Nos pênaltis, Brasil perde para o Canadá e está eliminado dos Jogos de Tóquio

Nesta sexta-feira (30), Brasil e Canadá se enfrentaram pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio e nos pênaltis a seleção brasileira não conseguiu avançar para a semfinal. Após 0 a 0 no tempo normal e prorrogações, Andressa Alves e Rafaelle desperdiçaram suas cobranças, e Bárbara defendeu a de Sinclair.

Em campo, a técnica Pia Sundhage escalou a mesma equipe que havia enfrentado a China e a Holanda. As onze escaladas foram: Bárbara, Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga e Andressinha; Duda, Marta, Bia Zaneratto e Debinha.

(Foto: Angélica Souza / Dibradoras)

E a equipe canadense começou a partida com: Labbe, Chapman, Buchanan, Quinn; Lawrence. Scott, Sinclair, Gilles e Fleming; Prince e Beckie.

Sob o comando de Pia, a seleção brasileira tem a seu favor o retrospecto positivo diante da equipe canadense: são duas vitórias (4×0 e 2×0) e dois empates (2×2 e 0x0), e agora soma uma eliminação. Vale lembrar que, na Rio-2016, a seleção brasileira foi derrotada em casa pelas canadenses na disputa pelo bronze (2×1). Na época, o técnico Vadão era quem comandava o time – que tinha no elenco grande parte das titulares que atuaram hoje.

O jogo 

Nos primeiros minutos de jogo, o Canadá subiu a marcação e passou a pressionar a saída de bola brasileira. E em uma roubada de boa limpa de Formiga, a experiente árbitra Stephanie Frappart, marcou falta para as canadenses na entrada da área. Na cobrança, a bola foi alçada para o lado direito da área, mas o cabeceio da jogadora do Canadá foi fraco, ficando nas mãos de Bárbara.

Depois disso, o Brasil ficou com a posse de bola, buscando espaços para furar a linha defensiva do Canadá. Em um escanteio cobrado pelo Brasil, a camisa 12, Sinclair, se enrolou com Érika dentro da área e a partida ficou paralisada por alguns minutos para atendimento médico.

Aos 12 minutos, o Canadá teve uma boa chance após cobrança de escanteio. A goleira Bárbara afastou o perrigo com um soco na bola e, no bate e rebate dentro da área, a bola sobrou para Quinn dentro da área, mas o chute da camisa 5 subiu demais.

Aos 14, o Brasil respondeu. Depois de uma troca de passes na frente da área do Canadá, Tamires recebeu de Marta e arriscou um chute pro gol, mas a bola passou por cima do travessão de Labbe.

(Foto: Angélica Souza / Dibradoras)

Aos 21, mais uma vez o Canadá chegou com perigo pelo lado direito do ataque com Lawrence. Ela cruzou pra dentro da área pra Sinclair, mas a canadense não conseguiu o domínio e a bola sobra pra Bárbara.

Quatro minutos depois, o Canadá chegou mais uma vez, dessa vez com Fleming da entrada da área. A camisa 17 arriscou o chute, mas ele saiu fraco e torto, à direita do gol de Bárbara.

Aos 33 minutos, Formiga deu um belo passe para Duda dentro da área, Chapman corta o lance, mas a árbitra assistente havia levantado a bandeira, indicando impedimento. A árbitra foi consultar o VAR para a marcação de um possível pênalti, mas depois de rever o lance, assinalou bola ao chão.

O Brasil passou a pressionar a saída de bola canadense e, aos 40 minutos, Debinha conseguiu roubar a bola bem perto da área, mas demorou demais para decidir se passava ou se chutava. E assim, deu tempo pra goleira Labbé chegar no lance.

No segundo tempo, as equipes voltaram a campo sem mudanças. O Brasil começou a ter posse de bola e tentar furar a marcação das canadenses. Aos 9 minutos, Marta acionou Andressinha na entrada da área e a camisa 17 chutou para o gol, mas a bola foi com meia força, no meio do gol.

Aos 13 minutos, Duda cometeu falta no lado esquerdo do ataque canadense e, na cobrança, Gilles ganhou de Bruna Benites no alto e a bola parou no travessão de Bárbara.

(Foto: Angélica Souza / Dibradoras)

Aos 14 minutos, Bia Zaneratto foi substituída para a entrada de Ludmila. Pelo lado direito do ataque, Duda, Debinha e Andressinha começaram a acelerar as jogadas e, em uma delas, Lud entrou com perigo na área, mas foi desarmada pela marcadora canadense.

Aos 25 minutos, o time brasileiro avançou com rapidez e Debinha tentou um bom chute de fora da área pra defesa da goleira Labbé no seu canto esquerdo. Aos 28 da etapa final, Pia mexeu mais uma vez, tirando Formiga para colocar Angelina.

(Foto: Angélica Souza / Dibradoras)

Aos 33 minutos, Marta cobrou falta pela direita, a goleira Labbé não saiu segura no lance, espalmou a bola, mas não tinha nenhuma brasileira no rebote a defesa canadense afastou a bola.

Aos 40 minutos, o Canadá teve chance clara de gol. Rose foi lançada e avançou sozinha, na velocidade, para sair de cara com Bárbara. Mas Érika se recuperou na corrida e chegou bem no lance para bloquear a finalização da canadense.

Aos 42, foi a vez do Brasil sair em velocidade. Ludmila puxou contra-ataque pela esquerda, tocou pra Angelina, que arriscou chute de fora da área e a bola passou a direita do gol do Canadá.

Os 90 minutos acabaram com o placar zerado e o jogo foi para a prorrogação. As equipes buscavam o ataque de forma mais cautelosa e o Brasil apostava nas ligações rápidas com Ludmila ao ataque. Ela foi lançada por Tamires perto dos 10 minutos e, quando entrou na área, se chou contra a goleira Labee sem conseguir concluir a jogada

Logo após essa chance, Andressa Alves entrou no lugar de Duda. O Canadá conseguiu levantar algumas bolas na área brasileira, mas o primeiro tempo da prorrogação também acabou sem gols.

Logo no início da segunda etapa, o Brasil levou susto com um chute cruzado na área que não encontrou nenhuma canadense na área.

Com as duas equipes visivelmente cansadas, o jogo caiu um pouco de ritmo e as jogadoras começaram a errar muitos passes. Uma grande chance do Brasil veio aos 7 minutos, com Andressa Alves encontrando Debinha no ataque. A camisa 9 chutou da entrada da área e a bola passa muito perto da trave direita da goleira Labbé.

Aos 12 minutos, após cobrança de escanteio de Andressa Alves, Erika cabeceou limpa, mas a goleira Labbé fez uma ótima defesa no canto baixo direito.

Com mais um 0x0, a partida foi para os pênaltis.

A seleção brasileira começou melhor com Bárbara defendendo o pênalti da principal jogadora canadense, Sinclair. Na sequência, Marta fez o seu. Em seguida, Fleming, Debinha, Lawrence, Érika e Leon converteram, e então Andressa Alves parou na goleira Labbé. Gilles colocou o Canadá na frente, e novamente Labbé defendeu o chute de Rafaelle

O Brasil deixa Tóquio com um gosto amargo de que poderia ir mais longe (Formiga, provavelmente na sua última Olímpiada, merecia uma despedida melhor). Mas o trabalho continua e em breve se inicia um novo ciclo olímpico de renovação.

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