Clara Albuquerque se prepara para final da Champions na TNT: “Futebol feminino é mais humano”

Em entrevista exclusiva, correspondente destaca momentos especiais da Champions feminina 2023/24, que terá 3ª decisão entre Barcelona e Lyon
Clara Albuquerque. Foto: TNT Sports/Divulgação

Foto: TNT Sports/Divulgação

Correspondente internacional desde 2017, Clara Albuquerque está acostumada a cobrir grandes jogos da Champions League. Ainda assim, a jornalista baiana – que já foi comentarista de futebol na TV e é podcaster e autora de três livros – conta ao Dibradoras que está vivendo uma sensação especial prestes a cobrir a final da Champions League Feminina entre Barcelona e Lyon, em Bilbao, no sábado (25), a partir de 12h30 (de Brasília), na TNT Sports, que se autodenomina como “a Casa da Champions”, pela tradição de exibir a competição. “Agora, sim, a casa está completa. É muito especial para mim e para a Tati (Mantovani), que somos mulheres, colocar também a Liga dos Campeões feminina na nossa bandeja”, comemora.

A decisão da Champions terá de um lado, o Barça, da melhor do mundo Aytana Bonmatí, que busca se consolidar como a principal potência do futebol feminino europeu. Do outro, o Lyon (grande campeão da competição com 8 títulos), da zagueira francesa Wendie Renard, tem a tradição a seu favor. Um duelo que já decidiu dois títulos da Champions, com vitória das Lyonnaises sobre as Culés em 2019 e 2022. Os ingressos para a terceira edição desse confronto pelo título europeu estão esgotados. A partida será no estádio San Mamés, em Bilbao, na Espanha, com capacidade para 53.289 mil pessoas e também será transmitida pelo canal Max (no straming) e pela DAZN, no YouTube.

E o que a Clara criança falaria para a Clara de hoje, prestes a acompanhar uma final de Champions League feminina de trás do gol? “Doideira”, responde. “O meu sonho de infância era ser bailarina clássica. Eu amava futebol, mas nunca foi um sonho. Eu não me imaginava como uma jogadora, na verdade, não tinha mulher na TV falando tanto de futebol”, conta a baiana de Salvador. Mas desde pequena Clara já gostava e entendia do esporte, o que era motivo de orgulho e exibicionismo do irmão mais velho entre os amigos. Ainda na faculdade de jornalismo, essa paixão veio à tona por meio do trabalho de TCC, que virou livro em 2007 e passaporte para se inserir em programas esportivas de TV e rádio em Salvador.

A partir daí, Clara foi colunista no jornal Correio da Bahia, estreou na TV com um quadro e depois como comentarista de jogos do Campeonato Baiano e do Brasileirão, primeiro pela TV Bahia (afiliada da Globo), e na sequência pelo PFC, Sportv e Esporte Interativo. Em 2017, viu a chance de ir para a Europa como correspondente da Itália e, desde 2023, trabalha na França. “Abracei com todo o meu coração quando apareceu a primeira oportunidade e percebi o quanto eu era apaixonada pela área, não só pelo jogo, mas pelo trabalho com o futebol. Aquela Clara de 10 anos com sapatilha de ponta fazendo concurso de balé Brasil afora não acreditaria se eu contasse que, na verdade, ela trabalharia dentro de estádio de futebol. Ela falaria: ‘Doideira!'”, conta a jornalista, aos risos.

Clara acabou trabalhando com sonhos e virou, ela própria, fonte de inspiração para que mais meninas e mulheres pudessem sonhar em trabalhar no futebol. “É meio louco pensar que tem muita gente que se inspira em você.  De alguma forma, a inspiração, o sonho é o que move a gente”, reflete. Sua profissão é uma espécie de especialista em contar histórias. “O que faz a gente se apaixonar pelo futebol não é apenas o gol de bicicleta, mas sim a história por trás daquele gol, daquele título, do técnico, da jogadora. Se a gente não conhece as histórias, como vai se apaixonar? Por isso, é tão importante a visibilidade. É um ciclo em que uma coisa vai puxando a outra”, diz, referindo-se também ao futebol feminino.

