Jogadoras avaliam empate e Ludmilla diz: “Quero jogar e ser feliz”

A seleção brasileira feminina empatou com a Holanda em 3 a 3 no seu segundo jogo nos Jogos Olímpicos de Tóquio e praticamente garantiu vaga nas quartas de final do torneio. Vindo do banco de reservas, o destaque da partida foi a atacante Ludmilla.

A camisa 12 entrou em campo quando o jogo ainda estava 1 a 1 e logo implementou sua principal característica: a velocidade. “Nessas duas semanas que tivemos pra treinar foi o que a Pia pediu pra mim, pra botar um perigo às adversárias, usar a minha velocidade faz muita diferença”, disse a atleta na saída do campo.

E fez mesmo! Com um pênalti sofrido e um gol marcado, Ludmilla mudou a dinâmica da partida. Ela entrou atenta, com sede de bola e aproveitou os espaços deixados pelas holandesas.

“A Pia falou pra eu estar mais concentrada nas linhas, que eu faria um estrago nas adversárias, cavaria um pênalti, faria um gol, e acho que foi o que aconteceu no jogo. De fora eu vi bastante os espaços que eu poderia ir e, graças a Deus, fui muito bem”, avaliou a jogadora.

(Foto: Sam Robles/CBF)

Ludmilla entrou no lugar de Duda, hoje sua concorrente direta pela ponta direita da equipe. Para ela, pouco importa o posto de titular, o que vale mesmo é estar em campo em algum momento do jogo. “Eu quero jogar. Primeiro, segundo tempo, quero jogar e ser feliz, não importa. Quero jogar e ajudar a seleção”, finalizou a camisa 12.

Outro destaque do jogo, a zagueira Rafaelle também comentou sobre o empate. Segundo a jogadora, o Brasil soube reagir perante as adversidades. “Nos últimos jogos a gente não veio sofrendo gols, mas sabíamos da qualidade da Holanda. Foi um pouco de desatenção, elas não tiveram muitas chances, mas quando elas chegaram, aproveitaram. O importante foi que o time soube reagir, a gente começou perdendo e tivemos força de vontade pra buscar o empate, conseguimos até a virada. Isso mostra a força do Brasil, que não é só lá na defesa, a gente tem meninas muito boas na frente, tem feio muitos gols, acho que num todo foi um jogo muito bom, muito disputado”, explicou a camisa 4.

Um dia antes, Formiga declarou em coletiva de imprensa que a comunicação em campo seria crucial para um bom desempenho do Brasil diante das holandesas. Rafaelle destacou esse ponto do time. “É complicado tomar gol no começo, estamos nos acostumando com o jogo ainda, então foi um baque, mas a comunicação ajudou muito, a gente assistiu ao jogo delas (contra a Zâmbia), elas conseguiram enfiar bastante bolas e com a gente não aconteceu. O que importa é que estamos bem, praticamente classificadas, nossa performance foi muito boa”, concluiu a zagueira.

Créditos: Sam Robles/CBF

Deixando a partida um pouco de lado, Marta, que marcou seu gol de número 13 e se aproximou ainda mais da artilharia absoluta em Olimpíadas (Cristiane tem 14), deu seu ponto de vista sobre a atual situação do futebol feminino no Brasil.

“Bom o suficiente não está, a gente sempre quer algo mais, é pra isso que a gente trabalha. A gente quer qualidade no trabalho, que tenhamos mais mulheres praticando o futebol feminino, mais mídia. A gente quer tudo isso porque faz parte do nosso cotidiano, mas não posso negar que do primeiro momento em que fui pra Suécia, em 2004, comparando hoje, há uma mudança muito grande”, disse a camisa 10.

“O futebol feminino hoje é visto por mais pessoas, é acompanhado, divulgado, os campeonatos então acontecendo constantemente no Brasil. Aos pouquinhos estamos conquistando o coração dos brasileiros e isso é muito importante porque sem o nosso povo do lado a gente não consegue nada”, completou.

A seleção brasileira feminina volta a campo nesta terça-feira (27), às 8h30 horário de Brasília para enfrentar a Zâmbia. É o último jogo da primeira fase.

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