Edina faz história de novo e será a 1ª mulher a apitar jogo da Libertadores

Demorou mais do que deveria, mas aconteceu. A Libertadores existe há 61 anos e, desde então, nunca uma mulher havia sido escalada para ser árbitra principal de uma partida da competição masculina. A primeira a conseguir o feito tinha que ser ela: Edina Alves Batista, a brasileira que segue quebrando paradigmas na arbitragem.

E o melhor é que ela, literalmente, não estará sozinha. Edina fará história ao lado de uma equipe 100% feminina escalada para a partida entre Defensa Y Justicia e Independiente Del Valle nesta quinta-feira, válida pela sexta rodada da fase de grupos da Libertadores.

Sua fiel escudeira, a assistente Neuza Back (que também estava no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista entre Palmeiras e São Paulo), também estará no jogo, e completam o quarteto as chilenas Cindy Nahuelcoy e Maria Belen Carvajal. As duas assessoras de arbitragem também serão mulheres, a argentina Sabrina Lois e a brasileira Ana Paula Oliveira – esta que também já havia feito história na competição ao ter sido assistente em dois jogos do torneio em 2006. Em 2012, Silvia Regina já como ex-árbitra chegou a atuar como assessora em uma partida da Libertadores, tornando-se a primeira mulher a conseguir o feito.

Foto: CBF

Edina Alves Batista e Neuza Back são dois dos principais nomes da arbitragem brasileira na atualidade. No início deste ano, as duas romperam outra barreira para as mulheres: foram as primeiras a comporem a arbitragem de um Mundial de Clubes masculino da Fifa. Elas estiveram na Copa do Mundo feminina em 2019 (apitara, inclusive, a semifinal entre Inglaterra e Estados Unidos) e estarão nos Jogos Olímpicos de Tóquio em julho deste ano. Há, inclusive, uma expectativa para que possam competir por uma vaga na Copa do Mundo do Catar no ano que vem – outro feito inédito para mulheres.

No entanto, para isso, era imprescindível adquirir experiências em jogos importantes do continente. Edina Alves Batista nunca havia sido escalada para competições da Conmebol e isso era um empecilho na sua caminhada em busca de uma vaga na Copa do Mundo. Isso porque, entre seus concorrentes homens, todos colecionam jogos de Libertadores, Copa Sul-Americana, além de serem escalados com frequência para os jogos mais importantes do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

 

No ano passado, Edina apitou nove jogos da Série A do Campeonato Brasileiro e, no início deste ano, foi a primeira mulher a apitar um dérbi paulista – terminando o jogo muito elogiada por sua atuação na partida que terminou com o empate em 2 a 2 em meio a muita chuva na Neo Química Arena.

No entanto, a árbitra perdeu espaço na escala após um erro cometido na partida entre Novorizontino e São Paulo no Campeonato Paulista e ficou fora dos principais jogos da competição.

 

 

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A chance de apitar essa partida na quinta-feira é para Edina mostrar seu alto nível e seguir conquistando mais espaços para as mulheres na arbitragem mundial. Na Europa, Stéphanie Frappart é o nome mais promissor da arbitragem feminina que também vem quebrando barreiras. Em dezembro do ano passado, ela se tornou a primeira mulher a atuar como árbitra principal em um jogo de Champions League (partida entre Juventus e Dínamo de Kiev).

Boa sorte a essa arbitragem exclusivamente feminina na Libertadores. E que elas sigam rompendo com todos os paradigmas e mostrando que lugar de mulher também é no apito!

 

 

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