Na entrevista ao Dibradoras, Clara também detalha o momento mais especial vivido atrás do gol durante a Champions feminina, o perrengue de pegar um grande engarrafamento até o estádio do Lyon para a semifinal e a responsabilidade coletiva – dividida com outras mulheres – que ela assume por trabalhar no futebol. “É muito bonito receber carinho de quem te admira, mas eu uso como combustível para pensar que é algo sobre nós e não sobre mim. Só assim que vamos conseguir seguir dando passos adiante.”

Leia a entrevista completa

Você é correspondente da TNT Sports, que se autodenomina “A Casa da Champions”, desde 2017. Qual foi o seu sentimento com a notícia de que também trabalharia na Champions League feminina?

Clara: A casa, agora sim, está completa! Eu acho que foi uma notícia muito, muito especial e acho que é muito especial para mim e para a Tati (Mantovani), que somos mulheres, colocar também a Liga dos Campeões feminina na nossa bandeja, porque era algo que a gente tinha, em muitos momentos, uma proximidade como torcedora até. Eu já fui em finais de Champions feminina na torcida mesmo, nunca como trabalho. Então, na hora que chega essa novidade para a gente, é muito especial. É uma competição que, claro, tem todo o gigantismo de ser uma Liga dos Campeões e etc, mas que ainda tem mais acesso para conversar mais com as jogadoras, tem um processo que considero inclusive mais humano. 

Quais a diferença na sua preparação para a cobertura da Champions League feminina em comparação à masculina, que você está acostumada a fazer?

Clara: No início das quartas teve um processo de estudo muito maior do que eu faço para um jogo do PSG ou que eu fazia para os jogos dos clubes italianos que eu cobria. Eu sei os números do Mbappe decorados, porque toda semana eu falo eles. Eu sabia os números do Cristiano Ronaldo decorados quando ele estava na Juventus, porque eu falava aquilo também toda semana. No feminino, ainda que eu fosse aos jogos do PSG e que já tivesse ido em final, eu não sei os números da (Alexia) Putellas, porque eu não preciso informar isso, assim como não sei os números da (Ada) Hegerberg, porque também não estou informando isso, eu estou consumindo. Então, teve um processo de estudo muito maior para o primeiro jogo. Mas, quando a Champions feminina também passa a ser meu foco, eu passo a assistir mais aos jogos com a visão de trabalho. Teve um intensivão de estudo para esses números.

Mas talvez o que seja mais diferente no pré-jogo é que, como se tem mais acesso às jogadoras, é preciso ser mais criativa, porque vai precisar fazer mais perguntas. Ao menos na experiência que eu tenho tido até agora, em especial com PSG e Lyon, o futebol feminino é mais flexível, o que abre um pouco mais o leque de perguntas e de histórias que vamos conseguir contar a partir das entrevistas. Por exemplo, quase sempre tem entrevistas antes das partidas e é muito complicado falar com quem a gente quer na Champions masculina, porque a demanda é muito grande, são jogadores que já têm uma mídia enorme e uma proteção em torno deles. Enquanto que na Liga dos Campeões feminina, em um dos primeiros jogos que fiz do Lyon, eu entrevistei ninguém menos que é a Wendie Renard, que é uma lenda do clube e do futebol feminino. É muito especial ter essa proximidade um pouco maior com mais jogadoras. Por tudo que já passou, o futebol feminino é mais humano e é muito gostoso fazer parte disso, é muito especial.

A Champions feminina tem registrado públicos crescentes nos estádios, inclusive, nos jogos de clubes franceses. O que você acredita que tem impulsionado essa mudança no futebol feminino da França? 

