Com 36 times, A2 é porta de entrada para mais mulheres treinadoras

Napoli-SC foi o campeão do Brasileiro Feminino A2 em 2020 (Foto: Thais Magalhães/CBF)

*Por Roberta Nina e Renata Mendonça

A Série A2, principal divisão de acesso do Campeonato Brasileiro feminino, começa no próximo sábado (15) e promete ser bastante disputada.

Com 36 times participantes, o torneio reúne times já consagrados historicamente no futebol brasileiro – como Vasco, Fluminense, América-MG, Fortaleza, Vitória, Ceará, Náutico, Ponte Preta, Chapecoense, Athlético Paranaense e Atlético Mineiro – e garante quatro vagas na edição de elite do nacional em 2022.

O Brasileiro Feminino da Série A2 acontece anualmente desde 2017 e já teve quatro equipes campeãs: Pinheirense-PA, Minas Icesp-DF (atual Minas Brasília), São Paulo-SP e Napoli-SC, o último vencedor.

São Paulo, vencedor em 2019 (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Para a edição deste ano veremos muitas mulheres ocupando cargos de treinadoras, auxiliares e dirigentes entre as equipes participantes.

Pelo menos 10 treinadoras (confirmadas pela reportagem) comandarão equipes rumo ao acesso. Uma delas é Rosana Augusto, ex-jogadora e medalhista olímpica com a seleção brasileira, que assumiu o comando do Athlético Paranaense em fevereiro deste ano.

Preparamos um breve resumo sobre cada equipe participante. Confira abaixo.

Conheça as equipes da A2

Assermurb-AC 

A equipe de Rio Branco é dirigida por uma mulher (Socorro Siqueira) e também treinada por uma mulher. Rose Costa é formada em Educação Física, técnica de futebol e futsal, e chegou este ano na equipe acreana após passagem pelo Rio Branco. Rose pediu desligamento da equipe em julho do ano passado após contratação do goleiro Bruno.

(Foto: Reprodução)

A Assermurb tem pela frente cinco adversários da região Norte no grupo A e se reforçou bastante para a temporada. Entre os destaques que já jogavam no estado estão a meia Tatinha, a lateral-direita Rayane, e a volante Rafaela (todas elas defendiam o ex-Rio Branco-AC) e a atacante Vamila Uchôa (ex-Vasco-AC).

Além delas, chegaram reforços de fora do estado: Izabel (que jogava em Rondônia), Maísa (que atuava em Goiânia) e outras cinco contratações de jogadoras que defenderam o Real Ariquemes-RO e Ji-Paraná-RO: as laterais Milena e Vitória, a volante Rose, a meia Andressa, as atacantes Dara Rodrigues e Flávia.

Em entrevista ao Globoesporte.com, a treinadora afirmou que seu time está em um grupo bastante equilibrado. “Nós estamos bastantes animadas com nossa estreia e nosso grupo que caímos, porque ficamos com os times da região Norte e, particularmente, acredito que isso vai colaborar muito para que a gente tenha sucesso, que a gente alcance nosso objetivo. Com relação ao nosso primeiro jogo contra o Real Ariquemes-RO, é uma equipe que já conhecemos um pouco, das atletas, do sistema de jogo, e nós estamos bastante otimistas que a vitória com certeza ela virá.”

Esmac – PA

(Foto: Samara Miranda/Remo)

A Esmac é a atual campeã paraense e foi a representante do Pará na última temporada do Brasileirão Feminino Série A2.

No ano passado, a equipe ficou em terceiro lugar no grupo A da primeira fase e foi eliminada nas oitavas de final, para o Juventus-SP. O comando técnico segue com Mercy Nunes, que também conduziu a equipe na temporada passada e parte do elenco se apresentou no início de abril.

Náutico – PE

Foto: Divulgação

O Náutico conquistou o título do Pernambucano feminino, algo que não acontecia desde 2006. Nesses 15 anos, foram cinco títulos do rival Sport e outros oito do Vitória de Santo Antão.

As alvirrubras foram campeãs em abril em cima do Sport vencendo a final nos pênaltis e, assim, conquistaram a tão sonhada vaga na A2. Depois, no fim do mês, o clube anunciou uma seletiva para montar o elenco que disputaria a competição nacional – e teve mais de 250 inscrições.

O Náutico perdeu alguns dos destaques do time do estadual, como a goleira Keka, que anunciou sua saída para o Red Bull Bragantino, a zagueira Ana Grazy, que foi para a Ferroviaria, e a atacante Nadine, que foi para o Atletico-MG.

O técnico ainda é Jeronson França, que completa 4 anos à frente do clube e há uma mulher como sua auxiliar, a Layane. Há ainda mais mulheres trabalhando na equipe – uma diretora, uma médica e uma fisioterapeuta. O objetivo é pelo menos avançar da primeira fase e buscar o acesso.

Santos Dumont – SE

Foto: Divulgação

Em 2020, o Santos Dumont protagonizou uma situação polêmica com a denúncia de jogadoras alegando que o clube não quis repassar a verba da CBF destinada aos clubes da A1 e da A2 para manterem seus elencos. O elenco acabou desmontado na parada, com muitas atletas deixando o clube.

O desempenho quando a competição nacional foi retomada foi ruim, e o Santos Dumont acabou eliminado após 4 derrotas e uma vitória (6 gols marcados e 22 gols sofridos).

Não houve uma nova edição do Sergipano feminino em 2020, então o Santos Dumont segue sendo o representante do estado na A2.

Uda – AL

Foto: Divulgação

O Alagoano feminino foi mais um dos estaduais que não fizeram edição de 2020 por causa da pandemia. Sendo assim, o UDA, campeão alagoano em 2019, mantém a vaga e disputará mais uma vez a A2 em 2021 como representante do estado.

