Brasil vence fácil o Quênia em jogo marcado por ‘espírito olímpico’ das adversárias

A seleção brasileira de vôlei passeou em quadra na manhã desta segunda-feira (2) e confirmou sua vaga nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Diante da fragilidade da equipe do Quênia, o Brasil fez 3 x 0, confirmando a liderança do Grupo A, e agora enfrenta as russas na próxima fase.

Com parciais de 25/10, 25/16 e 25/8, o jogo mais parecia um treino para a equipe do técnico Zé Roberto. Mas, o que chamou mesmo a atenção foi a postura das adversárias.

Créditos: Julio César Guimarães/COB

Lideradas pelo brasileiro Luizomar de Moura, tricampeão da Superliga feminina e campeão mundial pelo Osasco, as atletas do Quênia vibravam tanto com cada ponto conquistado como perdido. Com brilho nos olhos, elas representaram muito bem o país, que não participava de uma Olimpíada havia três edições.

“O melhor é jogar sério contra o Quênia. Dar o nosso melhor para que elas evoluam. Elas precisam ter esse parâmetro, e se toda equipe fizer isso elas vão evoluir muito”, disse o comandante do Brasil, Zé Roberto.

Sobre o desafio de comandar um time pouco tradicional no vôlei, Luizomar elogiou o trabalho da sua comissão técnica. “Saio muito satisfeito, é uma sementinha plantada e toda semente precisa ser adubada e demanda muito trabalho. O que a gente fez nesses Jogos Olímpicos, apesar de não ter vencido nenhum set, foi uma forma honrosa de viver o espírito olímpico. E é por isso que a gente sai com essa mensagem. Elas têm Campeonato Africano daqui um mês e a gente deixa um trabalho bom para darem continuidade”, afirmou o treinador.

No início de 2021, Luizomar ficou internado na UTI por conta da Covid-19. Recuperado, ele comentou sobre a importância de estar em uma Olimpíada e o reencontro com velhas conhecidas.

“Não tem outra palavra senão gratidão. É agradecer a Deus por estar vivo num momento em que tantas pessoas no Brasil morreram. Eu nem imaginava esse ano estar aqui, aconteceu em abril algo que eu sonhei a minha vida inteira. Eu fui abraçar a Camila Brait, a Natália, a Tandara. Em 2005 a gente falava: ‘Se vocês se esforçarem, serão atletas olímpicas’. Eu, de certa forma, sonhava em estar aqui. Foi uma honra e agora vou estar torcendo para as duas seleções do Brasil, tanto a masculina quanto a feminina”, disse o pernambucano.

As maiores pontuadoras da seleção brasileira foram Carol (12), Gabi (7) e Tandara (7). Já pelas quenianas, Chumba (8) e Kasaya (6) foram os destaques. Brasil e Rússia se enfrentam nesta quarta-feira (4) ainda sem horário definido.

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