Clara: Temos o público do futebol feminino muito mais desenvolvido em alguns países por diversos motivos. A França tem crescido muito nisso nos últimos anos pelo fato de PSG e Lyon manterem uma rivalidade muito grande a nível europeu, o que aumenta também a torcida dentro do próprio país. A Copa do Mundo de 2019 (sediada na França) também trouxe uma representatividade que não tem preço, por trazer aquele fator de sonho, de poder assistir aos jogos dos estádios, de viver tudo o que acontece em um país que recebe o evento. Mas tem outra coisa no público do futebol feminino que eu tenho percebido, em especial, nas partidas da Liga dos Campeões. É uma torcida que tem mais mulheres, famílias e crianças nas arquibancadas, mas, independente disso, é uma torcida com menos ódio. Não se vê o ódio que se vê nas torcidas do futebol masculino, os xingamentos. O tipo de cobrança e a forma como a torcida se apresenta nas arquibancadas é completamente diferente. A sensação é que todo mundo no futebol feminino quer somar com a sua torcida e com seu apoio para que aquilo cresça e seja melhor, então não tem espaço para ódio, briga e sentimentos que a gente quer afastar do futebol. Porque futebol, para mim, tem que ser apoio, amor… No fim das contas, o esporte mexe com paixão. E aí é uma linha tênue entre amor e ódio, que no masculino tem puxado muito para o ódio, mas no feminino, não. E isso é muito perceptível nos estádios, faz com que o ambiente do futebol feminino seja mais humano e mais bonito.

O futebol feminino está envolto a temas sociais. As últimas seleções campeãs mundiais evidenciaram isso. A Espanha, em 2023, com protestos contra o ex-treinador Jorge Vilda por denúncias de assédio. Os Estados Unidos, em 2019, com campanhas por igualdade de remuneração no seu país. Como a visibilidade do esporte e de uma Champions Feminina pode repercutir essas questões? E como abordar isso no seu trabalho?

Clara: Sem dúvidas, a visibilidade que uma final de Liga dos Campeões traz, pela forma como a gente transmite, aprofundando por mais tempo as histórias e contextos antes e depois de começar o jogo, traz essa importância, não apenas no resultado final ou no título histórico de Lyon ou Barcelona, mas por meio de uma construção do que é esse futebol, de quem é a Renard, a Alex Putellas, é um processo. O que faz a gente se apaixonar pelo futebol não é apenas o gol de bicicleta, mas sim a história que acontece por trás daquele gol de bicicleta, daquele título, daquele técnico, daquela jogadora. E se a gente não conhece as histórias, como a gente vai se apaixonar por isso? A gente não vai se apaixonar por um gol frio de canela por 1 a 0 no título, mas talvez se você souber a história por trás daquela jogadora que fez aquele gol, você se apaixone loucamente por aquele gol. Então a gente precisa contar essas histórias e, por isso, é tão importante que a visibilidade aconteça. É um ciclo que uma coisa vai puxando a outra. Aqui na França, o futebol tem um papel importante de construção social e acho que o futebol feminino está nesse mesmo processo de ser um esporte muito popular e uma forma de ter uma carreira, ter um crescimento na vida, uma visibilidade social e o futebol feminino tem muita lutas. E essa é mais uma delas.

Como está a expectativa para o clima em Bilbao para a final entre Barcelona e Lyon no sábado?

Bilbao não é uma cidade tão longe de Lyon, é uma cidade de fácil acesso de carro e ônibus. Do lado do Barcelona, os ingressos também estão esgotados. A gente tem realmente a expectativa de uma grande final, são as duas melhores equipes da atualidade. Acho que era a final que todo apaixonado por futebol estava querendo. No sábado, vai ter inclusive espaço de Fan Fast para concentração das duas torcidas. Vai fazer calor e estará sol, segundo a previsão. A expectativa é por uma final perfeita.

Como estava a atmosfera nos estádios e nas cidades de Lyon e Paris no clássico francês disputado nas semifinais da Champions feminina nesta temporada?