A equipe, que existe exclusivamente no futebol feminino, domina o cenário da modalidade em Alagoas, conquistou o heptacampeonato do estadual entre 2013 e 2019 e surpreendeu muita gente ao aparecer em 26º no ranking de clubes femininos da CBF. Será a quarta vez que o time disputa a A2

Brasil de Farroupilha – RS

Foto: Divulgação

O Brasil de Farroupilha tem uma equipe feminina desde 2017 e conquistou a vaga para a A2 após ter sido campeão do interior no Gauchão feminino. O estadual lá envolve uma disputa pelo terceiro lugar que vale esse troféu e, ao vencer o Estrela/Lajeadense por 4 a 1 em dezembro do ano passado, a equipe de Farroupilha garantiu a vaga pela segunda vez para a competição nacional – em 2020, a equipe também disputou e não passou da primeira fase.

A equipe está treinando desde março para a A2 e tem por objetivo pelo menos avançar da primeira fase. Foram contratados 9 reforços para tentar atingir este objetivo (incluindo a zagueira Isabelle, ex-Corinthians e Vasco, a goleira Ana, ex-Cruzeiro, e a lateral esquerda Yasmin, ex-Inter).

O técnico da equipe é Guilherme Lange, que foi auxiliar em 2019 e assumiu o time no fim de 2020, conquistando o título do Interior do Gaúchão com o clube. Não há mulheres na comissão técnica, mas a coordenação do futebol feminino no clube fica com Lis Reis e Tatieli Pozza é a diretora da modalidade.

Chapecoense – SC

Foto: Divulgação

A Chapecoense conquistou a vaga na A2 nesta temporada pelo ranking nacional do futebol masculino em 2020. Isso porque o Catarinense feminino do ano passado foi cancelado e acabou não acontecendo por conta da pandemia.

Para este ano, o clube optou por reformular o futebol feminino e para isso fez uma parceria com uma equipe de futsal, o Female. As atletas do futsal terão acesso à estrutura de treino da Chape e representarão o clube na A2. Foi criada também uma diretoria de futebol feminino, sob o comando de Claudia Francieli da Silva.

A ideia do clube é organizar e estruturar a casa, para depois pensar num acesso à primeira divisão futuramente.

A treinadora da Chape em 2021 será Nivia Maria Bezerra de Lima, uma das primeiras atletas federadas a integrar o primeiro time feminino da Chape em 2014. Ela tem experiência treinando categorias de base masculinas no clube e agora assumirá a equipe das mulheres.

Na comissão, há outras duas mulheres: Amanda Rossatto, que também trabalha com as categorias de base no clube, na preparação física, e Julia Giuriatti, que é remanescente dos elencos anteriores, assumindo a supervisão.

Cresspom – DF

Foto: Marcelo Gonçalo

O clube de Brasília ficou em 3º lugar no Candango Feminino 2020, mas como o campeão (Real Brasília) e o vice (Minas Brasília) já estavam garantidos na A1, a vaga ficou com o Cresspom (Clube Recreativo e Esportivo de Sub-Tenentes e Sargentos da Polícia Militar do Distrito Federal).

Após a conquista da vaga para a A2, o treinador Robson Marinho valorizou a forte presença dos times de Brasília no cenário do futebol feminino. “Este foi um ano mágico para o futebol (feminino) de Brasília. Real (Brasília) conseguiu o acesso, o Minas se manteve e depois de três anos voltamos (a disputar a série A2). Esse ano a gente se estruturou melhor e ano que vem faremos de tudo para brigar pelo acesso e termos três clubes de Brasília na primeira divisão” declarou ao portal DF Sports+.

O Cresspom participou da primeira edição da Série A2 em 2017 e em 2019. Nas duas vezes em que participou, não avançou da 1ª fase. A equipe também chegou a disputar as semifinais da Copa do Brasil de 2016 (o time tinha Dani Helena, ex-Flamengo, no elenco), mas perdeu para o Audax/Corinthians.

Ainda sob o comando de Marinho, as Tigresas do Cerrado já iniciaram a preparação para a A2 e realizaram alguns jogos-treino.

Vitória – BA

Foto: Pietro Carpi/ECV

A equipe do Vitória chegou perto do título da A2 em 2018, mas ficou com o vice-campeonato após dois empates com o Minas Brasília no tempo regulamentar e derrota no último confronto, em cobranças de pênaltis.

As Leoas do Vitória jogaram a Série A1 em 2019 e 2020, quando foram rebaixadas após uma campanha desastrosa, com 15 jogos e 15 derrotas.

Já em preparação para a Série A2, a equipe também tem realizado amistosos. No final de abril, o Vitória enfrentou a UNIFTC e goleou por 8 a 2. De acordo com informações do site oficial do clube, o técnico Lucas Grillo ficou satisfeito com o desempenho das leoas no gramado sintético do Centro de Treinamento Manoel Pontes Tanajura.

O time rubro-negro iniciou o jogo-treino com a seguinte formação: Bianca; Sebá, Reis, Índia e Michelli; Taísa, Lide e Val; Duda, Nico e Larissa.

No segundo tempo, Lucas Grillo colocou em ação as 10 meninas que ficaram no banco de reservas: Milena, Ávila, Júlia, Sindro, Samira, Driele, Taís, Laura, Leslie e Valderrama.

Fortaleza – CE

(Foto: Thais Pontes / Fortaleza EC)

O acesso para a Série A1 do Brasileiro é o objetivo principal do Fortaleza na temporada. Na edição passada da A2 – quando estreou na competição -, a equipe chegou perto da tão sonhada vaga, mas foi eliminada nas quartas de final para o Bahia.

Mas a equipe conquistou um grande feito ao vencer o Campeonato Cearense 2020 contra o Ceará, quebrando a hegemonia do rival e um jejum de dez anos.

Ao site oficial do clube, o gestor do departamento de futebol feminino tricolor, Gildo Ferreira, fez uma balanço positivo do ano de 2020. “Apesar de ser um ano atípico, acabamos entendendo que 2020 teve um saldo positivo ao que diz respeito a competitividade, ao que o time se propôs. Porém, entendemos como funciona a competição. Tivemos a dimensão do nível de competitividade. E essa leitura é muito importante para que possamos melhorar em pontos que podemos julgar como necessários”, afirmou o dirigente.

