A seleção brasileira confirmou a classificação à semifinal da Copa América feminina no primeiro lugar do Grupo B com mais uma goleada. Diante do Peru, o Brasil abriu o placar com 40 segundos de jogo e construiu seu melhor placar na competição: 6 a 0.
Duda Francelino, Duda Sampaio, Geyse, Duda Santos, Fe Palermo, Adriana fizeram os gols da equipe brasileira, que agora vai enfrentar o Paraguai na semifinal.
A técnica Pia Sundhage conseguiu poupar parte das suas titulares neste jogo contra o Peru e testou um novo esquema tático, com três zagueiras, quatro jogadoras de meio-campo e três atacantes. Sem muitas tentativas do Peru, a seleção pouco precisou se preocupar com a defesa, e teve a chance de variar a forma de atacar usando principalmente os lados e colecionando gols.
Foram seis jogadoras diferentes fazendo gol nesta partida, nove no total que já deixaram sua marca vestindo a camisa brasileira na competição.
Com 17 gols feitos e nenhum sofrido, o Brasil tem o melhor ataque e a melhor defesa da competição. Caso consiga passar pelo Paraguai na semi, a equipe brasileira já garantirá a vaga na Copa do Mundo de 2023 e também nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
O jogo
Com a seleção feminina já classificada para a semifinal, a técnica Pia Sundhage aproveitou a partida contra o Peru para fazer testes na escalação e também no esquema tático. A comandante, que reforçou bastante a importância de ter variações táticas ao elogiar a entrada de Gabi Portilho no jogo contra a Venezuela, apostou numa formação diferente, com uma linha de três, sendo somente uma zagueira de ofício, num 3-4-3.
O Brasil foi escalado com: Lorena; Letícia Santos, Kathellen, Fe Palermo; Luana, Duda Sampaio, Duda Francelino e Duda Santos; Gabi Portilho, Geyse, Kerolin.
A ousadia da treinadora se justificou logo no primeiro minuto de jogo. A seleção brasileira abriu o placar com 40 segundos de partida numa jogada que começou pela direita e terminou com um cruzamento para trás – Duda Francelino apareceu na pequena área para aproveitar a empurrar para o fundo das redes.
O Brasil seguiu pressionando o tempo todo no campo de ataque, sem que a seleção peruana conseguisse esboçar reação. Como não era pressionado na saída de bola, a equipe brasileira soube aproveitar a boa condução das laterais que jogavam na zaga (Letícia pela direita e Fe Palermo pela esquerda) para ir tomando conta do campo de ataque.
E foi assim numa boa jogada aos 17 minutos que contou com o avanço de Fe pela esquerda que o Brasil chegou ao segundo gol. A bola chegou para Duda Sampaio aparecer pelo meio e fazer o primeiro gol dela com a camisa da seleção principal – no jogo contra a Argentina, sua estreia no time, a meio-campista do Internacional já havia dado uma assistência espetacular para o gol de Debinha.
O terceiro gol veio ainda no primeiro tempo, aos 40 minutos, com Geyse. A atacante, que ficou fora dos primeiros jogos por conta da Covid, foi titular pela primeira vez na competição e, depois de desperdiçar algumas chances, fez o dela. Ela se aproximou da área pelo lado esquerdo, onde Duda Santos (que jogava de ala) tinha a bola. Kerolin abriu para dar opção de passe também por ali e Geyse apareceu dentro da área também pela esquerda livre para receber e finalizar com a canhota – que nem é a perna boa: 3 a 0 para o Brasil.
Aos 43 , após marcação de pênalti, Duda Santos fez o quarto da seleção brasileira, que foi para o intervalo já com a goleada no placar.
Na segunda etapa, Adriana entrou no lugar de Duda Francelino. E, de novo um gol logo no início. Com dois minutos de jogo, escanteio, Duda Sampaio cobra e Fe Palermo aparece para fazer o dela.
Em seguida, aos três minutos, em mais um ataque do Brasil, Duda Sampaio recebe passe de Geyse dentro da área e é derrubada. Adriana cobra e faz o sexto do Brasil, o quinto dela na competição – a camisa 11 se consolida como artilheira do Brasil no torneio.
O jogo seguiu sendo de um time só. A goleira Lorena era mera espectadora e só viu uma finalização das peruanas com 13 minutos do segundo tempo – chute de longe e que passou ainda mais distante do gol defendido pela brasileira.
Pia Sundhage decidiu colocar Debinha em campo aos 15 tirando Geyse, que sentia um pouco o desgaste depois de um tempo sem jogar – ela estava de férias na temporada europeia, aí sofreu com a Covid e agora está voltando aos gramados.
A camisa 9 criou algumas oportunidades, teve a chance de fazer o dela, mas acabou passando em branco. Kerolin foi outra que tentou, tentou, tentou, mas não conseguiu balançar as redes.
Também entraram Tamires, no lugar de Gabi Portilho, e Ary no lugar de Luana. Mas o placar ficou por isso mesmo: 6 a 0 para o Brasil.