A eliminação da seleção brasileira nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio para o Canadá nos pênaltis doeu especialmente em Formiga. A atleta de 43 anos encerra seu ciclo olímpico com a seleção somando sete participações em Olimpíadas com duas pratas (Atenas-2004 e Pequim-2008).

A preparação do Brasil visando Tóquio foi recheada de expectativas principalmente pelo bom grupo que a técnica Pia Sundhage formou. Em praticamente todas as entrevistas, era comum ver a atletas elogiarem o trabalho da treinadora e demonstrarem a conexão jogadoras e comissão técnica.

Na saída de campo após o jogo desta sexta-feira (30), Formiga voltou a repetir este discurso. “Foi um dos melhores grupos com quem eu trabalhei. Esse trabalho que está sendo feito, encantando não só à minha pessoa, mas às demais precisa continuar. Tenho certeza de que essas meninas que estão vindo aí vão ter um pouco mais de tempo para trabalhar e entender melhor a filosofia de trabalho da Pia, que está sendo um trabalho muito importante”, afirmou a jogadora.

Sobre a eliminação precoce do Brasil no torneio e sua última Olimpíada com a camisa da seleção, a hoje jogadora do São Paulo não escondeu a chateação. “Com certeza estou triste, gostaria de estar nesse momento feliz com a classificação, mas é futebol, uma pena que isso aconteça, é levantar a cabeça. Nós perdemos a medalha, mas a guerra continua”, frisou Formiga.

Em seguida, a volante deixou uma mensagem de otimismo para os próximos caminhos da seleção e de suas companheiras. “Não é porque fomos eliminadas que não tiveram coisas boas, tiveram sim, muitas! A gente precisa pensar lá na frente, temos Mundial e todo mundo tem que se cuidar, porque tenho certeza de que é daqui para melhor”, pontuou a atleta.

O Brasil se despede de Tóquio com duas vitórias e dois empates. Foram nove gols marcados e três sofridos.