As melhores do mundo: conheça as treinadoras que dominam o futebol feminino

Os 10 treinadores indicados ao prêmio de Melhor do Mundo pela FIFA (Foto: Reprodução/Twitter FIFA)

A FIFA divulgou nesta terça (24) os 10 finalistas para o prêmio de melhor treinador(a) do mundo. Entre os 10 nomes escolhidos, quatro são mulheres, um número representativo e que reforça a constante presença feminina no comando de grandes equipes.

Atualmente, as equipes campeã olímpica (Alemanha), campeã mundial (Estados Unidos) e a campeã europeia (Holanda) são comandadas por mulheres.

A premiação da melhor treinadora do mundo acontecerá junto com a festa de gala da Fifa que premia também os melhores jogadores e jogadoras e acontecerá no dia 24 de setembro.

Listamos abaixo quem são essas treinadoras e porque merecem fazer parte desse seleto grupo de melhores do mundo:

Martina Voss-Tecklenburg

Martina é ex-jogadora de futebol e defendendo a seleção alemã conquistou quatro campeonatos europeus (89, 91, 95 e 97). Agora, fora dos gramados e aos 50 anos, assumiu a seleção de seu país recentemente após ótima passagem pela seleção Suíça.

Com Martina no comando, a equipe suíça se classificou pela primeira vez para a Copa do Mundo em 2015 e para a Euro em 2017.

Sarina Wiegman

Sarina Wiegman, conseguiu um feito incrível com a seleção holandesa em 2017: o título inédito e invicto da Eurocopa (seis vitórias em seis jogos). Além da Euro, a seleção holandesa conquistou a Copa Algarve no início deste ano.

Sarina tem 48 anos, é ex-jogadora e começou sua trajetória na seleção feminina da Holanda em 2014 como assistente técnica. Em 2016, a treinadora recebeu a licença da UEFA para atuar no cargo.

Asako Takakura

Atuou como meia na seleção japonesa e chegou a disputar os Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta.
Comanda a equipe japonesa desde 2016 e, apesar de não ter feito uma boa Copa Algarve, Takakura comandou sua seleção na conquista da AFC Women’s Ásia, a Taça Asiática feminina.

A treinadora tem no currículo o título de ser a primeira mulher na história a conquistar torneios sob o comando das seleções sub-17, sub-20 e principal.

Emma Hayes

A treinadora de 41 anos conquistou títulos importantes no comando do Chelsea Ladies, como as conquistas da FA Cup (a Copa da Inglaterra de futebol feminino), do Campeonato Inglês (a Women’s Super League 1, em 2015), depois no ano passado levantou mais uma taça, desta vez a do torneio interino da WSL criado durante a mudança do calendário da principal competição inglesa no futebol feminino e, neste ano, levou o time à inédita semifinal da Champions League, perdendo apenas para o já tradicional Wolfsburg, um dos maiores campeões do torneio continental.

Emma chamou a atenção em maio deste ano novamente ao levantar seu segundo troféu da FA Cup grávida de oito meses. Nós fizemos um perfil mais completo sobre a treinadora nesta matéria aqui. 

Para o responsável pelo site Planeta Futebol Feminino e especialista na modalidade, Rafael Alves, Sarina Wiegman e Emma Hayes estão entre as mulheres favoritas. “O desafio da Sarina era manter o bom nível da seleção holandesa mesmo depois da Euro e, até agora, conseguiu. A Holanda está prestes a conquistar sua vaga direta para a Copa do Mundo. Já a Emma, elevou o nível do Chelsea na Europa, levando a equipe para as semifinais da Champions League.”

Rafael também deu importância à Stephan Lerch que fez sua primeira temporada no Wolfsburg e conseguiu manter o time no topo. “Foi campeão alemão, da Copa da Alemanha, vice-campeão europeu e manteve o bom nível da equipe”, opinou.

“Há quem diga que o Reynald Pedros foi favorecido por ter uma base muito sólida com a equipe do Lyon, mas mesmo assim, tem treinador que pode estragar o que é bom. Ele não conseguiu e teve um ano melhor. Acho que esses quatro são favoritos”, concluiu.

Demais indicados

Além das mulheres, os demais indicados foram: Stephan Lerch, treinador do Wolfsburg que é campeão na Alemanha e foi vice-campeão da Champions League; Mark Parson, campeão da NSWL (a liga americana de futebol feminino) com o Portland Thorns; Reynald Pedros, campeão da Champions League comandando o Lyon; Alen Stajcic, treinador da seleção australiana que foi vice na Copa Asiática e que vem evoluindo muito ao longo dos anos; Jorge Vilda que comanda a seleção espanhola e conquistou Cyprus Cup em 2018 e Vadão, treinador da seleção brasileira, campeão da Copa América.

(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

Vadão retornou à seleção brasileira – após breve passagem de Emily Lima – em setembro de 2017. Antes de assumir novamente o Brasil, o treinador comandava a equipe do Guarani de Campinas, pela série B do Campeonato Brasileiro.

No comando da equipe feminina brasileira, o treinador terá a chance de disputar pela segunda vez consecutiva uma Copa do Mundo. Em 2015, no Canadá, a seleção foi eliminada nas oitavas de final pela Austrália. Em sua primeira passagem, Vadão acumulou também a decepção da derrota na Olimpíada do Rio na semifinal para a Suécia e depois na disputa do terceiro lugar para o Canadá.

Recentemente, Vadão e a seleção brasileira conquistaram o título da Copa América, torneio vencido pelas brasileiras sete vezes em oito edições.

Para o jornalista Rafael Alves, o técnico brasileiro apareceu na lista pela conquista da Copa América em abril deste ano.

“O nome do Vadão entre os escolhidos segue a linha sobre como a Fifa enxerga o futebol feminino: de maneira muito rasa, não aprofunda muito na questão de julgar desempenho e outros números”, afirmou.

“Imagino que a escolha do Vadão seja pelo critério da FIFA que é muito claro de escolher quem ganhou alguma coisa. Aí viram que na Conmebol quem ganhou foi o Brasil e colocaram o Vadão. De todos os nomes, o mais desconexo pra mim é o dele. Não o vejo como um dos dez melhores. Não estou falando que ele seja o pior do mundo, mas certamente não é um dos 10 melhores do mundo”.

O júri para a definição dos candidatos foi formado por notáveis que fazem parte do mundo do futebol. A ex-jogadora brasileira Sissi – integrante do Fifa Legends – foi uma das juradas.

A escolha está aberta para votação popular neste link. Os capitães das seleções, treinadores e mais de 200 jornalistas também votam.

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