Clara: A gente teve semifinais com os dois times que talvez tenham a maior rivalidade do futebol feminino da atualidade, porque é uma rivalidade que acontece nacionalmente e também na Europa. Nos últimos anos, PSG e Lyon se enfrentaram muitas vezes na Liga dos Campeões. É verdade que o Lyon tem tido mais sucesso, é um time que tem um projeto há mais longo prazo no futebol feminino, mas o PSG tem investido nos últimos anos. Por exemplo, era uma dificuldade do PSG manter jogadoras reveladas no time e, a cada ano, ele tem conseguido segurar mais jogadoras, a sensação é que o clube dá um passo adiante. Essa rivalidade vem ajudando a engajar o público. Além disso, PSG e Lyon disputam os seus grandes jogos nos mesmos estádios que jogam as equipes masculinas. E os dois times têm batido recordes de público nos últimos anos. É um público que está crescendo e que se envolve cada vez mais com o futebol feminino, porque as histórias estão crescendo também. Estamos falando do clássico francês, mas Lyon e Barcelona vão fazer a terceira final da Champions e o Barcelona não aguenta mais não ter um título em cima do maior campeão da história. Essa é mais uma rivalidade que vai crescendo a nível europeu. Quanto mais a gente for transmitindo esses eventos, mostrando as histórias, contando e estando nesses espaços, mais as pessoas vão se interessando por ler, falar e estar nos estádios para ver essas equipes.

A Copa do Mundo feminina de 2027 será no Brasil. Como você recebeu essa notícia e de que forma ela pode impactar no seu trabalho, que passou a cobrir uma competição recheada de jogadoras que atuam por suas seleções?

Clara: É uma notícia incrível e que não tem preço o que pode acontecer no Brasil, se isso for aproveitado da forma correta, porque é a forma mais clara de criar sonhos. A Copa do Mundo vai estar muito perto e não existe nada mais poderoso do que acreditar que algo pode acontecer, do que admirar algo que existe, é a importância da representatividade. Eu comecei a minha carreira como comentarista de futebol, mas eu nunca tinha sonhado com isso. Porque na minha infância não existiam mulheres comentaristas de futebol. E quando eu descobri que eu poderia fazer isso, eu pensei: ‘Caramba, é isso que eu queria ser se eu tivesse visto isso dez anos antes, ou seja, eu já teria sonhado com isso’. Então, imagina a quantidade de meninas que vão perceber que o sonho delas pode ser realizado ou que vão descobrir um sonho que talvez não pudesse existir se aquilo ali não tivesse sendo mostrado? A Copa do Mundo Feminina vai estar muito perto, os estádios também. Não vai ter uma concentração de jogos só no Rio ou em São Paulo, por exemplo, vai ter uma distribuição interessante das partidas.  Não tem preço o que pode ser construído a partir dessa oportunidade. Estou na torcida para que seja aproveitado todo o potencial que uma Copa do Mundo no Brasil possa deixar de legado, mais do que um título da seleção brasileira. E eu estou numa torcida louca pela seleção Feminina, mas acredito no potencial do que o país pode deixar no pós-Copa, porque não tem forma melhor de criar sonhos e mostrar representatividade do que uma Copa no Brasil.

Falando em representatividade, você é inspiração para muitas meninas e mulheres que querem seguir no jornalismo esportivo ou no futebol. Como você lida com isso?

Clara: É meio louco pensar que tem muita gente que se inspira em você. A gente precisa entender que é um processo coletivo. Eu tenho muito orgulho de receber mensagens de carinho pelas redes sociais, porque eu faço parte disso e fico muito feliz. De alguma forma, a inspiração, o sonho é o que move a gente. Claro que tem a parte prática de onde trabalhar, salário, a gente vive num país em que isso acaba sendo primordial em muitos momentos. Mas, se não tem sonho e inspiração, aquilo se perde um pouco. Acho inclusive que eu demorei a perceber o quanto isso era importante, porque quando eu comecei, eu só queria trabalhar e não tinha essa ideia. Eu lembro que eu fazia jogos nos estádios, ainda em Salvador, e as redes sociais não eram essa coisa gigante que é hoje, e uma dessas vezes chegando ou saindo do estádio, uma menina veio falar comigo que nunca tinha escutado uma comentarista mulher e que, caramba, dá para ser comentarista! Na primeira vez que eu escutei isso, eu percebi que é também uma responsabilidade. Não é uma responsabilidade sobre mim, é coletivo, porque não é uma luta minha ou da Tati Mantovani, da Tainá (Espinosa), da Giovanna (Kiill). É uma luta coletiva e é importante ter consciência disso, porque é uma responsabilidade e a gente precisa ter voz nisso, saber que é sobre todas nós. É muito bonito receber esse carinho, mas eu uso como combustível para pensar que é algo sobre nós e não sobre mim. Só assim que vamos conseguir seguir dando passos.

