma grave lesão no joelho com o rompimento do ligamento (LCA) e ficar quase um ano longe dos gramados, a meio-campista Luana entrou em campo na última quarta-feira (16) na estreia da seleção feminina no Torneio Internacional da França.
O primeiro adversário foi a Holanda e a equipe brasileira conseguiu o empate nos minutos finais da partida, que terminou em 1 a 1. Em coletiva organizada pela CBF na manhã desta quinta-feira (17), Luana contou qual foi a sensação de voltar após todo esse tempo.
“Uma alegria muito grande estar aqui. Trabalhei muito pra isso, foi um ano difícil e de muito aprendizado. Estar aqui já é uma vitória e ter tido a oportunidade de começar a partida ontem foi muito importante pra mim”, avaliou a jogadora.
Há algum tempo, a Pia afirmou que a volta da camisa 23 para a seleção seria uma página em branco, e a Luana comentou sobre o assunto. “Todo dia a gente tem que provar a nossa forma, que estamos bem e, pra mim, o que importa é o hoje. Não vivo do que eu fiz no passado, todo dia tenho que melhorar, buscar algo novo e me preparei pra esse momento.”
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A jogadora ainda faz uma avaliação sobre o seu ritmo de jogo. “Sei que antes de chegar aqui não tive muitos jogos, vim jogando aos poucos, ganhando ritmo com o Paris (Saint Germain – onde joga atualmente), mas estava tranquila e concentrada no jogo de ontem. Sabia que não seria uma partida perfeita, mas fiz tudo que estava ao meu alcance para ajudar a equipe. Me senti bem no primeiro tempo, e no segundo fiquei um pouco cansada. Como era previsto, eu saí de campo com 15, 20 minutos, mas, para mim, foi um passo na direção certa”, comemorou.
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Futebol feminino no Brasil
A meio-campista foi questionada sobre a evolução do futebol feminino e também falou sobre a sua expectativa para o futuro da modalidade no país. “Fico muito feliz em ver cada vez mais times de camisa aparecendo no futebol feminino e ver a competitividade da competição. Acho que esse vai ser um grande ano pro futebol feminino no Brasil”, celebrou.
A atleta completou falando sobre a possibilidade de voltar a jogar em seu país. “Tenho contrato até junho com o PSG, não começamos a falar de renovação ainda, não sei o que será do futuro, mas confesso que tem passado pela minha cabeça, sim, voltar pro Brasil. Pode ser uma opção, mas não tenho nada concreto ainda. Vou viver a cada dia e ver o que está reservado para o amanhã”, refletiu.
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De olho no próximo adversário
O próximo jogo da seleção brasileira será contra a França, donas da casa, e questionada sobre este assunto, Luana fez uma análise sobre o que podemos esperar deste confronto. “A seleção da França é muito forte, com jogadoras rápidas no ataque e um time que gosta de trabalhar a bola pelo meio, de ter a posse, fazer as equipes andarem e muito perigosa nas bolas paradas com a Renard. Sempre é um confronto de pesos-pesados. Conheço algumas delas e as características delas. Vamos sentar, estudar as partidas e bolar uma estratégia para enfrentá-las”, ponderou.
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Na última Copa do Mundo, em 2019, na França, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final, com um revés de 2 a 1 para as anfitriãs do torneio, e hoje, na coletiva, Luana não quis fazer uma comparação entre a equipe de 2019 e a atual, mas ressaltou as qualidades dessa nova geração.
“Vem chegando meninas muito habilidosas, que vão pra cima, que tem criado uma identidade de uma seleção que não desiste nunca, mesmo saindo atrás do placar. Essa geração tem muito a colher, claro, com paciência, e dar confiança para essas meninas se sentirem à vontade na seleção. Temos que confiar no processo, em quem está no comando e seguir fazendo o nosso melhor”, determinou Luana.
A seleção feminina encara a França, no próximo sábado (19), às 17h10 (horário de Brasília). E fechando a competição, o Brasil enfrenta a Finlândia, na terça-feira (22), às 14h (horário de Brasília). As partidas acontecem no estádio Michel D’Ornano, em Caen, na França, e contam com transmissão do SporTV.
