A cidade de Turim, na Itália, recebe neste sábado (21), às 14h (horário de Brasília), a final da Champions League Feminina que será decidida entre Barcelona e Lyon. O estádio da Juventus, palco escolhido para o confronto, receberá milhares de torcedores para acompanhar o que promete ser a decisão mais esperada da história do torneio.
E por que a mais esperada da história do torneio? Listamos sete motivos que atestam essa afirmação. Vamos a eles:
1. Duelo entre os dois melhores times do mundo
Bn dia!
Avui fa 1 any… pic.twitter.com/Ysf4H4jHbN
— FC Barcelona Femení (@FCBfemeni) May 16, 2022
O Barcelona, hoje, é a sensação da Europa. Tricampeão Espanhol (na temporada atual foram 24 vitórias em 24 jogos, com média de 5,6 gols por jogo e somente seis sofridos), a equipe catalã defende o título da Champions, conquistado em 2021, quando venceu tudo o que disputou sob o comando de Lluís Cortés, sendo o primeiro time espanhol a levantar o troféu da competição europeia.
Do outro lado, nada mais, nada menos que o maior vencedor da Champions League Feminina. Se hoje há um adversário à altura, durante sete edições o Lyon sobrou no torneio, sendo pentacampeão consecutivo (entre 2016 e 2020) e perdendo outras duas finais.
2. Chance de revanche do Barcelona
Um dos títulos conquistados pelo Lyon foi justamente em cima do Barcelona. Na temporada 2019/20, as equipes se enfrentaram em Budapeste e o time francês venceu por 4 a 1.
Inclusive, aquela foi a primeira final “independente” da Champions Feminina. Até aquele ano, a decisão entre as mulheres acontecia sempre no mesmo local da entre os homens. A Grupama Arena recebeu 19.487 pessoas, quase lotou a capacidade máxima de 22 mil.
3. Maior artilheira da história da Champions x Artilheira da atual temporada
Gratulerer med dagen, kjære #Norge . Sees om en måned!
@vegardgrott pic.twitter.com/UQzSnMuPJU
— Ada S Hegerberg (@AdaStolsmo) May 17, 2022
Ada Hegerberg chegou ao Lyon em 2014. Antes disso, a atacante norueguesa de 26 anos passou pelo futebol alemão e do seu país. Sete vezes campeã da Champions com o time francês, ela já anotou 57 gols e é a maior artilheira da história do torneio (nesta edição ela já marcou cinco vezes).
A atual melhor jogadora do mundo, Alexia Putellas, está há uma década no Barcelona. Assim como o próprio clube, a meia-atacante de 28 anos cresceu de produtividade com o passar das temporadas até chegar à glória máxima com a Bola de Ouro e o The Best. Nesta Champions, ela é a artilheira com 10 gols.
4. Vem aí mais um recorde de público?
Ho hem tornat a fer, CULERS!
We did it again: The WORLDWIDE RECORD is ours!
¡Lo hemos hecho una vez más! pic.twitter.com/wHeMkSsYmN— FC Barcelona Femení (@FCBfemeni) April 22, 2022
30 mil ingressos já foram vendidos para a final de sábado (21). O estádio da Juventus tem capacidade para 41 mil pessoas, e se formos pegar os números da fase mata-mata, há grandes chances de termos casa cheia.
Pelas quartas de final, 91.553 torcedores foram ao Camp Nou assistir o Barcelona golear o Real Madrid (5 a 2). Esse já seria o recorde mundial de espectadores em competições do futebol feminino, mas o mesmo Barça colocou 91.648 pessoas em seu estádio no jogo de ida da semifinal diante do Wolfsburg.
Também tivemos recordes locais. O próprio Wolfsburg superou sua marca com o time feminino colocando 22 mil pessoas no seu estádio para ver o jogo da volta das semis contra o Barcelona. Na França, 43 mil torcedores estiveram no Parc des Princes para acompanhar PSG e Lyon, também valendo vaga na final.
5. Maior premiação da história
Barcelona ou Lyon, quem vencer esta edição da Champions League Feminina somará 1,4 mi de euros (R$7,5 milhões) em prêmios. Em 2021, a Uefa havia anunciado que a partir da temporada seguinte haveria uma redistribuição das receitas quatro vezes maior para os clubes, aumentando o montante total para 24 milhões de euros.
Na temporada passada, um clube que esteve na fase de grupos do torneio recebeu cinco vezes menos que o time que participou nesta edição. Além disso, a Uefa incluiu um “pagamento de solidariedade” (23% do valor total, sendo calculado conforme o desempenho dos clubes que representam suas ligas nacionais na Champions Feminina) destinado a federações associadas para que elas possam desenvolver mais suas respectivas ligas.
A primeira edição que contou com uma premiação foi em 2010, ano em que a Uefa percebeu o potencial do futebol feminino e passou a traçar planos para desenvolver a modalidade através do torneio. A partir daí, foram oferecidos prêmios para os dois times que chegassem à final e em 2011 estendeu-se a oferta aos que chegassem às semis e quartas também.
6. Transmissão gratuita
TRANSMISSÃO EM PORTUGUÊS
A final da #UWCL entre Lyon e Barcelona terá transmissão em português no canal da DAZN no YouTube. O link para o duelo já está disponível, e você pode ativar o lembrete!https://t.co/2vckVfXs4h
— Esquina da Champions (@EsquinaUWCL) May 15, 2022
Uma das principais novidades para o jogo da decisão é a transmissão em português. Até então, o DAZN, detentora dos direitos, passava no seu canal no Youtube as partidas com as narrações em inglês e/ou espanhol. No sábado, o público poderá acompanhar a final nos canais do Youtube do DAZN BR e DAZN UEFA Women’s Champions League com narração de Gustavo Ribeirão e comentários de Marina Izidoro.
7. Exemplo de planejamento para outras ligas
️
Predict what will happen here in the #UWCLfinal #UWCL | @FCBfemeni | @OLfeminin pic.twitter.com/xRatohM442
— UEFA Women’s Champions League (@UWCL) May 10, 2022
Desde que criou a Champions League Feminina, em 2001/02, a Uefa traça planos que visam o desenvolvimento da liga. O último deles, projetando as temporadas entre 2021 e 2025, tem como principal objetivo ampliar a prática do futebol por meninas e mulheres na Europa, aumentar a visibilidade e o potencial comercial da competição e garantir maior participação feminina em cargos de decisão da entidade.
Se quando surgiu a competição contava com 33 clubes participantes, hoje ela recebe 72 equipes de 50 diferentes países. Além disso, o torneio ocupa o calendário de uma temporada inteira, durando ao todo 10 meses. As medidas passam também por garantir que todas as federações tenham competições femininas.
A Uefa tem na Champions League Feminina o maior exemplo de liga e projeção do futebol feminino europeu. Para a modalidade se desenvolver como um todo, é necessário que outras entidades, como a Conmebol, tenham a mesma força de vontade que a colega europeia.