Qual o seu momento atrás do gol mais especial no futebol feminino?

Clara: A primeira partida da Champions Feminina que eu fiz realmente atrás do gol foi a do Lyon com o Benfica pelo jogo de volta das quartas de final, em um estádio novo, inclusive para mim. Eu nunca tinha ido no estádio do Lyon, então foi uma sensação muito gostosa de um novo ciclo: era um estádio novo, uma competição nova, futebol feminino. E um momento muito especial foi a primeira vez que eu escutei o hino da Champions feminina no estádio, porque a hora do hino é especial na Liga dos Campeões masculina e a Champions feminina tem o seu próprio hino, sua própria taça e o hino é maravilhoso. Eu adoro o hino da Champions feminina! É engraçado, porque em qualquer jogo eu costumo ter alguns segundinhos para eu tirar o fone de transmissão, fechar os olhos, escutar o hino e viver um pouquinho aquilo, curtir mesmo, porque é uma conquista muito grande. E normalmente é na hora do hino, porque sei que o narrador não vai me chamar. Eu fiz isso no hino da Champions feminina, peguei a letra para ler antes do hino começar, porque eu queria cantar junto e viver aquele momento, foi bem especial.

E qual perrengue te marcou?

Clara: Teve perrengue no jogo das semifinais do Lyon, que é uma curiosidade também de bastidor de transmissão. A gente costuma chegar muito cedo nos estádios, porque tem muita produção antes, mas no futebol feminino a gente ainda tem uma produção, em termos de horário, um pouco menor do que a do masculino. Então eu não costumo chegar tão cedo nos estádios e quando não se chega tão cedo nos estádios, você pega um engarrafamento que não existe normalmente 8 horas antes do jogo começar. Então no último jogo do Lyon, o estádio fica bem afastado do centro, em vez de eu gastar meia hora, eu levei quase duas horas para chegar no estádio. Deu tempo, eu entrei na transmissão e deu tudo certo, mas o estádio recebeu quase 40 mil (38.466 torcedores, marcando o recorde de maior público da equipe no estádio), então eu peguei trânsito de dia de jogo grande. Só que normalmente a gente chega muito antes, então fiquei tensa de o horário apertar e eu não conseguir fazer tudo o que precisava, mas deu tudo certo! 

O que a Clara criança falaria para a Clara de hoje?

Clara: Doidera! Porque aquela Clara nunca imaginou… O meu sonho de infância era ser bailarina clássica. Eu amava futebol, mas nunca foi um sonho. Eu não me imaginava como uma jogadora de futebol, na verdade, não tinha mulher na TV falando tanto de futebol. Eu não imaginava, não foi planejado. Mas eu abracei com todo o meu coração quando apareceu a primeira oportunidade e eu percebi o quanto eu era apaixonada pela área, não só pelo jogo em si, mas pelo trabalho com o futebol. Mas aquela Clara de 10 anos com sapatilha de ponta fazendo concurso de balé pelo Brasil afora não iria acreditar se eu contasse que na verdade ela trabalharia dentro de estádio de futebol. Ela falaria: ‘Doideira!’

A camisa improvisada de Clara Albuquerque na infância para ver a Copa do Mundo. Foto: Arquivo Pessoal
Clara e o irmão na infância para ver a Copa do Mundo | Foto: Arquivo Pessoal

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