Com 80% da base do elenco de 2020, jogadoras que atuaram no Brasileiro Sub-18 e novas contratações, o comando técnico segue com Igor Cearense pelo 2º ano consecutivo, auxiliado por  Adriano Cearense. Ao site do clube, 0 treinador valorizou o grupo forte, que vai em busca de conquistar uma vaga na primeira divisão nacional.

“Estamos com uma equipe bastante experiente mesclada com atletas jovens. Estamos muito felizes com o grupo, que é um grupo muito focado. Uma equipe determinada, treina muito e sabe dos objetivos. Acredito que mesclando a experiência com a juventude estamos no caminho certo. Estamos bem preparados com uma equipe que vem treinando faz bastante tempo. O fortalecimento da equipe é a base do ano passado com as novas contratações para chegarmos muito forte na competição”.

Para fortalecer a equipe,cinco reforços foram anunciados: as zagueiras Zizi e Thaiane (ex-Ceará); a goleira Luana Liberato (ex-Fluminense); a lateral-direita Jaja (ex-Foz Cataratas); e a meia Magna (ex-Tirandentes-PI).

Zizi atuou na Seleção Brasileira e estava no Bahia na temporada passada. A atleta chega com bastante experiência para passar para atletas mais jovens.“Eu trago o meu melhor, o que eu aprendi com outras pessoas e em outros clubes. A dignidade e o respeito que eu tenho que ter com todas as companheiras. É isso que eu passo para elas e o que espero delas”, declarou ao site oficial do clube.

JC Futebol Clube – AM

(Foto: João Normando)

JC Futebol Clube é um clube poliesportivo brasileiro da cidade de Itacoatiara, estado do Amazonas. Ele começou a operar informalmente em 2013 e foi registrado em cartório apenas em fevereiro de 2019, visando a profissionalização no futebol.

Apesar de todos os esforços do clube, o futebol profissional só se tornou realidade em 2020 com sua participação no Campeonato Amazonense – Segunda Divisão e também no Campeonato Amazonense de Futebol Feminino de 2020. Antes disso, já figurava nos torneios amadores como no Campeonato Itacoatiarense de Futebol, Liga Olé e torneios de futsal e handebol.

O JC é o atual campeão amazonense e o treinador da equipe é o português Fernando Lage. Defendendo o Tigre de Itacoatiara, a meia ofensiva Martinha falou, em entrevista à Radio Difusora de Manaus, sobre o que espera a para a estreia na A2.

(Foto: João Normando)

“Uma expectativa muito grande para a estreia do campeonato. Apesar do JC ser um time novo na competição, assim como outros, estamos procurando focar e reforçar o time também para chegar em um nível melhor. Sabemos que a competição vai ser mais difícil e agora é manter o foco e tentar levar o nome do Amazonas e do time a uma elite cada vez maior”.

Para a Difusora, o treinador estrangeiro relatou um pouco sobre a preparação da equipe. “Estamos com um treinamento diário e as atletas tem aderido bem ao trabalho exigido. Não temos folga porque iniciamos a preparação um pouco tarde, mas esperando alguns reforços para que possamos estrear com o pé direito.”

A base da equipe tem 90% das jogadoras que venceram o estadual e a Prefeitura da cidade cedeu o campo do Floro de Mendonça para os treinamentos do time.

Juventude Conquista – BA

Juventude disputou a final do baiano contra o Bahia e foi vice-campeão (Foto: ASCOM | EC Bahia)

O clube é jovem, foi fundado em 2011 por Claudir de Oliveira, ex-zagueiro campeão brasileiro com o Bahia em 1988.

A equipe já foi duas vezes vice-campeã baiana (em 2016 e 2019) e o comando do time de Vitória da Conquista nesta Serie A2 será de André Beijoca – filho do lendário Beijoca um dos maiores artilheiros do Bahia.

Em entrevista à Rádio UP Esportes, Claudir comentou sobre a parceria que já conseguiu com a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista e sobre a chegada de novas atletas, entre elas cinco jogadoras que disputaram o Brasileiro Feminino Sub-18 pelo Bahia.

“Por conta da pandemia, dividimos em dois escalões (as contratações). Primeiro, estamos dando prioridade às atletas da Bahia e trazendo 16 atletas, priorizando atletas que já disputaram competições nacionais”, declarou o dirigente.

Iranduba – AM

Foto: João Normando/FAF

A tradicional equipe de Manaus – que já levou 25 mil pessoas ao estádio em semifinal de Brasileiro, em 2017 -, foi rebaixada da A1 em 2020. O Hulk da Amazônia enfrentou problemas financeiros após sofrer calote por parte de um patrocinador e teve dificuldades, inclusive, de pagar os salários das atletas.

Para esta temporada, o comando da equipe será de João Carlos Cavalo e novos reforços chegaram. “Vejo de diferença da nossa equipe é que, mesmo com todas as dificuldades, a gente conseguiu montar um elenco bem competitivo, com jogadoras bem experientes, como o caso da Vitória, da Elisa, da Gisele, da Deise, da Paulinha e outras jogadoras que já têm uma experiência boa, uma rodagem boa, nesse tipo de competição”, avaliou o treinador ao Globoesporte.com.

O elenco do Iranduba é formado pelas seguintes atletas:

Goleiras: Milena (ex-Porto Velho e Recanto) eFernanda (sub-18).

Zagueiras: Ana Paula (Iranduba e Recanto), Victoria (Iranduba, 3B, Recanto, Sport) e Kewllen (iranduba sub-18, Recanto e Nacional).

Laterais: Taiane (Chapecoense), Thamires (Iranduba, Recanto) e Giselinha (Iranduba, 3B, Kindermann, Leoas da Serra Esmac).

Meias: Cortês (Corinthians e Iranduba sub-18), Tauane (Chapecoense), Nilda (Vitoria do Santo Antão, Iranduba, Manaus e Nacional), Deise ( Iranduba, Comercial-MS, Manaus e Recanto) e Amanda (Nacional e Recanto).

Atacantes: Elisa (Iranduba, Kindermann e Ferroviária), Carlinha (Iranduba e Recanto), Duda Pereira (Chapecoense e Criciúma) e Maria (Nacional e Recanto).

