Nesta segunda-feira (02), foi decidido o confronto das finais do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Às 17h, em Kashima, os Estados Unidos encararam o Canadá e perderam, por 1×0, com gol de pênalti cobrado por Fleming.
E no International Stadium Yokohama, a seleção da Suécia despachou a Austrália pelo mesmo placar, com gol de Rolfo.
A grande decisão vai acontecer na próxima sexta-feira (06), às 11h em Tóquio (e na quinta-feira, 23h no horário de Brasília). Trata-se de uma final que terá um campeão inédito. A Suécia foi vice-campeã na Rio-2016 e o Canadá ficou com o bronze na mesma Olimpíada e em Londres-2012.
A organização sueca venceu
No jogo de Yokohama, as australianas foram a campo com: Micah, Kerr, Logarzo, Catley, Foord, Van Egmond, Carpenter, Yallop, Kennedy, Raso e Simon.
Já as suecas foram escaladas com: Lindahl, Glass, Ilestedt, Bjorn, Eriksson, Angeldahl, Asllani, Seger, Jakobsson, Blackstenius e Rolfo.
No início do jogo, a Suécia já marcava em cima as saídas de bola das australianas, fazendo certa pressão nas Matildas. Aos 3 minutos, Asllani, camisa 9 sueca já arriscou um chute para o gol.
Vendo a chegada da equipe rival, o técnico das australianas, Tony Gustavsson (que nasceu na Suécia), passou a ficar de pé, orientando e aplaudindo as jogadas de seu time. Isso aconteceu aos 8 minutos de jogo e foi assim até o final da primeira etapa.
O jogo foi bem parelho, com a Suécia acertando o travessão de Micah num belo chute de Rolfo aos 22 minutos e pressionando as australianas durante parte do tempo.
Do outro lado, o time da Oceania apostava em lançamentos longos e na velocidade para ligar o ataque. Aos 39, Kennedy acertou um belo chute, de perto da área, exigindo plasticidade da goleira Lindahl para fazer a defesa. Aos 42, em cobrança de falta na área pelo lado direito, a atacante Kerr conseguiu colocar a bola dentro do gol, mas a árbitra marcou uma falta de ataque.
Nesse momento, foi a vez do técnico sueco, Peter Gerhardsson se levantar do banco e assistir à partida na beira do gramado.
Nos minutos finais, aos 44, um cruzamento de Yallop na área resultou em um leve desvio de Kerr e a bola passou tirando tinta da trave de Lindahl. E a mesma Yallope
No fim da primeira etapa, os números mostraram que a Austrália teve mais posse de bola (59%) e mais chutes ao gol (6 tentativas contra 4 da Suécia).
Na segunda etapa, as duas equipes voltaram a campo sem mudanças e no primeiro minuto após o retorno, Rolfo abriu o placar para a Suécia.
Ledningsmålet av @FridolinaRolfo!!
0-1 | #AUSSWE | #Tokyo2020
— Svensk Fotboll (@svenskfotboll) August 2, 2021
Após um chute de Angeldal, a bola desviou na marcadora australiana e quicou na frente da goleira Micah, que tocou na bola antes dela acertar o travessão. Quando a volta voltou para a pequena área, Blackstenius brigou pela bola e Rolfo chegou chutando para dentro do gol.
A Austrália sentiu o gol sofrido e, aos 10 minutos, Carpenter fez um ótimo cruzamento para área e Kerr acertou uma cabeçada, mas a bola acabou nas mãos de Lindahl. A segunda chance de empate da Austrália veio aos quase 30 minutos de jogo, com o chute forte de Catley, no lado esquerdo, parando as mãos de Lindahl.
Dos 30 minutos em diante, as australianas tentaram de muitas maneiras furar o bloqueio sueco em busca do gol de empate, mas as jogadas não davam muito certo no último terço do campo. Assim, a Suécia não sofreu nenhum grande susto, poderia ter ampliado o placar com os espaços cedidos pela Austrália, mas garantiu vaga na final.
Favoritos, Estados Unidos acabam fora da final
Após ter eliminado o Brasil nas quartas-de-final, o Canadá chegou para enfrentar a sua “pedra no sapato” na semi. A seleção canadense nunca havia vencido as americanas nos Jogos Olímpicos em mata-mata e buscava chegar a uma final olímpica inédita – elas foram bronze nas duas últimas edições dos Jogos.
E a estratégia defensiva de um time que tem uma das melhores zagas do mundo funcionou contra uma seleção que tem um ataque muito forte na teoria – mas que desde o primeiro jogo desta Olimpíada estava encontrando dificuldades ali na frente.
Os Estados Unidos terminaram o jogo com 13 finalizações contra 3 do Canadá – mas quem terminou com a vitória foram as canadenses com um gol de pênalti convertido por Fleming no segundo tempo.
Picture perfect #CANWNT #RiseHigher https://t.co/qsoV4Kc3xt pic.twitter.com/Xm7czyQ6xz
— Canada Soccer (@CanadaSoccerEN) August 2, 2021
Mas não pense que essa estatística de finalizações representa que o jogo foi um massacre das americanas contra as canadenses. Assim como se viu na primeira fase do torneio olímpico, os Estados Unidos tiveram dificuldades de criar chances efetivas de gol. O time melhorou quando houve trocas nas peças de ataque no segundo tempo, com a entrada de Rapinoe, Lloyd e Press. Mas não foi suficiente para balançar as redes.
Os Estados Unidos chegam até aqui com uma marca impressionante: dos cinco jogos que fizeram nesta Olimpíada, em três o time saiu de campo sem fazer gols.
Para o Canadá, o resultado já é histórico. É a primeira final olímpica que a seleção feminina do país vai disputar é justamente nos Jogos de despedida da lendária Sinclair. Um feito e tanto pra uma seleção que cresceu muito nos últimos anos.