Conheça as jogadoras da seleção nos Jogos Olímpicos de Tóquio

A seleção feminina estreia na próxima quarta-feira, dia 21 de julho, às 5h (horário de Brasília), e antes disso é preciso saber quem serão as guerreiras que irão nos representar.

Aqui, reunimos as principais informações de cada uma das 22 convocadas pela técnica Pia Sundhage para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

GOLEIRAS

Bárbara: Nascida no Recife, jogou por 8 anos no Sport e teve sua primeira convocação para o Sul-Americano sub-20, quando tinha apenas 16 anos – aliás, a primeira vez que ela jogou no campo como goleira foi aos 15. Ela disputou 3 Copas como reserva e, na quarta, em 2019, foi titular. Fora do Brasil, jogou na Itália, Suécia e Alemanha e hoje representa o Avaí Kindermann em Santa Catarina. Ela faz faculdade de enfermagem e sonha atuar na área da saúde quando parar de jogar. Suas defesas mais memoráveis foram os pênaltis batido pelas australianas Gorry e Kennedy nas quartas de final da Olimpíada do Rio. Vai para sua quarta Olimpíada aos 33 anos.

Leticia Izidoro: Goleira que fez sucesso nos últimos anos ganhando tudo no Corinthians e agora veste a camisa do Benfica. Aos 26 anos, Lelê vai disputar uma Olimpíada pela primeira vez. Ela esteve na seleção sub-20 e foi também para as Copas do Mundo de 2015 e 2019 com a principal.

Aline Reis: Goleira de 1,63m que vai para sua segunda Olimpíada aos 32 anos. Ela nasceu na pequena cidade de Aguaí em São Paulo, mas começou a carreira efetivamente no Guarani. Aos 17, estava quase desistindo de jogar, quando foi vista por um olheiro dos EUA e foi atuar em solo americano. Fez sucesso, entrou no Hall da Fama da Universidade Central da Flórida e fez carreira por lá, decidindo até mesmo se aposentar dos gramados para seguir como treinadora de goleiras. Mas em 2016 pintou a chance de voltar e ela foi atuar pela Ferroviária. Ganhou a chance de defender a seleção e foi convocada para a Olimpíada do Rio. Esteve na Copa de 2019 e entrou na lista de Tóquio como suplente, mas foi “efetivada” quando o COI permitiu ampliar de 18 para 22 o número de convocadas.

DEFENSORAS:

Poliana: Aos 30 anos, Poliana ganha a chance de disputar sua segunda Olimpíada na carreira. Polivalente, ela é originalmente lateral direita, mas tem jogado de zagueira pelo Corinthians e foi utilizada nesta posição pela técnica Pia Sundhage algumas vezes. Pela versatilidade, ficou com a vaga. Poliana já praticou atletismo, basquete, handebol, até escolher o futebol por profissão. A atleta começou no Rio Preto e já defendeu também o Santos, São José, jogou na Islândia e atuou nos EUA. Hoje, joga no Corinthians. Disputou as Copas de 2015 e 2019, além dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016.

Letícia Santos: Lateral direita de 26 anos, atua na Alemanha há quatro anos (jogou no Sportclub Sand e agora está no Frankfurt). Era da seleção de base e foi ganhando espaço na principal até ser convocada para sua primeira Copa em 2019. Sofreu lesão grave no joelho na preparação para Tóquio, mas com o adiamento dos Jogos Olímpicos, ela conseguiu se recuperar a tempo e entrou na lista de Pia.

Tamires: Lateral esquerda de 33 anos, Tatá é a única mãe da seleção brasileira. Ela chegou a parar de jogar duas vezes por uma gravidez inesperada no início da carreira. Mas, com muita persistência, essa jogadora mineira conseguiu retornar aos gramados, passou quatro anos jogando na Dinamarca, disputou duas Copas (2015 e 2019) e uma Olimpíada (a Rio-2016) e virou craque do Corinthians quando retornou ao futebol brasileiro, há dois anos. Ela vai disputar pela segunda vez uma Olimpíada como titular absoluta da seleção.

Érika: Zagueira experiente da seleção, chega para disputar aos 33 anos sua quarta Olimpíada (ela inclusive esteve em 2008, quando o Brasil conquistou uma medalha pela última vez). Uma das melhores da posição, Érika sofreu com algumas lesões ao longo da carreira, foi cortada da Copa de 2015 às vésperas do início da competição e, na Copa de 2019, também se lesionou e não conseguiu jogar. Fez carreira no Centro Olímpico, teve uma boa passagem pelo PSG e voltou ao Brasil em 2018 para vestir a camisa do Corinthians. Uma das líderes desse elenco de Pia Sundhage para Tóquio.

