Emocionadas, atletas do vôlei garantem: “A gente vai brigar muito por esse ouro”

A vitória por 3 sets a 0 diante da Coréia do Sul não valeu apenas a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas também a coroação de um ótimo trabalho. Estava engasgada aquela eliminação nas quartas de final da Rio-2016 para a China, e agora a história é outra.

Mesclando experiência e juventude, a seleção feminina de vôlei chega à sua terceira decisão olímpica forte para buscar o terceiro ouro em Jogos Olímpicos – e olha que ela não era uma das principais favoritas ao título desta vez. O adversário é um velho conhecido, os Estados Unidos, com quem o Brasil decidiu Pequim-2008 e Londres-2012 e levou a melhor.

Acostumado com este tipo de adrenalina, Zé Roberto, que além de ser tricampeão olímpico é também o único técnico no mundo a vencer uma Olimpíada com seleções de ambos os sexos, saiu de quadra emocionado com a classificação.

“Eu não imaginava que teríamos uma outra oportunidade como essa. Parece tão distante, é jogo a jogo, passe a passe, planejamento, joga aqui, joga lá, tantos atenuantes que acontecem. E quando você realiza essa proeza, é uma sensação inigualável, de um prazer, de uma satisfação de estar representando meu país. Imagino as pessoas falando no Brasil, comentando e torcendo pela seleção. Meu coração está em festa. Estou radiante”, declarou o comandante.

A vibração era igual entre as atletas. Após o baque de perder Tandara, flagrada em exame antidoping realizado em julho, em Saquarema, elas se fecharam ainda mais e deram tudo de si em quadra. “A Tandara faz parte desse grupo, vamos estar aqui lutando por ela e esse grupo tá de parabéns, a gente sabe que o nosso dia a dia é muito forte, e não para por aí. A gente quer o ouro, claro que com os pés no chão. A gente quer mais”, disse ao SporTV Gabi, que vai para a sua primeira final olímpica, ao contrário de Fê Garay, que segue para a sua segunda.

Créditos: Gaspar Nóbrega/COB

Ao canal, a ponteira comentou sobre esta ser a sua última partida com a seleção. “Sendo a minha última oportunidade de jogar pela seleção, a motivação é de entregar tudo na quadra e aproveitar cada jogo, cada dia com essas gurias. Temos um grupo maravilhoso, eu estou muito orgulhosa que chegamos até aqui e agora vamos brigar muito por esse ouro”, afirmou a atleta.

“É final, vale tudo, a gente vai fazer a melhor partida que a gente puder, eu acredito muito que a gente pode ganhar, eu estou bem confiante que a gente pode sim conquistar esse ouro e vamos brigar por isso”, concluiu Fê Garay, que anotou 17 pontos diante das coreanas.

Camila Brait também colhe frutos de anos dedicados à seleção brasileira. Substituta da melhor líbero do Brasil, Fabi Alvim, a jogadora enalteceu o trabalho da equipe. “Eu aprendi muito com a Fabizinha, sou a maior fã que tem dela, chegou a minha hora e eu estou muito feliz, estamos indo para uma final. Esse grupo trabalha demais, merece estar nessa final, merece esse ouro e vamos brigar muito por ele, pode ter certeza”, afirmou a líbero.

Das muitas histórias que serão contadas nessa final, a de Carol Gattaz também impressiona. Cortada em Pequim-2008, ela pensou em desistir da carreira e hoje aos 40 anos está prestes a se tornar a mulher mais velha a conquistar uma medalha olímpica para o Brasil.

Brasil e Estados Unidos se enfrentam na madrugada de domingo (8), às 1h30 horário de Brasília. Pode ser o quinto ouro brasileiro em Tóquio, o quarto conquistado por mulheres.

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