Oratório – AP

(Foto: Divulgação)

Atual campeão amapaense, o Oratório iniciou sua preparação no início de maio, no campo Turíbio Guimarães na Praça Nossa Senhora da Conceição.

Para disputar a A2, a diretoria manteve a base do elenco que foi campeão regional e que também disputou o Brasileiro A2 em 2020.

O técnico para esta temporada será Aluízio Munguba, que já comandou algumas equipes do estado nas categorias de base e profissional. Entre os trabalhos, está o comando do Mazagão, em 2000, quando conseguiu o vice-campeão do Amapazão.

Aluízio com Sônia e Luis (Foto: Rosivaldo Nascimento/Arquivo Pessoal)

Aluízio ele terá como companheira na Comissão Técnica a técnica e preparadora física, Sonia Soares e Luis Carlos, preparador de goleiras, integrantes da Comissão Permanente do clube.

Real Ariquemes – RO

O Real Ariquemes, no feminino, é o atual campeão do estado e representará Rondônia no Brasileiro Feminino da A2. As meninas do Furacão do Vale do Jamari iniciaram a pré-temporada no meio do mês de abril e serão comandadas por Paulo Eduardo, campeão estadual feminino em 2020 que voltou ao comando da equipe.

O elenco é bastante jovem – de 18 a 24 anos – e composto por jogadoras que já defendiam o Real e outras que vieram de clubes como Juventus (lateral Renata Flash e a volante Emilly Santos) e Internacional (a meia Giih Ferreira e a goleira Yasmim).

São Raimundo – RR

(Foto: Hélio Garcias/BV Esportes)

Em março deste ano, as Meninas do Mundão venceram o Atlético Roraima e se tornaram heptacampeãs roraimense de forma invicta. Com esse título, o Mundão irá representar Roraima na Série A2 do Campeonato Brasileiro deste ano.

A equipe – treinada por Robertson de Oliveira Vieira – está de volta à A2 após ausência no ano passado devido ao Campeonato Roraimense Feminino de 2019 ter sido realizado com apenas três clubes e, para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), um campeonato que garante vaga em outra divisão precisa ter a participação de quatro ou mais times.

Segundo o Ranking Nacional de Clubes divulgado pela CBF, o São Raimundo está entre as 50 melhores equipes de futebol feminino do país. A equipe aparece na 49ª colocação dentre os 83 times ranqueados. No ano passado, o clube ocupava a 32ª colocação, mas pelo fato de não terem disputado a Série A2 do Campeonato Brasileiro em 2020, acabaram caindo algumas posições.

Cefama – MA

(Foto: Matheus Dhasan / FMF)

O Cefama é o atual campeão maranhanse e conquistou a vaga na A2 após derrotar o Juventude Timonense por 6×1 e conquistar, de forma inédita a taça da competição.

O Cefama tem estreia marcada para o dia 16 de maio contra o EPD JC, do Amazonas, fora de casa. As maranhenses ainda enfrentam o Tiradentes/PI, o Fortaleza/CE, o Paraíso/TO e o Vitória/BA.

Paraíso Esporte Clube – TO

(Foto: Divulgação/ Paraíso)

Atual campeãs do Tocantinense Feminino 2021, essa é a 1ª vez que o Paraíso disputa a Série A2 do Brasileirão. Comandadas pelo treinador Léo Bahia, a equipe do Tocantins enfrentará um “clube de camisa” logo na estréia: o Vitória, da Bahia.

“Estamos nos preparando a poucos dias. Tivemos dificuldades extracampo espaço físico. Estamos com um grupo grande, 25 atletas mesclando experiência com juventude”, disse o técnico ao Globoesporte.com

O treinador avaliou o embate diante do Vitória como um confronto difícil, mas que espera surpreender as adversárias. “Vamos encarar um adversário forte na estreia. Sabemos da dificuldade que vamos encontrar, mais vamos jogar com inteligência para tentar surpreender”, declarou.

Tiradentes – PI

(Foto: Jade Araújo)

A equipe do Piauí perdeu grande parte de seu elenco e começou a buscar novas atletas para contratação na metade de abril. O presidente do clube, Oséas Canuto, declarou o Globoesporte.com que o time retardou as ações de contratação pelo receio da competição ser adiada. Porém, com a competição confirmada para iniciar no dia 16 de maio, o clube ficou sem tempo e sem uma base para o nacional.

“A nossa intenção era renovar com todo o elenco, mas vamos ter de buscar outras jogadoras. Como os campeonatos estaduais estão parados, vamos tentar buscar o melhor conjunto de atletas para conquistar ao acesso esse ano”, comentou o dirigente.

O clube realizou uma peneira no início do mês e 19 garotas foram avaliadas. O clube ficou com 6 delas. Correndo contra o tempo, o time acabou sendo montado com outras seis jogadoras do Piauí, outras quatro do Maranhão, 14 do Ceará e uma do Rio Grande do Norte. “Nosso futebol é sem fronteiras. Chegou, tem talento, vai jogar”, declarou o treinador André Rocha ao Globoesporte.com.

Na última campanha do time na A2, o Tiradentes foi eliminado nas quartas de final pelo Real Brasília, faltando pouco para conquistar uma vaga na Série A1 do brasileiro feminino.

América – RN

Foto: Abigail Guimarães/América FC

Em fevereiro, a equipe feminina de Natal conquistou o segundo título no Campeonato Potiguar Feminino – o primeiro foi em 2012 – ao vencer o União nos pênaltis por 4 a 3. Com o título, o América Futebol Clube será o representante do Rio Grande do Norte na Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol.

O time se preparou para a estreia e fez alguns amistosos. No dia 08 de maio, a equipe americana enfrentou o Projeto 10 da Bola e venceu por 1 a 0. O time rubro voltou a disputar um jogo amistoso, desta vez contra a equipe masculina da Sociedade Esportiva Coruja. Ambos os jogos aconteceram na Arena América.

Ao site do clube, o técnico Raul Menezes afirmou que o jogo-treino tem uma função importantíssima dentro do planejamento da comissão técnica. “Precisamos saber como estamos fisicamente e taticamente. O saldo positivo deste tipo de atividade é que começamos a nos acostumar com o clima e horários que jogaremos no Brasileiro”, disse.

“O que vale menos é o placar final. Foi uma troca de informação significativa e conseguimos mostrar a nossa força tática”, ponderou o auxiliar técnico, Pablo Paiva.

As Meninas do Mecão treinaram, na última quarta-feira, no CT Dr. Abílio Medeiros. Esse foi o último encontro do time com a bola antes da estreia no próximo domingo (16), às 15h, na Cidade Vozão, contra a equipe do Ceará.

Botafogo – PB

Foto: Paulo Cavalcanti / Botafogo-PB

Campeão paraibano no ano passado, o Botafogo vai representar o estado da Paraíba na Série A2. A equipe é comandada por Gleide Maria da Costa, ex-atleta de vôlei, de futsal, beach soccer e futebol de campo, que treina a equipe desde 2016.

Em janeiro deste ano, o portal Voz da Torcida noticiou que, o presidente do clube, Alexandre Cavalcanti, confirmou que a categoria de futebol feminino seria mantida e com investimentos em 2021.

“Temos que saber que se vestiu a camisa do Botafogo-PB, é Botafogo-PB. Então nós temos que buscar trazer as melhores condições para as atletas. Vamos tentar manter a base campeã do Campeonato Paraibano e implementar com novas atletas”, garantiu à epoca.

Em entrevista ao programa Cabine Esportiva, na Rádio Tabajara, o dirigente revelou que, em 2020, o futebol feminino foi autossustentável, e chegou a vender mais camisas do que o time masculino.

“Eu me surpreendi com o apelo do futebol feminino no sentido de que em pouco tempo conseguimos montar uma equipe e apareceram parceiros e patrocinadores. Vendemos muitas camisas que eu me surpreendi que vendeu mais camisa que o masculino. Então o futebol feminino, para além de ser uma obrigação que o clube tem que ter, é algo que pode ser rentável e incentivado cada vez mais”, declarou Alexandre.

Ceará – CE

Foto: Marcelo Vidal/Cearasc

As meninas do Vozão iniciaram a preparação para a Série A2 em março. Na última quarta-feira (12), o professor Jorge Victor preparou um treino técnico-tático, em um dos gramados do CT Luís Campos, em Itaitinga.

Ao site do clube, o técnico falou sobre a preparação da equipe. “Já fizemos o período de avaliações físicas e, a partir desses resultamos, iniciamos as atividades em campo e os treinamentos de força e musculação na academia. Esse trabalho tem sido pautado, primeiro, pelo desenvolvimento tático da equipe, simultaneamente com o físico”, explicou Jorge Victor.

O treinador integrava a comissão técnica do Cruzeiro que levou o clube à Série A1 na temporada 2019. O comandante alvinegro tem experiência na modalidade com passagens também pelo América/MG e Atlético/MG.

A nova metodologia de trabalho, aplicada pelo novo treinador, foi muito elogiada pela zagueira Karen. “É um cara que já tem experiência na modalidade e isso é muito importante. Já tem um olhar diferenciado. A forma como ele trabalha engrandece e valoriza muito a gente como atleta”, afirmou.

Atlético – GO

Foto: Victor Garcia/ACG

O projeto com o futebol feminino foi criado em 2019, em parceria com a Escola Oficial do ACG, unidade Urias Magalhães.

Em 2020, por conta da pandemia, o clube ficou sem atuar e treinar de março até agosto. As mulheres do clube disputaram no ano passado o Brasileirão A2, mas foram eliminadas ainda na 1ª fase.

De acordo com o portal Sagres Online, a coordenadora de futebol feminino do clube, Izabela Borges, afirmou que o desenvolvimento da modalidade teve que parar em decorrência da pandemia. “Estamos estudando junto com a diretoria do clube e o presidente Adson Batista qual vai ser a melhor maneira de tocar o futebol feminino nesta temporada”, comentou.

Criciúma – SC

Foto: Roberto Lima/Criciúma

Essa será a 1ª vez que o Criciúma terá uma equipe feminina de futebol disputando uma competição nacional. O clube fechou uma parceria com a Fundação Municipal de Esportes (FME), para a disputa da Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino.

“Estamos felizes com a oportunidade, e ainda mais em ver a dedicação do grupo no trabalho diário no nosso Centro de Treinamento. Temos certeza que o Criciúma estará muito bem representado”, falou o presidente do Criciúma, Anselmo Freitas.

O comando da equipe será de Bina Cassol, formada em Educação Física e que trabalha com a modalidade há 12 anos. Bina também treina as equipes de base do clube, já que o clube trabalha com futebol feminino desde 2016, disputando competições do Município.

“Estamos treinando diariamente, buscando a evolução através do esforço. Nossa equipe principal conta com 26 atletas, supermotivadas por se tratar da segunda maior competição do futebol feminino do país”, declarou Bina ao Portal TN.

Fluminense – RJ

Depois de chegar às oitavas de final da Série A2 no ano passado e no Campeonato Estadual ficar com o vice-campeonato, o Fluminense reforçou sua equipe para a edição do nacional nesta temporada.

As novas Guerreiras do time são: a lateral Andreza Souza (ex-Ceará), a meia-atacante Beatriz Pereira (ex-Botafogo), a lateral-direita Jéssica Alves (ex-Real Brasília/DF ), a atacante Juliana Regina (ex-Real Brasília/DF, Vitória/BA, Vitoria de Santo Antão), a meia Paula Passuello (ex-Rio Branco Esporte Clube) e a volante Verônica da Silva (ex-Botafogo), já se apresentaram à comissão técnica e foram incorporadas ao elenco.

“Buscamos atletas que tinham experiência na A2, são atletas que sabem o quanto é difícil a disputa por uma vaga na elite do futebol feminino brasileiro. Fizemos um grande trabalho no Sub-18 e no adulto, com um título e um vice-campeonato, então trouxemos atletas que se encaixariam rápido ao nosso trabalho, que tenham comprometimento com as cores do clube”, afirmou ao portal do Fluminense a técnica da equipe, Thaissan Passos.

A treinadora é idealizadora de projeto social “Daminhas da Bola” que, em 2018, firmou parceria com o Tricolor carioca no fomento da modalidade. Além dela, o clube conta com Amanda Storck como Gerente de Futebol Feminino.

(Foto: Divulgação/Fluminense)

“Estamos muito focadas. Desde o término do Campeonato Carioca, estamos com toda nossa atenção, dedicação e compromisso de atletas e comissão técnica na estreia da A2. Os treinos estão sendo muito produtivos, a chegada de atletas com muita experiência na competição ao nosso elenco vem sendo de muita importância, as meninas chegaram para somar, e está sendo eficaz para o nosso contexto de jogo”, comentou a treinadora ao site do clube.

No início deste ano, o Fluminense venceu, nos pênaltis, a equipe do Internacional por 7 a 6 e conquistou o título do Campeonato Brasileiro Feminino Sub-18, feito até então inédito para o clube.

As atletas Tarciane, Núbia, Luany e Andressa Magalhães passam a integrar a equipe adulta do Tricolor. A goleira Ravena, Luiza Travassos, Sabrina Amorim e Carol Valle reforçam a equipe adulta, mas ainda jogam pela categoria Sub-18.

“As atletas campeãs brasileiras com o Sub-18, já participavam da equipe adulta, agora elas sobem com uma vivência maior, estão conosco desde o início do projeto no Fluminense, passaram por todo processo que construímos, chegam com a essência do nosso trabalho muito presente nas características de jogo delas”, analisou Thaissan.

Red Bull Bragantino – SP

Foto: Divulgação/Red Bull Bragantino

Sob o comando de Camilla Orlando – que chegou na equipe de Bragança em 2020 e renovou seu contrato até 2022 – o Massa Bruta disputou pela primeira vez do Campeonato Paulista e chegou até a semifinal.

E, por ter terminado o estadual entre os quatro melhores colocados, o Bragantino assegurou uma vaga no Campeonato Brasileiro Feminino A2.

Em março, a equipe apresentou as novas contratações: as zagueiras Flávia (ex-América-MG) e  Carol (ex-Vitória-BA), as meias Maria Luiza (ex-Internacional) e Brenda Pinheiro (ex-Bahia), a meia-atacante Mylena Pedroso (ex-São José-SP) e as atacantes Ariel, (ex-São José-SP) e Layssa (ex-Internacional).

Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

A técnica Camilla ressaltou a importância deste período de preparação. “O grupo cresceu, com muitas jogadoras novas. É um momento muito feliz, de estar em campo – onde gostamos de estar – e de entender se teremos alguma nova estratégia, ou alguma mudança no nosso modelo de jogo por conta das novas atletas e das perspectivas de disputar simultaneamente dois campeonatos de alto nível – Paulista e Brasileiro”, afirmou ao site oficial do clube.

Serc – MS

(Foto: /Arquivo/O Correio News) – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

O Serc foi campeão estadual em 2021 vencendo o Aquidauanense da Gama por 2 a 1. O time de Chapadão do Sul (321 km de Campo Grande) ficou sem atividades durante sete meses no ano passado por conta da pandemia.

Em 2020 o time foi goleado em várias partidas e a equipe ficou na lanterna do Grupo D com apenas um ponto conquistado. Para este ano, o treinador Luiz Fernando Borges – que segue no comando da equipe – espera que o clube tenha um melhor aproveitamento.

“Foi o primeiro ano que disputamos e não fomos bem. Devido a pandemia perdemos vários atletas. Outro fator que também atrapalhou foram de que os jogos eram em dias de semana, e com isso algumas atletas não podiam ir por conta do trabalho. Neste ano, com os jogos sendo apenas no fim de semana, espero contar com a equipe completa e ter um resultado bom este ano”, afirmou ao portal O Estado, de Mato Grosso do Sul.

América – MG

Treinamento do América MG no Centro de treinamento do SESC – MG, unidade Venda Nova. Foto: Mourão Panda / AFC

Nesta semana as Spartanas iniciaram a reta final da preparação para a estreia no Campeonato Brasileiro Série A-2.

Segundo informações do site do clube, a comissão técnica da equipe, comandada pela treinadora Nádima Skeff, vem revezando entre treinamentos defensivos, ofensivos e jogadas ensaiadas para que as Spartanas façam uma boa estreia na competição nacional.

A treinadora chegou ao clube em março deste ano. Ela foi jogadora de futebol, chegou a defender a seleção brasileira Sub-20, atuou no campeonato universitário dos Estados Unidos e jogou como profissional na Europa. O último clube que defendeu foi o Minas/Icesp Brasília, em 2019.

No início do mês o clube anunciou duas contratações para fortalecer a defesa: as zagueiras Hingredy (revelada pelo Coelho e com passagens pelo Cruzeiro e Goiás) e Maiara (ex-São Paulo).

A Coordenadora Administrativa do Futebol Feminino, Luiza Parreiras, ressaltou ao site do América que a experiência das atletas na competição foi um fator relevante para a contratação.

“A Maiara e a Hindredy chegaram como reforços para um setor em que a comissão técnica identificou que carecia peças. A escolha de jogadoras com certa rodagem no Brasileirão é importante para o fortalecimento de todo o elenco.”, afirmou.

Athletico Paranaense – PR

Foto: Fabio Wosniak/athletico.com.br

Embaladas pela conquista do estadual no início de maio – o primeiro título do elenco feminino – as Gurias Furacão estão prontas para disputar o Campeonato Brasileiro A2, que começa no dia 16 de maio.

Sob o comando de Rosana Augusto, multicampeã como atleta, o clube passou a gerenciar a modalidade em 2020 (em anos anteriores, o clube tinha uma parceria com o Foz Cataratas).

Na função de técnica e à frente da equipe feminina do Furacão, Rosana declarou às Dibradoras que a expectativa para a disputa na A2 é boa. “Apesar do pouco tempo de trabalho, já é perceptível uma evolução do time em relação aos conteúdos que foram passados. Sabemos que a Série A2 ainda está muito longe do ideal, mas percebo que as equipes desse ano estão conseguindo se estruturar um pouco mais. É importante que tenha uma evolução contínua”, afirmou.

Rosana também destacou que o ponto forte de sua equipe é a intensidade diária nos treinamentos e que ela espera ser transferida para os jogos.

Ponte Preta – SP

Foto: PontePress/DiegoAlmeida

O comando técnico da equipe será de Paulo César Stenico – mais conhecido como PC -, ex-jogador da equipe profissional masculina da Ponte.  Entre as atletas do elenco feminino, nove atletas são remanescentes da temporada passada e outras 11 são novas na equipe – mais quatro, em fase final de seleção, devem se juntar ao grupo – segundo informações divulgadas no site do clube.

“É um campeonato difícil, mas estamos nos preparando para entrar com tudo e fazer uma boa competição. Nosso time é jovem, mas com uma mescla de meninas que já jogaram pela Ponte com algumas que estão chegando, sempre com as mais experientes ajudando as mais novas.  Infelizmente a torcida não poderá estar presente no estádio por causa da pandemia, mas contamos com as boas vibrações de todos”, disse o técnico.

As jogadoras alvinegras também acreditam em uma boa temporada.  “Nossa perspectiva é bem positiva, espero que possamos dar nosso melhor e honrar a camisa o máximo possível”, diz a goleira Vitória Camile, que já veste a camisa alvinegra há dois anos – período no qual acumula duas convocações para a Seleção Brasileira Sub-20.

Sport – PE

(Foto: Sport Clube Recife)

O Sport garantiu vaga neste Brasileiro Feminino Série A2, após o Athletico vencer o Paranaense 2020. No ano passado, a equipe disputou o acesso porque havia sido rebaixada da Série A1 2019. Desta vez, precisaria conquistar uma vaga através dos estaduais ou pelo Ranking Nacional de Clubes Masculino de 2021.

Mas aí, o Sport perdeu a final do Pernambucano para o Náutico e, além de ficar sem a vaga, também caiu de posição no Ranking Nacional (de 16º para 20º). O time ficou na dependência do repasse de vagas (que acontece em caso de desistência ou quando o time está classificado por mais de um critério) e acabou ficando com a vaga após título do Athletico.

As Leoas são comandadas por Keila Felício  e a base do time é a mesma que disputou a A2 no ano passado e o Pernambucano deste ano.

Vila Nova F. C. – ES

(Foto: Marlyson Tadino)

O Vila Nova participou de três edições da Série A-2 do Campeonato Brasileiro Feminino. A equipe – que foi campeã Capixaba Feminina em 2019 – vem com o elenco bastante modificado para a disputa do acesso, já que no ano passado, o time não passou da fase de grupos.

Segundo informações do Globoesporte.com, saíram 12 atletas e chegaram outras 12, entre elas Duda e Gabriela Pagotto, que subiram da base; Josimara “Ronalda”, que voltou ao time, e Andressa, Carol Veiga, Caroline, Scarlatti, Samara, Paulinha Bolt, Tamires e Bruna chegaram de outras equipes.

Outra novidade na equipe comandada por Luciano Tadino é chegada da bicampeã de bodyboard do estado, Bianca Simões, que assinou contrato com a equipe do Vila Nova, após um período na base do clube.

(Foto: Reprodução/Instagram)

“Desde pequena eu jogo e sou apaixonada pelo futebol. Já joguei na escolinha do Flamengo, quando tinha 9 anos, mas como jogava só com os meninos, sendo a única menina, isso me desanimava. Nessa época, o Luciano (técnico da equipe), me viu jogando e me falou para que quando eu fizesse 15 anos procurar o Vila Nova, pois eu tinha potencial. Com 14 anos eu fui atrás e entrei na base da equipe. É uma sensação de gratidão pela oportunidade, mas também é uma realização. Todo meu esforço e treino está começando a ser recompensado”, declarou a atleta ao Globoesporte.com.

Aliança – GO

(Foto: Reprodução/Instagram Aliança)

A equipe herdou a vaga do Goiás (atual campeão estadual), já que o clube esmeraldino interrompeu as atividades com o futebol feminino. Esta será a 3ª vez que o Aliança participa da Série A2.

O comando da equipe é da treinadora Christiane Guimarães (ex-atleta do Aliança e ex-técnica da equipe Sub-18 do Goiás), que é profissional de Educação Física e Pós-graduada Fisiologia do Exercício. Além disso, a profissional conta com a Licença C de treinadores da CBF.

Christiane Guimarães, treinadora do Aliança (Foto: Reprodução/ Instagram)

O elenco conta com ex-atletas da equipe goiana – como a meia Lorraine e a volante Jaielly – além de alguns reforços, como a a meia Ester (ex-Foz Cataratas), a lateral Talia (ex-Ceilândia) e a volante Samila (ex-Atlético-MG).

Atlético Mineiro – MG

(Foto: Divulgação)

As Vingadoras, atuais campeãs mineiras, são comandadas pelo treinador Hoffman Túlio, que tem passagem pelas equipes rivais do atual clube, o Cruzeiro e o América.

Segundo informações do portal Onze Minas, a equipe mineira vem reforçada para a disputa da Série A2, com quase metade do elenco renovada e atletas estrangeiras.

A equipe está treinando desde fevereiro e também realizaram jogos-treino, vencendo o time masculino Sub-15 do Projeto Concórdia por duas vezes.

Ao Onze Minas, o treinador falou sobre os reforços. “A Jaque é uma baita lateral, que joga com os dois pés, a Cotrim dispensa apresentações, uma zagueira de ótimo perfil que já me chamava atenção desde 2019. A Hilary é uma venezuelana que tem muita identificação com o clube pelo futebol e é muito forte. A Marta e a Day são duas volantes de muita qualidade. A Marta eu enfrentei duas vezes e me chamava a atenção pela qualidade técnica. A Sofia veio do Auto Esporte e tem muita qualidade física, baita atleta. Aninha não precisa apresentar no futebol mineiro, veio pra dar experiência no nosso meio que é bem jovem, eu já queria trabalhar com ela há algum tempo, gosto bastante do futebol dela.”

(Foto: Bruno Sousa)

“Lá na frente trouxemos a Nadine que é uma nove clássica, de referência, com uma estatura muito boa, tecnicamente muito boa. Ela tem uma canhota muito boa, talvez no primeiro jogo ela não esteja tão bem porque chegou depois e precisa de ritmo. A Karol veio do Iranduba, uma beirada de muita velocidade que gosta de jogar nas costas das zagueiras e tem muita qualidade nos cruzamentos e no 1×1. A Cinthia é uma venezuelana de muita qualidade com a bola no pé, que gosta de atuar nos espaços curtos. Ela estava no 3B e tenho grandes expectativas no seu futebol. Iara era a camisa 10 da Juventus que se destacou no ano passado, muitos gols da Juventus passavam pelo pé dela e isso chama a atenção, ela entende muito o jogo e tem muita capacidade de achar as jogadas”, completou.

Mixto, atual campeão mato-grossense feminino (Foto: Mixto/Divulgação)

Mixto

Atual campeão mato-grossense, a diretoria do Mixto manteve a base do time que disputou o estadual e os treinos das Tigresas começaram em abril deste ano.

O técnico César Fuscão segue à frente da equipe e Dona Juju como coordenadora do futebol feminino do clube. Ao Globoesporte.com, a dirigente falou sobre a expectativa do time para o campeonato. “Garantimos 80% do elenco, para que o trabalho não se perdesse. Mantivemos uma base boa, de garotas que se destacaram e também buscamos meninas com nível do Brasileiro A1. Viemos de vitórias elásticas no estadual e isso aumenta a expectativa.”

“Esperamos avançar da primeira fase, para dar orgulho aos torcedores e para Mato Grosso. Esse momento é do futebol feminino. As meninas estão maduras e vamos entrar para ganhar”, finalizou.

Vasco da Gama – RJ

(Foto: Divulgação)

A equipe de futebol feminino do Vasco da Gama se reapresentou em abril para dar início na temporada de 2021. Antes da estreia na A2, a equipe comandada por Antony Menezes realizou dois amistosos preparatórios contra as equipes do Águia Futebol Clube e Fluminense.

Ao site do clube, o técnico falou sobre a reta final de preparação e destacou a força do grupo. “Pegamos uma chave bem equilibrada e vamos enfrentar na estreia uma equipe tradicional no futebol feminino que vem disputando as principais competições nacionais há um bom tempo. Nossa preparação segue na organização do modelo de jogo que achamos ser eficaz de acordo com as características de nossas atletas, aliado ao desenvolvimento da parte física de todo grupo. Acreditamos que estaremos bem organizados na estreia e que cresceremos durante a competição, esse é o planejamento de toda a nossa comissão técnica.”

Antony Menezes comanda a equipe vascaína (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

A equipe – semifinalista do Campeonato Carioca deste ano – contratou reforços pontuais e o clube estuda a possibilidade de criar um perfil exclusivo para noticiar o futebol feminino no clube.

Mecânica da competição

Nesta primeira fase (que acontece entre os dias 16/5 e 26/6), as equipes participantes estarão divididas em seis grupos e se enfrentarão em cinco rodadas de turno único. Avançam na competição os dois melhores de cada chave e os quatro melhores terceiros colocados.

Após a 1ª fase, será realizado sorteio para definição dos confrontos da 2ª fase. As oitavas de final, a primeira etapa do mata-mata, estão agendadas para os dias 27 de junho (jogo de ida) e 4 de julho (jogo de volta). Os jogos do acesso serão nos dias 11 de julho (ida) e 18 de julho (volta).

Lembrando que no mata-mata, não haverá gol qualificado e empate no placar agregado leva a decisão para os pênaltis. Os quatro semifinalistas garantem vaga na Série A1 em 2022.

Cada clube visitante receberá até R$ 5 mil de ajuda de custo e os mandantes receberão até R$ 10 mil para despesas.

Viagens no raio de até 700km, o time fará o trajeto de ônibus com limite de até 23 pessoas. Viagens com distância entre clubes superior a 700km, a viagem será feita de avião com limite de até 23 pessoas.

Confira os jogos da primeira rodada do Brasileiro Feminino A-2:

Sábado, 15 de maio

16h – ESMAC PA x São Raimundo RR – Modelão, Castanhal

19h – Assemurb AC x Real Ariquemes RO – Florestão, Rio Branco

15h – Botafogo PB x Santos Dumont SE – Almeidão, João Pessoa

Domingo, 16 de maio

11h – Atlético MG x Aliança GO – SESC Alterosas, Belo Horizonte

15h – Fortaleza CE x Tiradentes PI – Raimundo de Oliveira, Caucaia

15h – Vitória BA x Intercap-Paraíso TO – Manoel Barradas, Salvador

15h – Ceará CE x América RN – Cidade Vozão, Itaitinga

15h – Náutico PE x UDA AL – Aflitos, Recife

15h – Fluminense RJ x Vila Nova ES – Laranjeiras, Rio de Janeiro

15h – Sport PE x Atlético GO – Ilha do Retiro, Recife

15h – Red Bull Bragantino SP x Criciúma SC – CFA Jarinu, Jarinu

15h – Juventude BA x Mixto MT – Lomanto Júnior, Vitória da Conquista

15h – CRESSPOM DF x SERC MS – Abadião, Ceilândia

15h – Vasco da Gama RJ x América MG – Nivaldo Pereira, Nova Iguaçu

15h – Ponte Preta SP x Brasil de Farroupilha RS – Moisés Lucarelli, Campinas

15h – Chapecoense SC x Athletico PR – Arena Condá, Chapecó

16h – A Iranduba AM x Oratório AP – Carlos Zamith, Manaus

16h – EPD JC AM x Cefama MA – Floro, Itacoatiara

Segunda-feira, 17 de maio

20h – Atlético MG x Aliança GO – SESC Alterosas, Belo Horizonte

 

 

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