Rafaelle: A zagueira de 30 anos irá disputar sua segunda Olimpíada (ela defendeu o Brasil na Rio-2016). Pela seleção brasileira, a jogadora disputou também o Mundial de 2015 e a Copa América de 2018, quando foi campeã. Rafa não disputou a Copa da França em 2019 por conta de uma séria lesão no ligamento do joelho esquerdo. Começou sua carreira no São Francisco do Conde, na Bahia, em 2010, depois defendeu o América-MG e se transferiu para o Changchun, da China, em 2016. A atleta também passou pelo Ole Miss Rebels e Houston Dash, equipes dos Estados Unidos onde também se formou em Engenharia Civil pela University of Mississippi. Na última temporada, defendeu o Palmeiras.

Bruna Benites: Experiente zagueira de 33 anos, Bruna defenderá o Brasil pela terceira vez em Jogos Olímpicos (ela foi convocada para Londres-2012 e Rio-2016). Ela começou sua carreira em 2007, no Mixto Esporte Clube, em Cuiabá. Depois, passou por diversos clubes, como Foz Cataratas, São José e Iranduba. Ela também jogou na Noruega, Estados Unidos e China. Atualmente defende o Internacional de Porto Alegre, onde é capitã. Bruna tem grande participação nas convocações de Pia Sundhage, onde atua como zagueira e também pode jogar de lateral.

Jucinara: Lateral esquerda de 27 anos nascida em Porto Alegre, ela começou a carreira no Inter. Passou pelo Centro Olímpico e pelo Corinthians antes de ganhar a chance de ir para a Europa para vestir a camisa do Atlético de Madri. Em solo espanhol, também passou pelo Valencia até ir para o Levante, onde se destacou para chamar a atenção da técnica Pia Sundhage. Vai disputar pela primeira vez uma Olimpíada pela seleção.

MEIO-CAMPISTAS

Formiga: O maior fenômeno do futebol mundial, Formiga chega aos 43 anos para disputar sua sétima Olimpíada, um recorde absoluto na modalidade. Ela também esteve em sete edições de Copas do Mundo, a última delas, na França, em 2019, quando se tornou a jogadora mais velha a entrar em campo num Mundial. É também a recordista de jogos pela seleção brasileira, ultrapassou Cafu e é a atleta com mais jogos a vestir a amarelinha. Nascida no Lobato, subúrbio de Salvador, teve de arrancar as cabeças das bonecas pra jogar bola e chegou a apanhar dos irmãos por insistir em dar seus dribles na rua. Depois de brilhar pelo PSG nos últimos quatro anos, Formiga retornou ao futebol brasileiro e vestirá a camisa do São Paulo após disputar sua última Olimpíada em Tóquio.

Andressinha: Nascida em Roque Gonzales, uma minúscula cidade na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, Andressinha começou a carreira no Pelotas, se destacou defendendo o Kindermann e já foi para os Estados Unidos, onde passou por Houston Dash, Portland Thorns e, em 2020, voltou ao futebol brasileiro para atuar pelo Corinthians. Na seleção, sempre foi considerada uma grande promessa por sua habilidade e inteligência no meio-campo. É a mulher das bolas paradas. Aos 26 anos, Andressinha já tem duas Copas no currículo e, em Tóquio, vai para sua segunda Olimpíada.

Marta: Pode jogar de meia-atacante, de atacante, de ponta, é a jogadora que mudou a história do futebol feminino no Brasil. Versátil, habilidosa, inteligente, Marta encanta o mundo com seus dribles e gols desde a Copa de 2003, quando ela tinha só 17 anos. Ela saiu de Dois Riachos, em Alagoas, onde jogava com os meninos na rua, e foi para o Rio de Janeiro sozinha de ônibus aos 14 anos para fazer um teste no Vasco. Lá, encontrou a treinadora Helena Pacheco, que a lançou para o mundo. Foi para a Suécia com 17 anos, com 20 venceu seu primeiro prêmio da Fifa, ganhou cinco consecutivos e o sexto em 2018. Joga pelo Orlando Pride, onde fez um golaço do meio da rua recentemente. É a maior artilheira da história da seleção brasileira com mais de 100 gols – o número exato não se sabe ao certo porque a CBF ainda está contabilizando. É a maior artilheira da história das Copas com 17 gols, ultrapassando o alemão Miroslav Klose, que tem 16. Em Tóquio, Marta vai disputar sua quinta Olimpíada.

Andressa Alves: Atacante, meia e ponta, Andressa é versátil. Saiu da periferia de SP, do bairro de Parada de Taipas, para jogar no mundo inteiro. Com 22 anos disputou sua primeira copa em 2015, tornou-se a primeira jogadora brasileira a atuar no Barcelona no ano seguinte – vestiu a camisa 10 do clube catalão – e esteve entre as titulares da Olimpíada do Rio. Esteve na Copa do Mundo de 2019, mas se lesionou e ficou fora dos últimos dois jogos do Brasil. Aos 28 anos, estará em sua segunda Olimpíada vestindo a camisa da seleção.

