Pia diz que vai buscar 1º lugar do grupo e elogia poder de reação do Brasil

A técnica da seleção brasileira feminina, Pia Sundhage, saiu orgulhosa do que viu de suas jogadoras dentro de campo no empate contra a Holanda por 3 a 3. A sueca elogiou o poder de reação do time, que saiu atrás no placar logo no início do jogo, e destacou as atletas que entraram no segundo tempo e foram importantes para conseguir mais gols.

“Foi um bom jogo. Fizemos grandes coisas no ataque. Apesar de termos cedido o gol cedo, mas tenho orgulho do poder de reação da equipe. Estou também orgulhosa com quem veio do banco”, afirmou a treinadora.

A seleção brasileira viu a Holanda inaugurar o marcador com menos de cinco minutos de jogo, na primeira finalização que as adversárias tiveram. Mas ao contrário do que costuma acontecer, o Brasil não se abalou com o gol sofrido e logo reagiu, chegando ao ataque mais vezes do que as holandesas no primeiro tempo e conseguindo o empate ainda nos primeiros 45 minutos de jogo.

Além disso, no segundo tempo, quando a Holanda fez o 2 a 1, o Brasil também não recuou e logo virou a partida. O time sofreu muito pouco com o ataque veloz das adversárias vice-campeãs mundiais, apesar de ter sofrido três gols em falhas defensivas. Mas comparado ao que a seleção sofreu contra a China, a postura foi bem diferente neste segundo jogo.

“Não é tanto falar sobre sobre gols marcados, mas os gols não marcados (pela Holanda). Importante lembrar que Holanda jogou final de Copa há dois anos. A questão é não ter jogadora 1 contra 2. Da defesa da Holanda tivemos dificuldade de penetrar, mas com as reservas entrando conseguimos mais isso no fundo de campo”, afirmou Pia.

Aliás, as jogadoras que entraram no segundo tempo foram muito elogiadas pela treinadora. Ela voltou do intervalo já com três alterações: saíram Formiga, Duda e Bia Zaneratto, entraram Angelina, Andressa Alves e Ludmila. Esta última sofreu o pênalti que Marta converteu e fez o terceiro gol brasileiro na partida.

“Ludmila teve altos e baixos e, para uma jogadora desse tipo, veloz, saindo do banco, achamos que é um excelente plano de jogo diferente de Debinha e Bia. Disse para ela tendo a bola ir direto para o gol. Com certeza ela irá jogar mais minutos saindo do banco ou começando”, analisou.

Esse é um ponto importante que Pia sempre reforçou: ela gosta que as jogadoras do banco estejam preparadas para mudar a cara do jogo. Foi exatamente isso que aconteceu na partida contra a Holanda. Com Ludmilla e Geyse, o Brasil teve mais velocidade para infiltrar na área holandesa, e com Angelina, o time manteve o controle do meio-campo. Ludmilla também comentou sobre como enxergou os espaços quando estava no banco e soube atacá-los quando ganhou a oportunidade de entrar.

A treinadora também falou sobre a situação do Brasil no Grupo F. Com o resultado de hoje, tanto a seleção brasileira quanto a Holanda somaram 4 pontos até aqui, com a diferença de saldo de gols favorecendo as holandesas para o primeiro lugar. Ainda assim, há quem diga que não seja uma ideia ruim ficar com o segundo lugar do grupo, já que, assim, o Brasil fugiria de um possível confronto com os Estados Unidos logo nas quartas-de-final.

Pia já adiantou: “Vamos para buscar o primeiro lugar do grupo”.

A meio-campista Andressinha também falou na coletiva e reforçou a importância da reação do Brasil no jogo.

“Estava todo mundo esperando por esse confronto. Fizemos um bom jogo. Tomamos um gol muito cedo, mas o ponto positivo é que reagimos duas vezes, e nessa competição é importante reagir. Óbvio que sempre tem o que melhorar, mas foram muitos pontos positivos, quem veio do banco deu um gás e agora é pensar no próximo jogo”, disse.

O Brasil entra em campo novamente na terça-feira para enfrentar a Zâmbia às 8h30 (horário de Brasília) com transmissão da Globo, Sportv e Bandsports.

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