No último domingo (02/12) a seleção espanhola de futebol feminino conquistou o título mais importante de sua história: o Mundial Sub-17 ao derrotar a equipe mexicana por 2×1 na grande final.
Com uma campanha invicta, o título espanhol vem para coroar um ótimo trabalho de base que o país tem feito na modalidade. Algumas jogadoras dessa mesma equipe foram vice-campeãs com a sub-20 no Mundial realizado na França, em agosto deste ano, perdendo a final para a seleção japonesa por 3×1 (falamos sobre a final sub-20 aqui).
Três meses atrás, Eva Navarro, Catalina Coll e Claudia Pina (autora dos dois gols da Espanha nesta final) choraram pela taça perdida, mas neste final de semana puderam comemorar e dedicar a vitória para as companheiras da categoria acima.
“Não é realmente um caso de se vingar; é como se o futebol nos desse uma forma de resgate”, disse Pina, a camisa 10 da Espanha ao site da FIFA.
Eleita como a melhor jogadora da partida e a Bola de Ouro da competição, Pina revelou que durante a final chegou a relembrar o passado doloroso vivido recentemente. “No segundo tempo, as mexicanas realmente nos fizeram sofrer, e a primeira coisa que vem à mente nessas situações é a época em que você lutou no passado. Desta vez tivemos que garantir a vitória e foi o que fizemos”, afirmou a jogadora do Barcelona.
Com um total de nove gols (dois marcados no Mundial da Jordânia em 2016 e sete no Mundial deste ano no Uruguai), Pina é agora a segunda artilheira da história da Copa do Mundo Feminina Sub-17. Fica atrás apenas da venezuelana Deyna Castellanos que tem 11 gols no total.
“Essas jogadoras me fizeram a mulher mais feliz do mundo”
Assim como as atletas, Toña Is, a treinadora da equipe, viveu o mesmo “trauma”. Ela era a assistente técnica da seleção sub-20 no Mundial em que as europeias perderam a semifinal e acabaram em terceiro lugar na competição disputada na Jordânia, dois anos atrás. Logo depois, Toña foi a primeira mulher a assumir o comando de uma seleção espanhola.
A conquista do título deixou a treinadora bastante emocionada. “É indescritível. Este é um momento especial, absolutamente único e sabemos que o que isso significa para as garotas de todo o mundo para o futebol feminino espanhol é enorme”, afirmou ao site da FIFA.
Após a vitória, que significou o primeiro triunfo para a Espanha em um torneio deste tipo, a treinadora disse que o futebol feminino espanhol merecia essa conquista há muito tempo e ressaltou a importância de ver duas técnicas mulheres como finalistas da competição.
“Nós duas ficamos muito felizes por termos conseguido ir tão longe e agradecidas pela oportunidade que recebemos. Todos sabemos o quanto custa ver as mulheres nos bancos do mundo do futebol”, afirmou à EFE.
Terceira colocada.
A seleção da Nova Zelândia garantiu a medalha de bronze após derrotar o Canadá por 2×1, com dois gols de Grace Wisnewski, eleita como melhor jogadora da partida.
Esse foi o melhor resultado conquistado pela seleção feminina da Nova Zelândia na história.
When you’ve just won the #U17WWC 3rd place match.
📸for the @NZ_Football 🇳🇿family album. 😍
Grace Wisnewski deservedly Player of the Match. after her brace. pic.twitter.com/rihEradOwJ— FIFA Women’s World Cup 🇫🇷 (@FIFAWWC) December 1, 2018
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