Julia Bianchi: Meio-campista de 23 anos, começou no futsal jogando pelo Kindermann em 2011, passou por Centro Olímpico, Ferroviária, Madri CFF e se destacou de vez no Avaí Kindermann, vice-campeão brasileiro de 2020. Foi a revelação do campeonato, aliás. Depois foi contratada pelo Palmeiras e agora vai para a sua primeira Olimpíada da carreira. Olho nas chegadas dela na área como elemento surpresa! E que chute tem essa mulher!

Duda: Do interior de Pernambuco, Duda começou no Vitória das Tabocas, passou pelo Centro Olímpico, pelo Corinthians e foi jogar na Noruega em 2018, para defender o Avalsnes. Lá, ela se destacou, chegou à seleção brasileira de Pia em 2019, foi contratada pelo São Paulo e daí em diante deslanchou. Aos 25 anos, é vice-artilheira do Brasileiro e vai para sua primeira Olimpíada. Pode jogar de meia ou de atacante.

Angelina: Volante, nasceu nos EUA, veio para o Brasil com 5 anos. Começou a jogar cedo numa escolinha só com meninos. Seu primeiro clube foi o Vasco e depois foi para o Santos, onde começou a se destacar ainda muito jovem, entre 2017 e 2019. Disputou o Brasileiro de 2020 pelo Palmeiras e ali chamou a atenção do time americano OL Reign. Nunca jogou com a Pia, mas esteve nas últimas convocações e acabou sendo chamada com a lesão da atacante Adriana. Vai disputar sua primeira Olimpíada aos 21 anos.

Giovana Queiroz: A caçula dessa seleção. Com apenas 18 aninhos recém-completos, Giovana terá a chance de disputar a primeira Olimpíada pelo Brasil. Ela é brasileira, mas começou a jogar futebol nos Estados Unidos, depois foi para a Espanha e passou pelas seleções de base desses dois países. Mapeada pela seleção brasileira, teve algumas chances com Pia e agradou pela sua velocidade, imposição física e habilidade. Mesmo tão nova, tem porte físico de atleta e muita noção tática pela sua formação na Espanha e nos EUA. Joga no Barcelona.

ATACANTES

Debinha: Atacante mineira, a baixinha de 1,58 também é veloz pelos lados e definidora na frente do gol. Já jogou no Centro Olímpico, na Noruega, na China, e brilha desde 2017 com a camisa do North Carolina Courage nos EUA. Jogou a Olimpíada de 2016, foi destaque do Brasil na Copa do Mundo de 2019 e virou artilheira absoluta da era Pia na seleção. Ela é nossa promessa de gols em Tóquio, quando vai disputar pela segunda vez os Jogos Olímpicos.

Ludmila: Ludmila estava no atletismo antes de ser descoberta no futebol. Isso só aconteceu quando ela tinha 16 anos – Lud foi levada por um olheiro, que a viu jogando na rua, para fazer um teste no Juventus. Emily Lima, que depois seria técnica da seleção brasileira, foi quem identificou o talento e lapidou essa que é considerada uma joia da seleção entre as mais novas. Forte, veloz e com muita ousadia, ela é protagonista no Atlético de Madri há quatro anos e vai disputar em Tóquio sua primeira Olimpíada.

Bia Zaneratto: Uma 9 que joga de 10 ou uma 10 que joga de 9? Bia Zaneratto começou a carreira como meia, foi transformada em centroavante e hoje faz tudo e mais um pouco com a camisa do Palmeiras (mas o empréstimo acabou e ela ainda não sabe se vai ficar). Na seleção, ela se destacou pela sua habilidade, inteligência e imposição física e tem conseguido liberdade para atuar flutuando no ataque. Bia começou a jogar com o time adulto da Ferroviária quando tinha apenas 13 anos e já chegou na seleção brasileira sub-17 pra ser camisa 10. A atacante brilhou com a camisa da seleção principal na Rio-2016, disputou as Copas de 2015 e 2019 e vai para sua segunda Olimpíada.

Geyse: atacante da nova geração, estreou na seleção principal em 2017 com 19 anos e disputou sua primeira Copa em 2019 aos 21. Nem era nascida quando Formiga vestiu pela primeira vez a amarelinha em 1995 – hoje as duas jogam juntas na seleção. Jogou no Corinthians, foi para o Benfica e hoje está no Madrid CFF. Foi campeã Sul-americana com a seleção sub-20 e é alagoana como Marta. Agora, vai disputar pela primeira vez os Jogos Olímpicos aos 23.

 

Compartilhe

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *